Falta de engenheiros pode afetar o pa�s

 

Com a internet das coisas, a intelig�ncia artificial e a robotiza��o de processos produtivos ganhando espa�o nas f�bricas de um lado e de outro o pa�s mergulhado em uma quase estagna��o, a oferta de m�o de obra devidamente qualificada para as novas tecnologias est� aqu�m da demanda desses profissionais. E aqui falta planejamento, n�o para limitar ou direcionar a abertura de cursos, mas para definir que tipo de t�cnicos de n�vel m�dio e superior o Brasil precisa formar para manter e ampliar a competitividade diante de outros pa�ses.

 

H� 12 milh�es de trabalhadores sem ocupa��o formal e h� queda na forma��o de engenheiros, o que indica que muitos desses desempregados permanecer�o nesta condi��o, seja pelo baixo crescimento da economia, seja pela falta de qualifica��o. A qualifica��o dessa m�o de obra para atender �s exig�ncias do mercado do trabalho no futuro pr�ximo � importante para garantir o crescimento econ�mico do pa�s. Estudos da OCDE mostram que pa�ses desenvolvidos t�m mais engenheiros. Enquanto no Brasil h� seis engenheiros para cada 100 mil habitantes, no Jap�o e nos Estados Unidos s�o 25 a cada 100 mil.

 

Al�m disso, nos pa�ses desenvolvidos h� um percentual maior de alunos que cursam universidade matriculados em cursos de ci�ncias, tecnologia, engenharia e matem�tica, segundo dados da OCDE. Na compara��o entre 35 pa�ses, a entidade mostra que nos pa�ses ricos 24% dos alunos matriculados em cursos de gradua��o frequentam aulas nessas �reas, enquanto no Brasil apenas 17% est�o em cursos associados � �rea cient�fica-tecnol�gica. Os n�meros indicam que o enriquecimento de um pa�s est� associado a uma boa engenharia e uma boa ci�ncia. Elas s�o essenciais para o desenvolvimento de produtos competitivos e solu��es inovadoras. Falta de profissionais qualificados pode ser um freio para o crescimento econ�mico do pa�s nos pr�ximos anos.

 

O Mapa do Trabalho Industrial do Senai, atualizado recentemente, prev� a necessidade de se qualificar 34.513 profissionais de n�vel superior para a ind�stria nos pr�ximos anos. O Brasil pode vir a conviver com o paradoxo de uma taxa de desemprego alta e uma falta de m�o de obra especializada ao mesmo tempo. Al�m disso, formando menos engenheiros e com menos pessoas buscando qualifica��o em �reas cient�ficas, o pa�s tem um fator limitante para a inser��o das f�bricas brasileiras na nova revolu��o industrial, batizada de ind�stria 4.0.

 

Nos sete primeiros meses deste ano a ind�stria de pneus teve vendas 0,2% superiores �s de igual per�odo do ano passado, com destaque para o aumento de 6% nas vendas para as montadoras de autom�vel. J� a venda de produtos para reposi��o teve queda de 1,9%, segundo a Associa��o Nacional da Ind�stria de Pneum�ticos (Anip). Mas o setor teve um tombo de 4,5% em julho com rela��o ao mesmo m�s de 2018, resultado puxado pela retra��o de 21,3% na comercializa��o de pneus de motocicletas.

 

Com a venda de aproximadamente 70 mil lanches em um ano, o que representou um faturamento de R$ 1,7 milh�o, a franquia da Delivey Much de Caratinga, em Minas, foi destaque em todo o pa�s para o aplicativo de alimenta��o. Criada em 2011 na Incubadora Tecnol�gica da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a foodtech atua em 140 cidades de 16 estados. Segundo a E-bit Nielsen, o e-commerce brasileiro teve alta de 12% no primeiro semestre no comparativo com o mesmo per�odo do ano passado.