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Mimulus comemora seus 30 anos com homenagem a Baby Mesquita

Comemora��es come�am nesta ter�a (15/11), com exposi��o de figurinos no Teatro Mar�lia. Na sexta (18/11), haver� apresenta��o gratuita


15/11/2022 04:00 - atualizado 15/11/2022 00:41

Baby Mesquita sorri para a câmera, deitada no sofá e com os braços para o alto
Baby Mesquita, que morreu este ano, ajudou a criar o projeto pioneiro da Mimulus Cia. de Dan�a (foto: Acervo pessoal)
 
A mem�ria de Baby Mesquita ser� reverenciada na pr�xima sexta-feira (18/11), com “Flores de coragem, pot�ncia de vida – Baby Mesquita”, no Teatro Mar�lia. O roteiro traz momentos importantes da trajet�ria da Mimulus Cia. de Dan�a, com espet�culos criados de 2003 a 2018. A noite ser� encerrada com um baile no foyer do teatro.

De hoje at� ter�a-feira (22/11), mostra exibir� parte dos figurinos da companhia, que completa 30 anos. O evento foi criado a convite da Funda��o Municipal de Cultura.

Baby, m�e do core�grafo Jomar Mesquita e fundadora do grupo, morreu em maio, quando se preparava para dormir. O evento tem entrada franca, mas ingressos devem ser retirados com anteced�ncia na bilheteria ou no site Diskingressos.
 
Na entrevista a seguir, Jomar fala sobre o legado de Baby para a companhia e para a cultura em BH.
 

"Levamos o nome de Belo Horizonte para templos da dan�a mundial"



O que Baby Mesquita representou para a cultura de BH?
Antes de mais nada, minha m�e foi uma pessoa muito generosa, lutando e trabalhando pelas artes e pela cultura durante mais de tr�s d�cadas. Buscou criar melhores condi��es de trabalho para artistas e t�cnicos – n�o somente da Mimulus – em detrimento de seu tempo livre e rendimentos financeiros. Ela foi fundadora, diretora, produtora, “m�e” e figurinista da Mimulus Cia. de Dan�a desde seus prim�rdios, na d�cada de 1990. Psic�loga e pedagoga, mas essencialmente criadora genial, produziu todas as a��es da Mimulus. Criou projetos e deu suporte e apoio incondicional para a perman�ncia, a exist�ncia e a resist�ncia da companhia. Sua cabe�a n�o parava de pensar, ter ideias, de buscar formas para permanecermos em movimento, criando. Algumas vezes, eu perguntava: “Mas n�s temos dinheiro para isso?”. Ela dizia: “Dinheiro � energia… Volta, vai aparecer”.

Baby e Jomar Mesquita dançam de rosto colado
Baby Mesquita incentivou o filho, Jomar, a apostar na dan�a de sal�o (foto: Acervo pessoal)
Como ela desenvolveu esse trabalho aqui em BH?
Minha m�e, antes do trabalho com a cultura, foi uma das pioneiras em desenvolver a criatividade profissional em empresas no Brasil. Foi presidente da Associa��o Dan�a Minas. Durante 22 anos, presidiu a Associa��o Cultural Mimulus, que, al�m de possibilitar a estrutura para o funcionamento da Mimulus Cia. de Dan�a, tornou-se respons�vel pela realiza��o de importantes a��es educativas de forma��o art�stica e t�cnica, interc�mbios com outros grupos e profissionais, atividades de forma��o de p�blico, interven��es urbanas, apresenta��es para a rede p�blica de ensino e palestras para empresas, entre outras atividades.

S�o 30 anos da Mimulus Cia. de Dan�a e 32 da Mimulus Escola de Dan�a. O que esse legado representa para BH?
� muito dif�cil falar do nosso pr�prio trabalho sem parecer arrogante. Mas quando isso est� registrado em in�meras reportagens e cr�ticas escritas por especialistas, al�m de livros e pesquisas de mestrado, pelo menos ficamos um pouco mais confort�veis em dizer. A Mimulus transformou a cultura das dan�as a dois em Belo Horizonte, al�m de influenciar o resto do pa�s. Trouxemos novos olhares, introduzimos tr�s dan�as que n�o eram ainda conhecidas no Brasil, fomos pioneiros em iniciativas marcantes para a melhor forma��o de dan�arinos, bailarinos, professores e t�cnicos. Uma de nossas marcas mais importantes foi a linguagem que a companhia criou e desenvolveu, influenciando diversos outros grupos ao levar as dan�as de sal�o para os palcos de forma totalmente diferente do que existia antes. Com isso, a Mimulus se tornou refer�ncia, inclusive internacional. Levamos o nome de Belo Horizonte para templos da danca mundial, passando por mais de 80 cidades e 14 pa�ses. Recebemos aqui na nossa sede pessoas de todas as regi�es brasileiras, da Europa, EUA e outros pa�ses da Am�rica. Somos a �nica companhia profissional est�vel que trabalha com as dan�as de sal�o.

O que o p�blico vai encontrar na exposi��o/espet�culo/baile “Flores de coragem”?
A exposi��o de parte do acervo de figurinos re�ne grandes momentos da trajet�ria da Mimulus, com pe�as que fizeram parte de oito espet�culos da fase profissional da companhia, criados entre 2001 e 2018. No dia 18, o espet�culo traz coreografias de sete espet�culos do nosso repert�rio, ampliando a exposi��o de figurinos tamb�m para o palco. O final da apresenta��o leva o p�blico ao foyer, onde todos ser�o convidados a dan�ar em um baile para celebrar a vida e a arte de Baby Mesquita.

Como � para voc�, filho de Baby, revisitar toda essa hist�ria?
Desde que a escola completou 25 anos, j� t�nhamos o desejo de registrar nossas mem�rias em livro. Agora ainda mais… Mas n�o � f�cil remexer nas lembran�as. Acabam de se completar 15 anos da morte do meu pai, fundador da Mimulus ao lado da minha m�e. S�o lembran�as de fam�lia que se misturam com as profissionais, saudades, orgulho, vit�rias, derrotas, alegrias. Milhares de pessoas passaram por essa hist�ria e ajudaram a constru�-la, tornando-se parte do que minha m�e chamava de fam�lia Mimulus. O movimento para organizar a exposi��o foi a primeira a��o para tornar p�blicas nossas mem�rias, que, ali�s, recobrem tamb�m as paredes do nosso galp�o, no Prado. Trata-se de uma a��o de preserva��o da mem�ria da dan�a em Belo Horizonte. A exposi��o de figurinos era desejo antigo da minha m�e, o que me deixa ainda mais realizado e seguro de que ela est�, de alguma forma, feliz e nos acompanhando.

Seu processo de cria��o sempre contou com a presen�a de Baby. Qual � a influ�ncia que ela deixou para os pr�ximos trabalhos?
Em primeiro lugar, resist�ncia e coragem para seguir trabalhando com arte, com dan�a. Ali�s, mimulus � a flor conhecida como a planta da coragem… Esta � a raz�o do nome, escolhido por Baby, um dos v�rios preciosos legados que ela nos deixou. Outra influ�ncia � a �tica na execu��o dos projetos e na rela��o com nossos patrocinadores e parceiros. E h� tamb�m os sonhos!

Qual � o futuro da dan�a de sal�o?
Ocupar cada vez mais lugares de pesquisa, educa��o, colabora��o e experimenta��o, como minha m�e sempre quis e trabalhou para tornar poss�vel. Sem deixar de lado o lazer, a socializa��o e o prazer de estar abra�ado dan�ando. � uma ferramenta essencial de conex�o entre dois corpos que dan�am juntos, nestes tempos de tanta desconex�o f�sica.

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