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Estado de Minas ENTRE LINHAS

Pesquisas refletem disputas internas na campanha do presidente Bolsonaro

Possibilidade de vit�ria de Lula aumenta a tens�o na campanha do presidente, onde as disputas est�o ocorrendo em marketing pol�tico e a gest�o da economia


22/09/2022 04:00 - atualizado 22/09/2022 07:49

Bolsonaro não busca orientação no marqueterio Duda Lima e faz o que bem entende em entrevistas e palanques
Bolsonaro n�o busca orienta��o no marqueterio Duda Lima e faz o que bem entende em entrevistas e palanques (foto: Redes Sociais/Reprodu��o)

A 10 dias da elei��o, a campanha � reelei��o do presidente Jair Bolsonaro vive seu momento de maior tens�o at� agora, em raz�o da estagna��o e at� mesmo do recuo nas pesquisas de inten��o de votos divulgadas nesta semana. Ontem, a Pesquisa Genial/Quaest mostrava o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) � frente, com 44% das inten��es de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 34%. Depois, aparecem Ciro Gomes (PDT), com 6%, e Simone Tebet (MDB), com 5%, e Soraya Thronicke (Uni�o Brasil), com 1%. Os demais candidatos n�o pontuaram. O primeiro turno das elei��es est� marcado para 2 de outubro.

Dez pontos de vantagem n�o s�o suficientes para Lula vencer o pleito no primeiro turno, mas a campanha deflagrada pelo PT e seus aliados em favor do voto �til, com a mobiliza��o de artistas, intelectuais e personalidades da sociedade civil, come�a a tirar votos de Ciro e pode tamb�m atingir uma parcela de eleitores de Simone. Essa possibilidade aumenta a tens�o na campanha de Bolsonaro, onde as disputas pol�ticas est�o ocorrendo em duas frentes: o marketing pol�tico e a gest�o da economia.

Na �rea do marketing, h� praticamente duas campanhas. Uma � comandada pelo senador Fl�vio Bolsonaro (PL), com apoio do ex-secret�rio especial de Comunica��o Social (Secom) Fabio Wajngarten e do ministro das Comunica��es, F�bio Faria, que n�o esconde o desconforto com as pesquisas. No come�o da semana, questionou os resultados da �ltima pesquisa Ipec (antigo Ibope), que indicavam o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva com 47% das inten��es de voto, 16 pontos percentuais � frente de Jair Bolsonaro, com 31%. “TSE, anote esses n�meros que o IPEC est� dando, que no dia 2 de outubro a popula��o vai cobrar o fechamento desse instituto. Chega desses absurdos com pesquisas eleitorais!!! A hora da verdade est� chegando” – tweetou o ministro.

Os tr�s discutem a estrat�gia de campanha com o marqueteiro Duda Lima, um especialista em campanhas eleitorais contra o PT no interior de S�o Paulo, mas que n�o tem o menor acesso a Bolsonaro. Nem sequer participou do assessoramento durante o debate da Band. Seus programas eleitorais seguem o manual de marketing pol�tico, com base em pesquisas qualitativas, mas parecem n�o surtir o efeito esperado por Bolsonaro.

Isso leva o presidente da Rep�blica a fazer o que lhe vem � cabe�a, principalmente nas entrevistas coletivas e nos palanques, para alegria do vereador Carlos Bolsonaro (PL), que cuida das redes sociais. Por exemplo, n�o estava no script da viagem a Londres o discurso de Bolsonaro na sacada da embaixada do Brasil, como tamb�m n�o havia sido programado o novo “imbroch�vel” declarado em Nova York, ap�s ter participado da Assembleia-Geral das Na��es Unidas.

A bolha bolsonarista nas redes sociais delira com as tiradas do “Mito”, mas o efeito junto aos demais eleitores, que Bolsonaro precisa conquistar, � zero ou negativo, conforme atestam as pesquisas. A dist�ncia de Lula para Bolsonaro no Nordeste e na faixa de renda at� dois sal�rios m�nimos � abissal; entre as mulheres, tamb�m parece ser irrevers�vel. A campanha n�o consegue romper essas barreiras.

Estresse pol�tico


� a� que as tens�es aumentam na frente pol�tica, capitaneada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), e pelo presidente do PL, ex-deputado Valdemar Costa Neto. Em tese, com a redu��o da infla��o, o aquecimento da economia e a gera��o de novos empregos, Bolsonaro deveria estar melhorando os �ndices de aprova��o do seu governo e reduzindo a pr�pria rejei��o, mas n�o foi o que se observou na pen�ltima semana que antecede o pleito.

Com isso, o estresse entre o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, aumentou muito. Os pol�ticos do Centr�o, liderados por Nogueira e pelo presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), queriam que o Aux�lio Brasil fosse de R$ 800, mas Guedes se op�s, aceitando no m�ximo R$ 600. � �poca, por�m, imaginavam que o pagamento de dois meses do benef�cio em agosto, ou seja, R$ 1.200, seria suficiente para mudar o cen�rio eleitoral. Ainda mais com a pol�tica de redu��o de pre�os dos combust�veis, que realmente teve impacto na classe m�dia, principalmente na faixa de 2 a 5 sal�rios m�nimos.

A outra frente de batalha s�o os candidatos do Centr�o nos estados, principalmente do PL, cujo presidente, Valdemar Costa Neto, imaginava reeleger 75 deputados na aba do chap�u de Bolsonaro. Hoje, o cacique do Centr�o refaz o c�lculo otimista: acredita que a legenda encabe�ada por Bolsonaro eleger� em torno de 60 deputados. Dois fatores est�o influenciando esse cen�rio: um � o poder de atra��o do ex-presidente Lula junto aos eleitores, principalmente no Nordeste; o outro, a falta de dinheiro para financiar as campanhas de 1.500 candidatos do PL em todo o pa�s. Bolsonaro drenou grande parte dos recursos do fundo eleitoral do PL para sua campanha, embora suas despesas pessoais estejam fora desse or�amento.  O resultado � que os candidatos do PL, principalmente nos estados onde Lula tem grande vantagem, n�o est�o se empenhando na campanha de Bolsonaro. Casa onde falta p�o, todos brigam.
 

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