(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas BALADA

Nos anos 2000, B�zios foi refer�ncia em festas de m�sica eletr�nica

DJ Leandro Rallo relembra, na se��o "Embalos de s�bado � noite" da coluna Hit,o in�cio do movimento da house music no balne�rio fluminense


08/01/2022 04:00 - atualizado 08/01/2022 08:04

Ilustração mostra DJ de blusa florida tocando picape tendo o mar e coqueiro ao fundo

Ver�o na praia

Leandro Rallo - DJ


Ano de 2003.
Como n�o falar de B�zios, cidade linda, resolvida e apaixonante?

Meu irm�o, Ans Rallo, j� estava morando l� e tatuando a mo�ada antenada quando resolvi vender a Black Agency, minha ag�ncia de modelos em BH, me mudar pra l� e me dedicar � carreira de DJ, profiss�o que escolhi e exer�o at� os dias de hoje.

O rock corria solto na pen�nsula, mas, com o tempo, senti que dava para mudar a cena local com doses homeop�ticas de house music.


Adotamos o Ponto Bar, um misto de pub com espa�o para dan�ar, em plena Rua das Pedras.

Ent�o, levamos pra l� o primeiro projeto de live de m�sica eletr�nica do Brasil (TENDANCE), formado por mim, Daniel Magnanni, na guitarra, e Juliano Mour�o na percuss�o. Resultado: a turma local pirou com os reefs de rock misturados com batidas eletr�nicas. Ganhamos admiradores fi�is, o que nos fez migrar para lugares maiores.

Procuramos bastante at� achar um lugar fant�stico, cheio de atitude e magia, onde nunca houve uma festa de m�sica eletr�nica. Algo inusitado chamou a nossa aten��o: era gigante, na Orla Bardot, de frente para o mar.

Assim que a festa acabou, liguei para o Ot�vio, propriet�rio da Privil�ge, em Juiz de Fora, um clube alucinante em que eu j� havia tocado, refer�ncia no Brasil.

Falei que ele tinha de conhecer aquele local m�gico. N�o deu outra. Em pouco tempo, a Privil�ge se instalava na pen�nsula mais amada do pa�s.

Naquele per�odo, o p�blico que simpatizava com m�sica eletr�nica consumia exatamente o que B�zios tinha de sobra: excelentes acomoda��es, gastronomia de qualidade, moda, praias paradis�acas e localiza��o perfeita.

Um superclub de frente para o mar era tudo o que todos queriam.

Lembro-me como se fosse hoje do dia da inaugura��o. Uma cortina separava o bar da pista de dan�a, eu estava na cabine e seria o primeiro DJ a tocar. Quando as cortinas se abriram, mil e quinhentas pessoas vindo em minha dire��o como se estivessem maravilhadas. Naquele momento, minhas pernas tremeram, foi surreal!

Abrimos 28 dias direto, sem pausa para descanso, casa cheia todos os dias, uma loucura sem fim.
Vale mencionar que al�m de abrir e fechar a pista todos os dias, eu ainda tocava no Fishbone, em Gerib�, super beach club como poucos no mundo, que tinha os melhores sunsets.

Eu era o DJ residente, tocava das 16h �s 22h, corria pra casa, tomava banho e abria a pista da Privil�ge � meia-noite em ponto!

DJs residentes se revezavam, eu voltava a tocar das 6h �s 8h, quando o sol entrava pelas vidra�as do club... Inacredit�vel!

B�zios se tornou o balne�rio da m�sica eletr�nica no Brasil.

Gringos lotavam as pistas, paulistada invadiu, energia incr�vel, sunsets, madrugadas inesquec�veis e, claro, ressacas idem…

Chamou tanto a aten��o dos aficcionados em m�sica de qualidade que n�o demorou muito e a Pacha se rendeu ao balne�rio, inaugurando um club para 2 mil pessoas.

Nesse per�odo, eu e meu irm�o abrimos o Lounge 4few, espa�o com duas varandas, uma delas voltada para a Rua das Pedras e a outra para o mar.

Eu e Expeto (Expedito Filho) �ramos os DJs re- sidentes. Noites viraram dias e dias viraram noites.

In�meras atra��es nacionais e internacionais adotaram B�zios como refer�ncia de m�sica eletr�nica de qualidade.

Durante os 10 anos subsequentes, inaugurei cerca de 200 casas noturnas no Brasil e na Europa. A cena eletr�nica explodia no mundo todo!

�poca boa. Se vai voltar, n�o sei. Mas que d� saudade, d�.

Quem viveu, sorriu. E, com certeza, dan�ou muito tamb�m.

A SE��O “EMBALOS DE S�BADO � NOITE” CONTA  A HIST�RIA DA VIDA NOTURNA, QUE, ANTES DA PANDEMIA, DEU O QUE FALAR

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)