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Estado de Minas TIRO LIVRE

O saldo das elimina��es de Atl�tico e Cruzeiro na Copa do Brasil

No Mineir�o, a torcida celeste abra�ou o time ap�s o rev�s para o Flu. No Maracan�, os jogadores do Galo deram o tom da decep��o depois da derrota para o Fla


14/07/2022 19:05 - atualizado 14/07/2022 19:34

Montagem de fotos. Lado a lado, Turco Mohamed e Paulo Pezzolano
Situa��es opostas: Turco Mohamed volta a ficar pressionado pelos torcedores do Atl�tico e Paulo Pezzolano est� em alta com a torcida do Cruzeiro (foto: Pedro Souza/Atl�tico e Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
O algoz carioca � praticamente o �nico la�o a unir as quedas de Atl�tico e Cruzeiro na Copa do Brasil. Tudo mais que envolve os confrontos que culminaram nas elimina��es de Galo e Raposa nas oitavas de final do torneio leva a an�lises totalmente distintas. Do antes ao durante e, sobretudo, ao depois.

Isso ficou claro t�o logo os �rbitros apitaram o final das partidas: no Mineir�o, na noite de ter�a-feira, a torcida celeste abra�ou o time ap�s a goleada por 3 a 0 sofrida para o Fluminense. Um dia depois, no Maracan�, at� os pr�prios jogadores atleticanos deram o tom da decep��o com a atua��o nos 2 a 0 para o Flamengo.

N�o � exagero dizer que o Cruzeiro foi ao seu limite diante do tricolor carioca. Jogou o que podia, mas parou nas pr�prias limita��es t�cnicas.

Se na S�rie B do Campeonato Brasileiro elas n�o pesam tanto, diante de um oponente da Primeira Divis�o ficam mais evidentes – tanto que neste ano o time de Paulo Pezzolano ainda n�o venceu nenhuma equipe que integra a elite nacional. Nessa conta entram muitas vari�veis, que ser�o tratadas em momento oportuno.

Fato � que, mesmo com a derrota, � poss�vel afirmar que o plano de jogo cruzeirense � consistente. N�o quer dizer que a Raposa v� vencer sempre, uma coisa nada tem a ver com a outra, at� porque futebol � duelo, e o desfecho do confronto n�o depende somente de um dos lados.

O que fica claro a cada jogo � que a forma como o t�cnico uruguaio distribui sua equipe em campo, as estrat�gias que ele usa, a sa�da para o ataque, a recomposi��o da defesa, etc. e tal s�o muito bem treinadas, ensaiadas, repetidas.

O time segue um comando. Sabe o que fazer com a bola no p� e sem ela. Coletivamente, funciona. Volta e meia, vai pecar individualmente, e a parte acaba comprometendo o todo. A� vir�o os trope�os.

Outro ponto muito importante que mais uma vez foi salientado � o foco, dos jogadores e do treinador. A Copa do Brasil nunca foi objetivo principal, isso foi falado a todo momento. O Cruzeiro est� determinado a voltar para a S�rie A, e � nessa meta que concentra seus objetivos.

N�o significa que fa�a/fez corpo mole em outros torneios e, sim, que todos l� (a come�ar por Ronaldo) est�o cientes do que o grupo tem a oferecer. At� onde pode chegar.

Em casos assim, se dividir em duas competi��es acaba acarretando preju�zo. Acabar sem nem um, nem outro. E esse � um risco que ningu�m por l� quer correr. N�o se admite mais uma temporada na Segunda Divis�o. Qualquer outra coisa pode ficar pelo caminho.

A prioridade est� estabelecida desde o come�o do ano e aparece em praticamente todas as entrevistas de Pezzolano. Racional, realista, ele sempre avisa que n�o h� craque no grupo e que a meta � subir. O que vier al�m disso � lucro.

A derrota do Atl�tico para o Flamengo


J� o Atl�tico vai quase no sentido oposto. O resultado diante do Flamengo foi a cr�nica de uma morte anunciada. O time tem for�a individual, muita, mas quase nenhuma coletiva.

Nesse cen�rio, esses altos e baixos s�o naturais, pois n�o h� solidez t�tica para se associar � qualidade t�cnica. Quando encontra um advers�rio que atua como o rubro-negro, o Galo trava. N�o tem sa�da de bola. Hulk fica isolado. A defesa, vulner�vel.

Isso j� foi abordado v�rias vezes aqui na Coluna Tiro Livre. Porque ao se comentar futebol n�o adianta analisar s� resultado. Elogiar quando ganha e criticar quando perde � f�cil. Mas eu aprendi com meus mestres no jornalismo esportivo que � necess�rio enxergar a floresta, em vez de ter o olhar engessado, que avista s� uma �rvore.

A avalia��o do trabalho deve ser feita pelo todo. Nessa �tica, Turco Mohamed ainda n�o conseguiu dar um norte ao alvinegro. O time n�o passa confian�a, n�o alcan�a estabilidade, de um jogo para outro e nem dentro de uma mesma partida.

Por ter pegado uma equipe praticamente formada – embora tenha havido mudan�a no grupo –, era de se esperar que certas etapas fossem puladas. Que o trabalho flu�sse mais naturalmente, independentemente de resultado.

Como num samba de uma nota s�, o Atl�tico vai seguindo nessa toada em 2022, indo de encontro ao que se desenhava como uma promissora temporada.

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