
A doen�a cardiovascular apresenta n�tidas diferen�as na manifesta��o cl�nica e nos resultados do tratamento entre homens e mulheres. Nesse estudo, os autores avaliaram o papel do sexo em alcan�ar as metas de LDL -COLESTEROL (colesterol ruim), preconizadas ap�s ajustes para a idade, categoria de risco, intensidade da estatina e presen�a de transtornos de sa�de mental e priva��o social.
Em um estudo retrospectivo (o pesquisador recolhe informa��es pregressas dos fatores de exposi��o e os acompanha por um per�odo de tempo os indiv�duos), de uma sele��o de pacientes entre 40 e 85 anos acompanhados entre 2012 e 2020, essa an�lise considerou um desenho baseado em epis�dios, onde a exposi��o consistiu em qualquer momento em que o tratamento com estatina foi iniciado ou quando a intensidade tivesse mudado. O desfecho (resultado a que se quer chegar) foi definido como o alcance da meta de LDL-COLESTEROL aos 180 dias de seguimento. A an�lise foi repetida em intervalos de 30 dias at� os 360 dias e estratificada por categoria de risco cardiovascular.
Foram identificados 40.032 epis�dios de exposi��o (in�cio ou mudan�a de intensidade da estatina) em 30.323 pacientes distintos. Sexo masculino, idade avan�ada, menor risco cardiovascular e aumento da intensidade da estatina associaram-se com o melhor controle do LDL -COLESTEROL. As mulheres tiveram 22% menos chance de atingir a meta de LDL-COLESTEROL do que os homens, independentemente das vari�veis.
Os autores conclu�ram que mulheres apresentam menor alcance das metas preconizadas de LDL -COLESTEROL do que os homens, ap�s ajustes para intensidade da estatina, idade, categoria de risco, presen�a de transtorno mental e priva��o social. Esses dados ressaltam a necessidade de estrat�gias mais adequadas no manejo do uso de estatinas em mulheres.
Refer�ncia: Gavina C et al. Sex differences in LDL-C control in a primary care population: The PORTRAIT -DYS Study . Aterosclerosis .2023;DOI 10.1016 /j.aterosclerosis.2023.05.017