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Estado de Minas ENTRE LINHAS

PT submerge na campanha de Lula, que n�o comparece � conven��o

A estrat�gia de marketing da candidatura passa por atrair setores de centro-esquerda para a cmpanha


22/07/2022 04:00 - atualizado 22/07/2022 10:13

PT fez sua convenção nacional em São Paulo, mas Lula estava no Nordeste
PT fez sua conven��o nacional em S�o Paulo, mas Lula estava no Nordeste (foto: GABRIEL SOUZA/PT)

N�o tem muita explica��o a forma como o PT realizou sua conven��o e da federa��o que lidera, integrada tamb�m pelo PCdoB e pelo PV, ontem, para homologar a candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva � Presid�ncia da Rep�blica. O evento foi realizado a portas fechadas, sem grande divulga��o. Ap�s a reuni�o, Gleisi Hoffmann concedeu uma entrevista coletiva e anunciou a oficializa��o da chapa Lula- Geraldo Alckmin (PSB). Nenhum dos dois compareceu � reuni�o.

Gleisi choveu no molhado: “A primeira delibera��o homologada � a indica��o da candidatura � presid�ncia de Lu�s In�cio Lula da Silva e de vice-presid�ncia de Geraldo Alckmin. A segunda delibera��o � a de coliga��o de Psol Rede, PV e Solidariedade. A terceira � o n�mero do candidato � presid�ncia da Rep�blica. N�mero 13, Lula”, afirmou. O PCdoB j� havia tomado a mesma decis�o na quarta-feira; resta ainda o PV, deve se reunir virtualmente para endossar a proposta.

Sem d�vida, havia uma formalidade burocr�tica a cumprir, porque a decis�o estrat�gica da alian�a com o ex-governador de S�o Paulo e da federa��o com o PCdoB e o PV, bem como a coliga��o de esquerda com a federa��o Psol-Rede, PV e Solidariedade j� estavam tomadas. Entretanto, poderia se fazer um grande ato pol�tico, o que n�o aconteceu. Lula e Alckmin estavam num encontro com artistas e produtores culturais no Recife. Na quarta-feira, haviam estado em Garanhuns, terra natal do petista, onde visitou a casa onde nasceu.

Lula cantou, dan�ou e prometeu regionalizar sua pol�tica cultural, caso seja eleito. “Al�m de recriar o Minist�rio da Cultura, quero criar comit�s de cultura estaduais para que n�o haja monop�lico da cultura do centro-sul sobre o restante da cultura do pa�s”. Pernambuco � um fio desencapado do ponto de vista eleitoral. De longe, Lula � o maior eleitor no estado, por�m, enfrenta mais uma vez um conflito envolvendo o cl� Arraes, que controla o governo local h� 16 anos e � a for�a hegem�nica no PSB.

Em Garanhuns, Lula anunciou oficialmente apoio a Danilo Cabral (PSB) ao governo de Pernambuco. “Eu tenho candidato a governador no estado de Pernambuco, que � o companheiro Danilo Cabral. Eu n�o confundo a minha rela��o pessoal com a minha rela��o pol�tica", disse, para acalmar o prefeito Jo�o Campos, do Recife, e o governador Paulo C�mara. Era uma refer�ncia a Mar�lia Arraes, candidata do Solidariedade, que apoia Lula e est� amea�ando destronar o PSB no estado. Mar�lia deixou o PT para ser candidata ao governo do estado, porque sabia que n�o teria a legenda do partido para confrontar seu primo, o prefeito do Recife, Jo�o Campos. Ambos s�o netos de Miguel Arraes.

Segundo plano


A aus�ncia de Lula da conven��o n�o � in�dita, pois o mesmo aconteceu em 2018, mas naquela �poca Lula estava preso. Agora, n�o, foi uma decis�o pol�tica, que s� tem uma explica��o: a necessidade de descolar a sua candidatura do PT e demais partidos de esquerda, e refor�ar a imagem de que � o candidato da “frente ampla”, ou seja, de um conjunto de for�as mais amplo do que uma frente de esquerda. O sinal de que essa � a postura que pretende a seguir foi a distin��o feita pela cantora Anitta, que apoia Lula, mas n�o aceita que seu nome seja utilizado pelos demais candidatos petistas durante a campanha.

A estrat�gia de marketing da candidatura de Lula passa por atrair setores de centro-esquerda por gravidade e evitar que seu �ndice de rejei��o aumente na medida em que a campanha avance, o que poderia inviabilizar sua vit�ria. Uma maneira de fugir da rejei��o � fazer uma campanha eleitoral focada na imagem de Lula, colocando-a num patamar acima do PT, que submergiu. Lula n�o est� desprezando os petistas, pois sabe que a lealdade dos dirigentes e militantes do PT foi fundamental quando esteve condenado na Lava-Jato., em julho de 2017, a nove anos e seis meses de pris�o pelos crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro no caso do tr�plex do Guaruj�. Em 2021, por�m, uma decis�o do ministro do Supremo Edson Fachin anulou as condena��es e tornou Lula eleg�vel.

A 13ª Vara Federal de Curitiba, respons�vel pelos casos da Lava0Jato relacionados � Petrobras, segundo a interpreta��o do ministro, n�o era a inst�ncia competente para julgar Lula — para o ministro, as acusa��es ao ex-presidente n�o tinham rela��o direta com a Petrobras. O Supremo confirmou a decis�o e enviou os processos para a Justi�a Federal do Distrito Federal.

Erramos: Na coluna de ontem, sobre a candidatura de Ciro Gomes, afirmamos indevidamente que o candidato do PDT viajou para Paris, no segundo turno de 2018, para n�o votar no candidato do PT, Fernando Haddad.  Ciro viajou para n�o fazer campanha em favor do petista, mas voltou ao Brasil a tempo de votar: "Essa � outra mentira do Lula. N�o viajei para n�o votar. Votei no Haddad. Declarei isso antes de encerrada a apura��o", garante.



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