
Com escusas aos comentaristas esportivos, posso afirmar com a convic��o de um S�rgio Moro, at� porque provas n�o h�: a culpa � do Francisco. O atleticano que n�o v� jogo do Galo condena o time e os outros 7.999.999 ao empate ou � derrota – ou a ambos, pois h� empates que s�o derrotas.
Embora ateu, acredito de verdade que o homem l� em cima, o s�sia de Karl Marx, tem por esporte punir o atleticano – e o faz com especial contund�ncia quando, em suas barbas, incorremos no pecado de trocar o Atl�tico por atividades menos importantes, sejam o trabalho ou o casamento, e mesmo quaisquer outras trivialidades insuspeitas.
Embora ateu, acredito de verdade que o homem l� em cima, o s�sia de Karl Marx, tem por esporte punir o atleticano – e o faz com especial contund�ncia quando, em suas barbas, incorremos no pecado de trocar o Atl�tico por atividades menos importantes, sejam o trabalho ou o casamento, e mesmo quaisquer outras trivialidades insuspeitas.
Mas ser pai tamb�m � padecer no para�so, e se Gabo n�o d� conta do recado, tampouco Keno e Sampaoli t�m logrado sucesso em trazer-lhe de volta. � s� tiro, porrada e bomba. O arquirrival do pequeno atleticano n�o � mais Cr�z�ir� – � o Fortnite.
Tudo s�o fases, � verdade, e houve aquela em que o neg�cio era fantasiar-se de her�i da Marvel e chamar � luta o interlocutor dispon�vel. “Eu sou o Homem-Aranha, e voc�?” Ao perceber a guarda aberta, um atleticano amigo prontamente subiu ao ringue, de punho cerrado: “Eu sou o Reinaldo”.
Deu-se ent�o a batalha de tit�s. Era pelo menos uma catequese poss�vel. Agora, a m�quina do diabo levou o Francisco, com o agravante de punir a todos n�s pelo atleticano relapso que troca o Galo pelo Xbox. Preciso de ajuda.
Deu-se ent�o a batalha de tit�s. Era pelo menos uma catequese poss�vel. Agora, a m�quina do diabo levou o Francisco, com o agravante de punir a todos n�s pelo atleticano relapso que troca o Galo pelo Xbox. Preciso de ajuda.
Quarta-feira passada, na solid�o daquele primeiro tempo, tive a certeza de que a vaca se encaminhava para o brejo, uma sensa��o que se potencializava em fun��o do advento do “col�der” – essa novidade que, suspeito, � um teste da emissora para fins de implementa��o no pr�ximo Big Brother.
� medida que avan�ava a cabe�a de gado, tal qual se verifica em currais Brasil afora, o tiro, a porrada e a bomba pareciam atingir-me pelas costas, como se eu fosse o F�bio – e a vida, o Vanderlei.
� medida que avan�ava a cabe�a de gado, tal qual se verifica em currais Brasil afora, o tiro, a porrada e a bomba pareciam atingir-me pelas costas, como se eu fosse o F�bio – e a vida, o Vanderlei.
Parcialmente derrotado aos 45 minutos de peleja, dei-me por vencido: a exemplo do senador Chico Rodrigues, est�vamos fadados a tomar no rabo em raz�o de nossa m� fortuna. Maldito Xbox! Arrastando minha solid�o como o craqueiro que carrega sua coberta, recolhi-me � minha insignific�ncia, tamb�m conhecida por edredom. Dormi.
N�o sem antes, no entanto, instalar fones secretos em meus ouvidos, atrav�s dos quais pudesse ouvir o Caixa e ao mesmo tempo acusar o dano moral proporcionado pelo atleticano relapso que se encontrava em luta contra um monstro marrom semelhante a um coc�, sobre o qual se aboletava um gorro parecido com uma camisinha.
Enquanto o coc� era esmagado na sala, o Galo fazia o mesmo com o Fluminense no quarto. Um pecado n�o termos virado aquele jogo. Ao fim e ao cabo, o coc� venceu.
Enquanto o coc� era esmagado na sala, o Galo fazia o mesmo com o Fluminense no quarto. Um pecado n�o termos virado aquele jogo. Ao fim e ao cabo, o coc� venceu.
Segunda-feira, contra o Bahia, n�o me arriscarei: ainda que precise de m�scara contra a COVID-19, camisinha na cabe�a, ofur� de �lcool gel e um escafandro, dirigir-me-ei para o Portela, o bar dos atleticanos em S�o Paulo. L�, o galo relapso � servido na panela. Os demais estaremos atentos – e como n�o disse Leminski, atentos venceremos.