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O que a sa�da de Leo significa para o Cruzeiro

Com Leo se v�o p�ginas heroicas e imortais que o torcedor sonha em reviver, mas sem ter muitos sinais de que ser� poss�vel


20/05/2021 18:41 - atualizado 20/05/2021 18:55

Leo fez parte da conquista de quatro troféus nacionais, sendo dois da Copa do Brasil (2017 e 2018) e dois do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014), além de quatro Estaduais: 2011, 2014, 2018 e 2019(foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)
Leo fez parte da conquista de quatro trof�us nacionais, sendo dois da Copa do Brasil (2017 e 2018) e dois do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014), al�m de quatro Estaduais: 2011, 2014, 2018 e 2019 (foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro)

A sa�da do zagueiro Leo do Cruzeiro n�o � t�o somente um burocr�tico fim de contrato entre empregado e empregador. Tamb�m n�o significa apenas o encerramento de uma parceria que se fez vitoriosa nos gramados. Nem tampouco representa uma despedida a mais na Toca da Raposa. O cap�tulo final da trajet�ria do zagueiro com o clube �, acima de tudo isso, um forte elo a se romper entre o passado recente de gl�rias do time celeste e seu presente incerto.

Leo, ao lado do goleiro F�bio e do volante Henrique, formou um trip� que, al�m de simbolizar uma das gera��es que mais ta�as levaram para a galeria do Barro Preto, personificou o torcedor em campo.

S�o jogadores cuja hist�ria n�o se eterniza somente por n�meros – mas que � sobremaneira amparada por eles. H� entre esse tipo de atleta e a camisa que ele veste uma rela��o que transcende o que n�s, jornalistas, conseguimos retratar quando relatamos um jogo.

E essa simbiose � cada vez mais rara, em tempos de rela��es t�o l�quidas. S�o conex�es que n�o se d�o por finalizadas quando o v�nculo de trabalho se encerra. Elas permanecem gravadas n�o s� na hist�ria, como tamb�m na mem�ria afetiva de quem a testemunhou.

Talvez o peso dessa cis�o n�o seja sentido de bate-pronto por muita gente, j� que h� algum tempo Leo perdeu a condi��o de titular da equipe e vinha duelando com uma les�o no joelho direito que o tirava de suas melhores condi��es f�sicas e t�cnicas. Foi at� para os Estados Unidos em busca de tratamento, custeado por ele pr�prio.

A idade n�o seria empecilho, nem motivo para abreviar o ciclo, j� que aos 33 anos certamente o zagueiro ainda tem muito a apresentar como jogador.

A quest�o aqui nem � questionar se Leo deveria ou n�o continuar no Cruzeiro. � mostrar como aquele Cruzeiro que se fez grande tamb�m gra�as a esses jogadores cada vez mais vai se tornando um retrato na parede.

Hoje, esse fio condutor com aquele time vencedor e temido pelos advers�rios se sustenta especialmente pelas m�os do goleiro F�bio.

Chegadas e partidas s�o momentos integrantes da vida, e � preciso um esfor�o para naturaliz�-las. S� que muitas vezes demoramos a nos dar conta de tudo o que vai embora junto com os v�rios adeus que distribu�mos por a�.

No caso de Leo, ele deixa a Raposa depois de 11 temporadas, 401 jogos e 22 gols marcados – que o colocam como o terceiro maior zagueiro-artilheiro da centen�ria hist�ria cruzeirense, atr�s apenas de Cris (25 gols em 260 jogos) e Gerald�o (30 gols em 170 jogos).

Leo fez parte da conquista de quatro trof�us nacionais, sendo dois da Copa do Brasil (2017 e 2018) e dois do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014), al�m de quatro Estaduais: 2011, 2014, 2018 e 2019. Quer dizer, mais do que fazer parte, foi pe�a essencial na maioria deles.

Acima de tudo isso, ele encarnou o esp�rito celeste dentro das quatro linhas. Esteve presente nos momentos de alegria e tamb�m no da maior tristeza: a queda para a S�rie B do Campeonato Brasileiro.

No in�cio de 2020, mesmo tendo convites para se transferir para outros clubes, foi um dos primeiros a aceitar reduzir o sal�rio para ajudar na reconstru��o da Raposa. Sai sem ver a miss�o conclu�da e pior: com o Cruzeiro vivendo a perspectiva de mais um ano muito complicado.

Do time que ergueu a �ltima ta�a de express�o do clube, a Copa do Brasil de 2018, s� restam F�bio e Rafael Sobis – que deixou a Toca da Raposa em 2019 e retornou, no fim do ano passado, para a que deve ser sua �ltima temporada como jogador.

Daquela gera��o, o primeiro a buscar outro rumo foi o uruguaio De Arrascaeta, contratado pelo Flamengo numa negocia��o atribulada, at� hoje atravessada na garganta de muitos torcedores. �quela altura, nenhum cruzeirense imaginava o que estava por vir, mas era o ponto de corte da hist�ria celeste.

Aquele Cruzeiro foi, ent�o, se desfazendo. Rafinha, Lucas Silva, Robinho, Edilson, Thiago Neves, Eg�dio e Lucas Romero, entre outros, seguiram suas vidas, por motivos e em momentos diferentes.

Pe�a a pe�a, cada um com sua devida import�ncia no quebra-cabe�as. Agora, � a vez de Leo. Com ele se v�o p�ginas heroicas e imortais que o torcedor sonha em reviver, mas sem ter muitos sinais de que ser� poss�vel.

Justamente por isso, � uma despedida que diz muito.

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