
A imagem do menino preto de Tr�s Cora��es com o manto sagrado, ainda no tom real do azul do Cruzeiro – o celeste e n�o esse azul escuro de hoje, com as cinco estrelas bordadas e o cal��o de pano branco est� imortalizada em uma foto emoldurada na galeria de trof�us do clube.
Joanita Silva, guardi� da hist�ria de conquistas do Palestra/Cruzeiro, mant�m essa rel�quia emoldurada e carinhosamente acomodada na prateleira repleta de ta�as.
A foto n�o diz respeito a uma partida. Pel� n�o jogou pelo Cruzeiro. Trata-se de uma pe�a publicit�ria produzida para um comercial em jornais e revistas.
Apesar disso, o Rei do Futebol, sepultado ontem, em Santos, indiretamente est� ligado � nossa hist�ria em v�rios momentos e, talvez por isso, mere�a sim essa honraria de estar por entre nossos trof�us.
Um desses epis�dios, sem muita import�ncia para a hist�ria do futebol cruzeirense ou mundial, � muito forte em minha mem�ria de torcedor alucinado por tudo que vem do Cruzeiro. Aconteceu em 31 de outubro de 1990, quando ainda na minha cidade, Mariana, assisti pela TV a partida comemorativa aos 50 anos de idade de Pel�. Sele��o
Brasileira contra um Combinado do Resto do Mundo.
A peleja tinha craques incr�veis como o holand�s Van Basten, os uruguaios Francescoli e De Le�n, o romeno Hagi, o b�lgaro Stoichkov, o camaron�s Roger Milla, os brasileiros Alem�o e Careca e o alem�o Beckenbauer como t�cnico, mas os meus olhos ficaram vidrados na jovem dupla titular da zaga brasileira: os meninos cruzeirenses Paul�o e Ad�lson. Para mim, eram os dois e Pel�. O resto era um completo nada.
Mas passagem mais importante de Pel� na hist�ria do Cruzeiro, sem sombra de d�vida, foi mesmo a final da Ta�a Brasil de 1966. Vencer da forma �pica como ganhamos - e goleamos - o "Santos de Pel�" nos elevou � condi��o de um time conhecido mundialmente.
Fosse outro advers�rio, aquele nosso escrete continuaria sendo at� hoje o mais surpreendente de todos os tempos, mas talvez, n�o teria a proje��o midi�tica e a conquista de tantos torcedores Minas Gerais e Brasil afora.
Por termos massacrado o maior time de futebol do mundo, o Santos do Rei do Futebol, a Ta�a Brasil de 1966 se tornou a conquista mais emblem�tica. Talvez, s� comparada ao nosso primeiro t�tulo - de 1926 - ou o mais importante de todos, a Ta�a Libertadores da Am�rica de 1976. E foi exatamente em meio a disputa dessa �ltima que quase aconteceu o inimagin�vel: Rei Pel� e Pr�ncipe Dirceu Lopes jogando juntos.
N�o pela Sele��o Brasileira, como nas Eliminat�rias da Copa de 1970, mas desta vez, defendendo um mesmo clube. E n�o seria nem o Santos da majestade e tampouco o Cruzeiro, do s�dito.
Mas passagem mais importante de Pel� na hist�ria do Cruzeiro, sem sombra de d�vida, foi mesmo a final da Ta�a Brasil de 1966. Vencer da forma �pica como ganhamos - e goleamos - o "Santos de Pel�" nos elevou � condi��o de um time conhecido mundialmente.
Fosse outro advers�rio, aquele nosso escrete continuaria sendo at� hoje o mais surpreendente de todos os tempos, mas talvez, n�o teria a proje��o midi�tica e a conquista de tantos torcedores Minas Gerais e Brasil afora.
Por termos massacrado o maior time de futebol do mundo, o Santos do Rei do Futebol, a Ta�a Brasil de 1966 se tornou a conquista mais emblem�tica. Talvez, s� comparada ao nosso primeiro t�tulo - de 1926 - ou o mais importante de todos, a Ta�a Libertadores da Am�rica de 1976. E foi exatamente em meio a disputa dessa �ltima que quase aconteceu o inimagin�vel: Rei Pel� e Pr�ncipe Dirceu Lopes jogando juntos.
N�o pela Sele��o Brasileira, como nas Eliminat�rias da Copa de 1970, mas desta vez, defendendo um mesmo clube. E n�o seria nem o Santos da majestade e tampouco o Cruzeiro, do s�dito.
Em 1976, Dirceu Lopes aos 29 anos de idade, n�o era mais um "menino passarinho", como seu companheiro Tost�o lhe chamava. O Pr�ncipe j� havia se tornado o experiente l�der do elenco reformulado do Cruzeiro, ent�o vice-campe�o brasileiro de 1975 e a caminho da sua terceira participa��o na Libertadores.
Por�m, dois fatos estavam prestes a acontecer e lhe tirariam do poster dos campe�es. O primeiro ocorreu de fato e � conhecido de todos. Dirceu Lopes, contundido no tend�o de Aquiles, ficou fora de toda a jornada que levou o Cruzeiro ao t�tulo sobre o River Plate. Mas o
Por�m, dois fatos estavam prestes a acontecer e lhe tirariam do poster dos campe�es. O primeiro ocorreu de fato e � conhecido de todos. Dirceu Lopes, contundido no tend�o de Aquiles, ficou fora de toda a jornada que levou o Cruzeiro ao t�tulo sobre o River Plate. Mas o
segundo foi um "quase".
N�o fosse exatamente a sua contus�o e seu amor incondicional pelo Cruzeiro, Dirceu Lopes teria jogado com Pel� no New York Cosmos, time norte-americano para onde o Rei havia se transferido um ano antes e para onde ele pr�prio fez de tudo para levar o Pr�ncipe.
Ligou, deixou agendado um encontro em Belo Horizonte ou no Rio de
N�o fosse exatamente a sua contus�o e seu amor incondicional pelo Cruzeiro, Dirceu Lopes teria jogado com Pel� no New York Cosmos, time norte-americano para onde o Rei havia se transferido um ano antes e para onde ele pr�prio fez de tudo para levar o Pr�ncipe.
Ligou, deixou agendado um encontro em Belo Horizonte ou no Rio de
Janeiro, onde Dirceu passou um per�odo tratando da contus�o, mas ao final, o sonho n�o se realizou e se tornou mais um entre os "quase gola�os" da vida de Pel�.