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Estado de Minas OPINI�O

Falta a Lula anunciar os ministros da frente ampla

'O compartilhamento do governo com os partidos aliados de Lula no primeiro e no segundo turno � um xadrez pol�tico que envolve 13 minist�rios'


23/12/2022 04:00 - atualizado 26/12/2022 21:44

O vice-presidente eleito do Brasil, Geraldo Alckmin, e nomeado ministro da Indústria e Comércio pelo presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, fala durante coletiva de imprensa no prédio do governo de transição, em Brasília, em 22 de dezembro de 2022
Lula disse que dedicar� a pr�xima semana aos entendimentos com os demais partidos (foto: Evaristo S�/AFP)

O presidente eleito Lu�s In�cio Lula da Silva anunciou ontem (22/12) 16 novos ministros, consolidando os espa�os do PT e dos partidos de esquerda que foram seus aliados no primeiro turno. Falta agora anunciar os ministros que v�o dar ao governo um espectro de centro-esquerda, incorporando os partidos e as lideran�as que o apoiaram no segundo turno.

O principal n� a ser desatado para a amplia��o do governo � o acordo com Simone Tebet, a candidata a presidente da Rep�blica do MDB, que apoiou Lula no segundo turno e deu grande contribui��o � sua elei��o. Ela est� com um p� no governo e o outro na oposi��o.

Ontem, ap�s anunciar os novos ministros, Lula disse que dedicar� a pr�xima semana aos entendimentos com os demais partidos que o apoiaram no segundo turno. Em alguma medida, tentar� consolidar a aproxima��o com o PSD, o Uni�o Brasil e o Cidadania. Talvez at� mesmo com o PP de Ciro Nogueira (PI) e Arthur Lira (AL), para formar uma base parlamentar s�lida e construir uma boa rela��o com o Congresso.

O espectro das bancadas que apoiaram a PEC da Transi��o � o limite dos acordos, mas h� que se levar em conta que a motiva��o maior dos deputados foram suas emendas ao Or�amento e n�o, necessariamente, o apoio ao governo Lula, como � o caso do PSDB, por exemplo.


Lula completou a equipe da �rea meio do governo: Alexandre Padilha, Rela��es Institucionais; M�rcio Macedo, secret�ria-geral da Presid�ncia da Rep�blica; Jorge Messias, Advocacia Geral da Uni�o; Vin�cius Marques de Carvalho, Controladoria-Geral da Uni�o; Esther Dweck, Gest�o.

Um governo com 37 minist�rios somente pode dar certo com muita coopera��o e boa coordena��o, porque a maioria dos grandes problemas do pa�s demandam solu��es interdisciplinares, ou seja, envolvem mais de um minist�rio, ainda mais com tanta fragmenta��o. Pelo perfil da �rea meio, os ministros mais fortes na Esplanada s�o Rui Costa na Casa Civil, Fl�vio Dino na Justi�a, Fernando Haddad na Fazenda e Jos� M�cio Monteiro da Defesa.

A �rea social do governo foi bem resolvida. A presen�a de N�sia Trindade, atual presidente da Fiocruz, no Minist�rio da Sa�de, em vez de um parlamentar indicado por Arthur Lira, no caso o deputado Elmar Nascimento (Uni�o), contempla o chamado “partido sanitarista”, ou seja, tem perfil para enfrentar os principais problema da sa�de p�blica, a pandemia e a vacina��o das crian�as. Entretanto, enfrentar� a oposi��o dos setores ligados � medicina privada e aos planos de sa�de.

Camilo Santana tamb�m � uma boa solu��o para Educa��o, pois o Cear� tem um dos melhores desempenhos no ensino fundamental e m�dio do pa�s, um “case” de educa��o reconhecido internacionalmente. Isolda Cela, a atual governadora, que disputava a pasta, j� se entendeu com ele. Ser� um ministro menos focado nas universidades e nos grandes grupos do ensino privado, que haviam capturado a pol�tica educacional do atual governo.

Espa�os abertos

As pautas identit�rias tamb�m foram contempladas com lideran�as reconhecidas pelos movimentos que as sustentam: Cida Gon�alves no Minist�rio da Mulher, Anielle Franco na Igualdade Racial, Silvio Almeida nos Direitos Humanos. Wellington Dias no Desenvolvimento Social tem compet�ncia reconhecida pelos quatro mandatos de governador do Piau� e atende ao PT, mas foi o pomo da disc�rdia com Simone Tebet.

� um minist�rio, digamos, mam�o com a��car, porque seu principal programa � o Bolsa Fam�lia. As escolhas para a Cultura, Margareth Menezes, que ontem cantou para os frequentadores do restaurante Tia Z�lia, na Vila Planalto, e Trabalho, Luiz Marinho, ex-presidente do Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Bernardo do campo, atendem aos mundos da cultura e do trabalho, desprezados pelo atual governo.

O ex-governador M�rcio Fran�a, nos Portos e Aeroporto, e Geraldo Alckmin - Ind�stria, Com�rcio Exterior, refor�am o governo com dois ex-governadores de S�o Paulo e contemplam o PSB com posi��es com muita sinergia. Vale destacar que Alckmin e Aloizio Mercadante, indicado para a presid�ncia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), trabalharam juntos na transi��o e se entendem muito bem.

Um dos desconfortos de Simone Tebet, que recusou a pasta, foi o fato de n�o ter indicado o presidente do banco. Luciana Santos, a presidente do PCdoB, na Ci�ncia e Tecnologia contempla os partidos da coliga��o de Lula no primeiro turno.

O compartilhamento do governo com os partidos aliados de Lula no primeiro e no segundo turno � um xadrez pol�tico que envolve 13 minist�rios: Meio Ambiente, Agricultura e Pecu�ria, Planejamento, Pesca, Previd�ncia, Cidades, Comunica��es, Minas e Energia, Desenvolvimento Agr�rio, Turismo, Povos Ind�genas, Transporte e Esporte.

H� muito barulho em rela��o � atual composi��o do governo, por causa da hegemonia petista, por�m, como se v�, Lula ainda tem pastas suficientes para negociar a participa��o de partidos grandes e pequenos. Se tivesse feito isso antes, sobretudo nas pastas vitais para atender sua base eleitoral, teria sido acusado de lotear o governo.

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