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Estado de Minas TIRO LIVRE

Atl�tico p�s-Cuca, uma heran�a maldita que atinge Turco Mohamed?

Quem sucedeu Cuca na primeira passagem tamb�m cortou um dobrado. At� que o Atl�tico reencontrasse as ta�as, n�o faltaram dissabores e apostas erradas


26/05/2022 17:47 - atualizado 03/06/2022 09:30

Cuca em campo em jogo do Atlético
Cuca comandou o Atl�tico na conquista de seus t�tulos mais importantes (foto: Yuri EDMUNDO / POOL / AFP - 28/12/21)
� ineg�vel que as maiores alegrias vividas pela torcida atleticana em sua hist�ria s�o os t�tulos expressivos que o clube colecionou sob o comando do Cuca. Em 2013, com o trof�u da Copa Libertadores, naquela campanha �pica, e na temporada aben�oada de 2021, com o triplete: Mineiro, Brasileiro e Copa do Brasil. Nos dois casos, uma fus�o no m�nimo curiosa: o �xtase vivido com as conquistas � sucedido por uma ressaca p�s-Cuca dif�cil de se curar.

Foi assim em 2014. Em 2022, os ind�cios apontam para jornada parecida. Seria alguma esp�cie de heran�a maldita?

N�o deixa de ser curioso que o substituto de Cuca passe tantos perrengues para manter o n�vel de atua��o da equipe quando um pensamento mais simplista indica que o papel a ser feito por ele seria t�o somente n�o inventar. Seguir o fluxo, manter a receita. 

� claro que o grau de exig�ncia fica mais elevado, por�m, essa m�trica n�o se baseia em algo et�reo e sim em uma situa��o bem pr�tica: no que os jogadores j� mostraram que podem produzir. N�o seria, em tese, nenhuma meta inating�vel. Por isso, n�o alcan��-la n�o deixa de ser frustrante, para todas as partes. 

O Turco Mohamed vem atravessando essa fase de tormenta no Galo. Sem conseguir dar consist�ncia ao time. Em cinco meses de trabalho, s�o poucos os bons frutos colhidos e ainda h� mais motivos para cr�ticas que elogios.

Isso nada tem a ver com n�meros. O aproveitamento � �timo, dois t�tulos, vaga assegurada nas oitavas de final da Copa Libertadores e pouqu�ssimas derrotas. Mas a an�lise precisa ir al�m dessa vis�o pragm�tica. E numa avalia��o do todo, ainda n�o h� sinal de solidez.

Coincid�ncia ou n�o, quem sucedeu Cuca na primeira passagem tamb�m cortou um dobrado. At� que o Atl�tico reencontrasse o caminho das ta�as, n�o faltaram dissabores - e muitas apostas erradas.

O primeiro da lista foi Paulo Autuori, anunciado ainda no Marrocos, em dezembro de 2013. Durou pouco mais de quatro meses, ou 23 partidas (11 vit�rias, nove empates e somente tr�s derrotas - aproveitamento de 61%, o que prova que esse n�o � um crit�rio t�o determinante).

O Atl�tico recorreu, ent�o, a um velho conhecido, Levir Culpi, que faria sua quarta passagem pelo clube. Ao conduzir o alvinegro ao in�dito t�tulo da Copa do Brasil de 2014, numa campanha hist�rica, repleta de viradas emocionantes sobre Corinthians e Flamengo e duas vit�rias sobre o Cruzeiro, na decis�o, Levir pareceu quebrar qualquer praga que pudesse ter se abatido sobre a Cidade do Galo.

Mas, assim que ele saiu, em 2015, come�ou novo carrossel, com Diego Aguirre, Marcelo Oliveira, Diogo Giacomini, Roger Machado, Rog�rio Micale, Oswaldo de Oliveira, Thiago Larghi, Levir Culpi de novo, Rodrigo Santana, Vagner Mancini, Dudamel e Sampaoli – treinadores das mais variadas gera��es e filosofias de trabalho, quase como num m�todo de tentativa e erro –, at� o circulo se fechar e o time atleticano voltar para as m�os de Cuca novamente.

Em dezembro de 2021, depois de adicionar mais ta�as ao seu curr�culo, Cuca pegou o bon� e disse adeus. E o Atl�tico mais uma vez tenta se estabilizar com um comandante. Miss�o �rdua, at� agora, para o Turco.

 Algo semelhante acontece com o Flamengo, desde a era Jorge Jesus. Os t�cnicos seguintes, mesmo com um grupo renomado em m�os, pelejaram. N�o ca�ram nas gra�as da torcida. N�o por acaso, volta e meia o portugu�s reaparece, para assombrar quem ocupa a cadeira. 

Interessante que o que deveria ser uma vantagem - pegar uma equipe vitoriosa, com pe�as de qualidade e em lua de mel com o torcedor - acaba se tornando um fardo para quem assume o cargo.

Como se ali se instalasse algum tipo de maldi��o. Ou, numa an�lise mais racional e longe de qualquer ingrediente esot�rico, escolhas equivocadas mesmo. Fato � que s� o tempo pode dar esse veredicto.
 

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