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Estado de Minas ARTES C�NICAS

Em tempo de desencontros, o teatro � a melhor defini��o de arte do encontro

Fundadora do Grupo Maria Cotia, Mariana Arruda � a convidada de hoje da se��o Terceiro Sinal, publicada �s sextas pela Coluna HIT


04/02/2022 04:00 - atualizado 04/02/2022 07:38

Ilustração mostra figura de um cantador com figurino de teatro, chapéu nordestino e segurando violão

Mariana Arruda
Atriz e palha�a, integrante e fundadora do Grupo Maria Cutia

Se esse tal Teatro � a arte do encontro, num tempo de desencontros, como poderia ele acontecer? Nas adapta��es virtuais, on-line, remotas, experimentais e tudo quanto foi nome e formato que se experimentou por a� para v�-lo viver nestes tempos pand�micos, buscamos a m�trica emo��o na raz�o. A raz�o em busca da sa�de coletiva, do cuidado, da sobreviv�ncia. E como esse tempo de reclus�o foi importante.

A dramaturgia no mundo foi mudando depois da apresenta��o do grande conflito que vivemos e chegou � t�o sonhada vacina. Fomos vendo a vacina tomar conta dos nossos bra�os e cora��es. Fomos vendo as m�scaras como o maior sorriso dos novos encontros poss�veis. E d�-lhe �lcool em gel para brindarmos esses encontros! Nessa nova etapa, com calma, cuidado, saudade e muito amor, retornamos aos palcos.

Brilho no olho? Cora��o na boca? Frio na barriga? Arrepios e voz embargada? Esses sintomas, a gente v� por aqui. Novos sintomas, velhos sintomas, eternos sintomas que vivemos nessa emocionante arte do encontro, que � nosso velho teatro. Neste novo normal n�o h� como ser diferente. 

Dizia Stanislavski que todo ator sente medo antes de entrar em cena e que isso � imprescind�vel, assim como o medo do soldado que vai para guerra. Acho que somos um pouco guerrilheiros mesmo. Guerrilheiros de Baco sempre em busca de celebrar a vida. Estamos vivos, e o teatro vem saudar isso. 

Com cr�ticas, com homenagens, com provoca��es, com nostalgia, com gargalhadas, com l�grimas, com sabedoria, com bobagens, a vida h� sempre de ser celebrada em cena e fora dela. Que com esses ingressos a pre�os populares retomemos toda essa emo��o do p�o e circo, das trag�dias e com�dias, dos melodramas, das palha�adas. 

Que essa Campanha de Populariza��o seja uma campanha para novos e poss�veis encontros. Que o teatro e a dan�a inspirem esperan�a, mudan�a, cr�tica e alegria. Que nos fa�a pensar no que amamos, nos espa�os mais �ntimos que s� uma hist�ria bem contada faz acessar. Teatro � ver a hist�ria de um outro, mas que no fundo fala � de mim mesmo. 

Teatro � rir do outro e logo ali rir de mim mesmo. � sempre pessoal. Engana-se aquele que acha que o artista vai ao palco mostrar habilidades. O palco � o espa�o de apresentar mundos e falar intimamente para quem est� sentado ali na frente dele. O teatro � um espa�o no tempo e um tempo no espa�o. O hoje e o agora.

Nessa Campanha, seguimos com a b�n��o de Suassuna e as cores de uma aquarela, cheios de alegria, � espera do bem mais precioso desse encontro: o p�blico. Venham mascarados em homenagem ao teatro grego ou � commedia del arte, cheios de �lcool em gel em homenagem aos rituais das bacantes. 

Aben�oados pela Compadecida e coloridos pelo incr�vel olhar da inf�ncia, n�s, do Grupo Maria Cutia, seguimos no palco e na vida, desejando sa�de a todo mundo e ao mundo todo. Um brinde ao teatro!

. �S SEXTAS-FEIRAS, A COLUNA HIT PUBLICA A SE��O TERCEIRO SINAL, NA QUAL ATORES, DIRETORES E PRODUTORES RELATAM COMO � ENCARAR OS DESAFIOS DO TEATRO NA PANDEMIA.

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