
Lula fez uma defesa enf�tica de sua passagem pela Presid�ncia, lembrou as realiza��es de seus dois mandatos, prometeu defender a soberania do pa�s, restabelecer as pol�ticas sociais de seu governo e retomar o crescimento, com redistribui��o de renda.
Disse ter sido perseguido judicialmente, mas n�o guardar rancor, e conclamou todos os democratas a apoi�-lo contra Bolsonaro. E deixou claro que a ex-presidente Dilma, presente ao encontro, pelo fato de ter sido presidente da Rep�blica, n�o far� parte do seu governo.
O refr�o foi lan�ado para o segundo turno da campanha presidencial. Apesar de Lula ter perdido a elei��o para Fernando Collor de Mello, at� hoje o jingle embala as campanhas petistas. Ontem, no Expo Center Norte, na Zona Norte da capital paulista, n�o foi diferente.
Conjuntura adversa
Nos Estados Unidos, por exemplo, a infla��o ao consumidor atingiu 7% em 2021, o n�vel mais alto desde 1982. Na zona do euro, chegou a 5%, alcan�ando o maior valor desde a cria��o da moeda �nica no continente europeu.
Com o barril caminhando para US$ 90, n�o adianta nada o presidente Jair Bolsonaro p�r a culpa da infla��o na Petrobras, que � obrigada a praticar pre�os de mercado. Com a crise energ�tica global e a desvaloriza��o do real, o Brasil importa infla��o de outros pa�ses.
O governo Bolsonaro tem 62% de desaprova��o. Apesar das pisadas de bola em entrevistas – como aquela em que equiparou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ao presidente da R�ssia, Vladimir Putin, que ordenou a invas�o russa da Ucr�nia –, Lula manteve seu favoritismo: 44% de inten��es de votos, um a menos do que na pesquisa passada, contra 31% de Bolsonaro, que se manteve nesse patamar. Ciro tem 8%; Doria, 3%; Janones, 2%; Tebet, 1%; e Felipe D’Avila, 1%. No segundo turno, Lula venceria Bolsonaro com 20 pontos de diferen�a: 54% a 34%.