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T�quio vai ter de driblar a COVID para garantir uma abertura inesquec�vel

A cerim�nia de abertura, nesta sexta, vai dar o tom de tudo de diferente que vamos testemunhar nas arenas japonesas, por causa da pandemia do novo coronav�rus


22/07/2021 18:59 - atualizado 22/07/2021 22:02

A COVID-19 ainda é uma ameaça em Tóquio, sede dos Jogos Olímpicos(foto: AFP)
A COVID-19 ainda � uma amea�a em T�quio, sede dos Jogos Ol�mpicos (foto: AFP)
Oficialmente, os Jogos Ol�mpicos de T�quio come�am nesta sexta-feira (23/7), com a cerim�nia de abertura, marcada para as 8h (de Bras�lia) – embora algumas modalidades j� tenham dado a largada pelos lados do Jap�o. � aquele momento em que cai a ficha de quem ama esporte e, de quebra, a Olimp�ada. Voc� se conscientiza de que, a partir de agora, sua programa��o cerebral, seus olhos e cora��o estar�o voltados para o que acontece nos campos, quadras, piscinas, pistas, lagos e mares.

Onde houver uma disputa, l� eles estar�o, at� 8 de agosto, o dia da despedida.

Normalmente, as cerim�nias de abertura de Olimp�ada s�o t�o aguardadas quanto as disputas por medalhas. Emo��o ditada por ritmos, cores, criatividade, congra�amento e altas doses de ostenta��o.

Quase um desfile de escolas de samba do carnaval carioca, tamanha a grandiosidade da apresenta��o. Aquela mistura de sentidos a preparar o esp�rito para o que est� por vir.

Algumas foram ic�nicas. O mosaico, em Moscou'1980, que fez o ursinho Misha cair nas gra�as de todo mundo, em meio � tens�o causada pela Guerra Fria; o v�o de um homem pelo Los Angeles Coliseum, com uma esp�cie de mochila com turbinas (jetpack) nas costas, dando o tom futurista em 1984; o "acendimento" da pira ol�mpica por uma flecha em chamas, disparada pelo arqueiro Antonio Rebollo, em Barcelona'1992 – cena que n�o perdeu o charme mesmo depois de desmascarada por um cinegrafista amador, que filmou a flecha passando por cima da pira, acionada automaticamente.

A entrada tocante no est�dio, em Atlanta'1996, do ex-boxeador Muhammad Ali, que sofria do mal de Parkinson e, com as m�os tr�mulas, carregou a tocha at� a pira, para acend�-la.

Tamb�m houve momentos c�micos, como os dubl�s da rainha Elizabeth II e do espi�o James Bond saltando de paraquedas de um helic�ptero na chegada ao Est�dio Ol�mpico de Londres, em 2012, ao som da m�sica tema do filme 007.

E, para n�o deixar a Rio'2016 de fora, quem n�o se recorda do desfile majestoso da modelo Gisele B�ndchen por uma passarela no Maracan�, sob os acordes de Garota de Ipanema, e a emo��o do ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, escolhido para acender a tocha ol�mpica, encerrando um revezamento que contou com as astros do naipe da ex-jogadora de basquete Hort�ncia e do ex-tenista Guga.

Leia tamb�m: Rio'2016, a Olimp�ada dos trint�es

Foi uma esp�cie de repara��o ol�mpica ao que Vanderlei passara 12 anos antes, em Atenas, quando liderava sua prova e perdeu posi��es ao ser atacado pelo ex-padre irland�s Cornelius Horan. Nem isso tirou a alegria do maratonista, que entrou no est�dio comemorando, fazendo um avi�ozinho, ao saber que, ainda assim, subiria ao p�dio - ele levou o bronze.

Isso era o velho normal, com suas belezas e algumas agruras tamb�m. O que nos aguarda no novo normal ol�mpico? Teremos de esperar para ver.

Hoje, sabemos que T�quio vai estabelecer um marco na hist�ria dos Jogos. Por mais que os organizadores se esforcem em propagar que a miss�o da Olimp�ada ser� passar ao mundo uma mensagem de esperan�a em tempos pand�micos, a COVID-19 estar� sempre ali, � espreita.

A cerim�nia de abertura, nesta sexta-feira, vai dar o tom de tudo de diferente que vamos testemunhar nas arenas japonesas. Chegou a hora de cenas nunca vistas, experi�ncias jamais vividas.

Arquibancadas vazias, um sil�ncio monocrom�tico onde, em condi��es normais, haveria uma mescla de cores e sons, de pessoas de todas as partes do mundo. Haveria abra�os. Sorrisos. A emo��o em estado puro. Era assim. Sempre foi assim.

Al�m de quem est� l�, brigando por medalha, n�s, telespectadores a dist�ncia, tamb�m teremos de adaptar o nosso olhar.

Tamb�m n�o veremos os milhares de atletas desfilando, entusiasmados, aglomerados, pelo est�dio na abertura. Muitas delega��es inclusive cogitaram, at� o �ltimo momento, levar � cerim�nia apenas os porta-bandeiras – no caso do Brasil, a judoca Ketleyn Quadros e o jogador de v�lei Bruninho –, para reduzir o risco de cont�gio.

Ningu�m quer arriscar perder um potencial medalhista antes mesmo da competi��o.

N�o vai ter economia s� de calor humano. A expectativa tamb�m � de uma apresenta��o mais comedida, at� para n�o ir de encontro ao luto de milh�es de pessoas que perderam entes queridos por causa do novo coronav�rus no mundo todo.

De toda forma, n�o ser� surpresa se os organizadores lan�arem m�o de aparatos tecnol�gicos, que caracterizam a cultura japonesa, para dar uma "garibada" na cerim�nia.

Os an�is ol�mpicos entrela�ados, que simbolizam a uni�o e o congra�amento entre os povos, ter�o de ganhar nova roupagem, se submetendo ao distanciamento exigido pelos protocolos sanit�rios.

A pandemia n�o � passado, e o alerta vem at� nas entrelinhas: apesar de estarmos em 2021, o evento ainda atende pela alcunha de T�quio'2020.

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