
Os dois foram destaque em uma noite em que o Galo demorou a engrenar. Depois de um primeiro tempo amarrado e pouco inspirado da equipe (e da dupla), o t�cnico Eduardo Coudet reviu conceitos e fez substitui��es que fizeram o futebol atleticano fluir mais. Nesse cen�rio, os mais beneficiados foram os homens de frente.
Hulk e Paulinho - no sentido mais literal dessa afirma��o. Em um daqueles caprichos da bola, foi uma via de m�o dupla de belos gols.
Dois dos tr�s gols marcados pelo alvinegro tiveram participa��o direta de Paulinho abriu o placar completando assist�ncia de Hulk, que serviu ao companheiro enquanto 90% das pessoas que acompanhavam a jogada (inclusive a defesa colombiana) imaginavam que ele fosse clarear para chutar a gol.
Pensando bem, descrever a forma como o camisa 7 serviu ao companheiro como assist�ncia pode minimizar o lance, resumindo-o a mero passe para gol. Houve toda uma complexidade t�cnica, t�tica, psicol�gica e est�tica na jogada.
Pensando bem, descrever a forma como o camisa 7 serviu ao companheiro como assist�ncia pode minimizar o lance, resumindo-o a mero passe para gol. Houve toda uma complexidade t�cnica, t�tica, psicol�gica e est�tica na jogada.
Aos 3min do segundo tempo – e aqui � necess�rio relatar em detalhes –, Hulk recebeu a bola na direita, fintou seu marcador, se aproximou da meia-lua da �rea e, em vez de abrir espa�o e partir para o chute (o que seria at� instintivo do atacante), enxergou Paulinho se posicionando por tr�s da zaga e mandou a bola no chamado ponto futuro.
Alguns segundos de hesita��o de Hulk, e o 10 atleticano cairia em impedimento. Mas a jogada foi "cronometrada", e Paulinho apareceu livre para concluir a gol.
Meia hora depois, Paulinho marcou o segundo dele e do Galo na noite, mas vamos pular direto para o terceiro gol atleticano, aos 42min, que novamente teve a dobradinha em a��o. Desta vez, Paulinho recebeu na esquerda, levantou a cabe�a (importante ressaltar), viu Hulk livre de marca��o erguendo o bra�o e pedindo a bola. Com um toque sutil, serviu de bandeja para o camisa 7, que, do outro lado da �rea, mostrou seu repert�rio, finalizando de voleio.
Essa sintonia entre Hulk e Paulinho, que mal completaram tr�s meses atuando juntos, permite aos analistas esportivos imaginar que a perspectiva � de melhora. Seria natural essa evolu��o em campo, pois futebol � repeti��o.
No entanto, o tamanho dos desafios aumentar� tamb�m, isso � certo. A balan�a pode pender para qualquer um dos lados.
J� h� quem diga que eles formam a melhor dupla de ataque do Brasil nesta temporada. Tem torcedor do Atl�tico imaginando a reedi��o dos tempos de Guilherme e Marques – que, por ess�ncia, tinham estilos mais complementares que Hulk e Paulinho, o que, de certa forma, facilitava o entendimento.
A an�lise de qu�o longe Hulk e Paulinho podem chegar como parceiros ofensivos no Galo passa pela forma como eles v�o se adequar em campo. Como cada um vai encontrar seu espa�o sem bater cabe�a com o outro, pois s�o jogadores de �rea por natureza. Finalizadores. Com sede de gol.
O segundo tempo contra o Millonarios mostrou como isso � poss�vel. A qualidade individual de ambos ter� grande contribui��o na busca por esses atalhos.
Mas, tanto quanto quest�es t�cnicas e t�ticas, eles precisar�o mostrar, cada vez mais, intelig�ncia para sentir o momento de servir e o de concluir.
Contra o time colombiano, pelo menos, Hulk e Paulinho deram uma importante amostra de que sensibilidade para se reconhecer nos dois pap�is eles t�m.
Mas, tanto quanto quest�es t�cnicas e t�ticas, eles precisar�o mostrar, cada vez mais, intelig�ncia para sentir o momento de servir e o de concluir.
Contra o time colombiano, pelo menos, Hulk e Paulinho deram uma importante amostra de que sensibilidade para se reconhecer nos dois pap�is eles t�m.