(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas TIRO LIVRE

A f� que move Marquinhos Santos, o Am�rica e a vaga na Libertadores

Quando se lembrarem de Marquinhos Santos, do Am�rica na Libertadores, se lembrar�o da virada hist�rica em Assun��o


04/03/2022 07:20 - atualizado 04/03/2022 07:27

Marquinhos Santos, técnico do América, no jogo contra o Guaraní, no Defensores del Chaco
Marquinhos Santos, t�cnico do Am�rica, no jogo contra o Guaran�, no Defensores del Chaco (foto: Mour�o Panda/Am�rica)
Para muita gente que acompanhou a jornada �pica do Am�rica no Paraguai, com a virada hist�rica sobre o Guaran�, pela Copa Libertadores, a imagem que ficou foi a presen�a de torcedores que encararam mais de 30 horas de estrada para ver o primeiro jogo do time em solo internacional. Houve tamb�m quem enaltecesse a import�ncia do p�nalti defendido por Ja�lson, depois de uma quase defesa – ele caiu no canto certo, mas a bola lhe escapou e cruzou, sorrateiramente, a linha do gol. Ou a cobran�a "marrenta" de Wellington Paulista, com direito a mais de uma paradinha.

Uma cena registrada no in�cio da cobran�a das penalidades, por�m, tamb�m pode entrar para o rol das mais marcantes da noite - e ajudar a explicar a vaga arrancada, no cora��o e na ra�a, pelo Coelho no Defensores del Chaco. 

A adrenalina americana estava a mil. Depois de um primeiro tempo ap�tico, a equipe mineira conseguiu reagir, fazer os gols de que precisava para, na pr�tica, sobreviver: esportivamente falando, igualar o confronto com os paraguaios e levar a defini��o para os p�naltis.

Ajoelhado ao lado dos companheiros de comiss�o t�cnica, Marquinhos Santos, treinador do time, parecia em transe: olhos fechados, punhos cerrados e l�bios se movimentando rapidamente, possivelmente recitando uma ora��o. A f� que, dizem, move montanhas, moveu o comandante alviverde.

�quela altura, ele j� tinha vivido toda sorte de emo��es. Confessou que esteve a ponto de jogar a toalha e dar a classifica��o como perdida, ao ver a desvantagem de 2 a 0 no placar, logo no in�cio do primeiro tempo – que se juntava � derrota por 1 a 0 amargada no Independ�ncia, numa noite de amplo dom�nio de sua equipe, uma semana antes.

"Tive um momento de entregar os pontos, mas Deus n�o deixou", disse, em entrevista ao Sportv, nesta quinta-feira.

No intervalo, passar apenas as instru��es t�cnicas para seus atletas n�o bastaria. Elas eram muito necess�rias, afinal, o Am�rica foi presa f�cil para o Guaran� na etapa inicial e mal amea�ou o gol paraguaio. Contudo, Marquinhos teria de ser mais do que treinador. Ele precisava acreditar na reviravolta e fazer os jogadores tamb�m apostarem que era poss�vel fazer tr�s gols.

Vieram aquela conjun��o astral favor�vel, a entrada providencial de Everaldo – que deu outra movimenta��o ao time – e os gols. Voltamos ent�o � cena de Marquinhos Santos em seu transe. Naquele momento, n�o era mais entre ele e seu time. A partir dali, nada mais poderia fazer. Sua influ�ncia se encerrara na lista de batedores. Restava, ent�o, buscar a contribui��o divina. E ele pediu com tanto fervor, que acabou alcan�ando.

A trajet�ria de Marquinhos Santos como treinador de futebol n�o � longa: ele tem somente uma d�cada � beira do campo. E � muito jovem para os padr�es aos quais estamos acostumados: apenas dois anos mais velho que o goleiro Ja�lson (40) e quatro que Wellington Paulista (38). Mas, certamente, j� escreveu um cap�tulo que ficar� eternizado em sua carreira.

Quando se lembrarem de Marquinhos Santos, do Am�rica na Libertadores, se lembrar�o da virada hist�rica em Assun��o. 

Podem se lembrar de muito mais, porque ao avan�ar para a terceira fase da competi��o continental o Coelho abriu uma janela de oportunidades internacionais. Vai seguir na Libertadores ou, na pior das hip�teses, caso seja eliminado pelo Barcelona-EQU, ir para a Sul-Americana e dar prosseguimento � caminhada pavimentada por cotas em d�lares – detalhe muito importante para as pretens�es do clube, inclusive, de perman�ncia na S�rie A do Campeonato Brasileiro.

Agora, n�o vai dar � para depender sempre da f�. O lado bom da hist�ria � que o pr�prio Marquinhos Santos reconheceu que a produtividade foi baixa e � preciso melhorar para os desafios que est�o por vir. Para conseguir regularidade, no entanto, ele ter� de acertar muito mais seu time. A defesa, especialmente, que tem se mostrado vulner�vel. 

� fato que o trabalho est� no in�cio, que houve uma reformula��o em setores importantes da equipe e leva tempo at� que toda a engrenagem esteja ajustada. Mas fica o alerta. Sem querer atrapalhar a festa americana, � bom colocar os p�s no ch�o e analisar tamb�m friamente o que foi o jogo em Assun��o. 

Os resultados s�o o que realmente importam neste momento, dentro da tese de que os fins justificam os meios. Mas mais do que sementes de alegria, que eles sejam o trampolim para a consolida��o de um trabalho consistente de Marquinhos Santos no Lanna Drumond.  

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)