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Estado de Minas Bra$il em foco

Efeitos colaterais da pandemia em meio � retomada da economia

Em an�lise dos resultados da ind�stria este ano, o Iedi chega � conclus�o que a ind�stria est� sem f�lego


07/10/2021 04:00 - atualizado 07/10/2021 07:32

Movimento no supermercado EPA da Avenida do Contorno, no Funcionários
IBGE constatou queda 4,6% na venda de hipermercados, supermercados, produtos aliment�cios, bebidas e fumo em agosto (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 21/6/21)
O avan�o da vacina��o e o controle da pandemia de coronav�rus trouxeram a perspectiva de uma rea��o forte das economias mundo afora, inclusive no Brasil. E de fato h� recupera��o econ�mica em todo o mundo no p�s-pandemia. Mas o que se v� s�o os efeitos colaterais das medidas adotadas no combate � doen�a.

Desabastecimento provocado pelo desarranjo de cadeias globais de suprimento e press�o sobre os pre�os em decorr�ncia dessa situa��o no mercado. E a infla��o segue dando mostras do estrago que provoca no bolso dos cidad�os, sobretudo na popula��o de mais baixa renda. Os n�meros da economia brasileira em agosto mostram uma desacelera��o exatamente no momento de maior abertura da economia.

A produ��o industrial, afetada pela falta de pe�as no setor automotivo – h� montadoras paradas – pelos aumentos do custo com a energia el�trica e os combust�veis, teve a terceira queda consecutiva, com recuo de 0,7% em agosto com rela��o a julho, o que levou a uma retra��o de 0,8% no trimestre m�vel.

Mesmo com as f�bricas paradas, as vendas continuam e h� fila de espera, o que leva a um reajuste do valor dos ve�culos. Pesa a alta do d�lar tamb�m para as f�bricas, que arcam com a valoriza��o de pe�as como semicondutores – escassos por problemas na China – e com o valor maior em reais para adquirir os produtos.

Em an�lise dos resultados da ind�stria este ano, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) chega � conclus�o que a ind�stria est� sem f�lego. “Os obst�culos s�o de diferentes ordens: do lado da oferta, ainda h� gargalos na obten��o de insumos e press�o de custos; do lado da demanda, a infla��o corr�i o poder de compra da popula��o em um quadro de elevado desemprego.

Al�m disso, o ambiente de incerteza se mant�m, renovando suas causas sob os riscos da crise h�drica e da tens�o pol�tica”, avalia a An�lise Iedi. E a perda do poder de compra est� espelhada tamb�m nas vendas do com�rcio.

Em agosto, a maior abertura das lojas e a celebra��o do Dia dos Pais n�o foram suficientes para sustentar as vendas, que tiveram queda de 3,1% em volume em rela��o a julho, segundo informou ontem o IBGE.

E os n�meros mostram bem o impacto da infla��o sobre a renda da popula��o. Enquanto em volume a retra��o passou de 3%, mas a receita do varejo recuou 1,8% no per�odo, indicando que houve aumento no pre�o dos itens comercializados, al�m da venda de produtos de maior valor agregado.

Chama a aten��o a queda 4,6% na venda de hipermercados, supermercados, produtos aliment�cios, bebidas e fumo, de 19,8% em m�veis e eletrodom�sticos e de 7,1% em material de constru��o. S�o itens ligados diretamente ao consumo, indicando que os brasileiros deixaram de lado as reformas que estiveram em alta na pandemia, a compra de itens para casa e at� mesmo a compra de alimentos.

Com o desemprego ainda alto, a renda do trabalhador deprimida e 74% das fam�lias endividadas, a economia sente. Na semana que vem, o IBGE divulga a infla��o de setembro, que deve superar 1% e ultrapassar os dois d�gitos no acumulado de 12 meses.

Embora o Banco Central aposte que o pico inflacion�rio tenha ocorrido em setembro, a perspectiva de aumento do petr�leo, acelera��o do d�lar, e crise h�drica pressionam os pre�os. Apenas para a energia el�trica, que deve permanecer com a tarifa extra mesmo no per�odo chuvoso, a expectativa � de reajuste de mais de 16% em 2022.

J� os combust�veis v�o seguir subindo caso c�mbio e petr�leo sigam acelerando. Nessa esteira, a eleva��o da taxa de juros tamb�m encarece o cr�dito e pode ter impacto indireto nos pre�os, com uma infla��o independente do consumo. A pandemia vai passando, a atividade econ�mica est� liberada, mas os efeitos colaterais ainda v�o dificultar a t�o esperada recupera��o.

Tecendo

A Companhia Industrial Cataguases e a Dalila T�xtil decidiram unir a produ��o de tecidos de algod�o da primeira com o desenvolvimento de solu��es t�xteis da segunda para ampliar a distribui��o de produtos com acabamento antiviral. Juntas, elas empregam 1,4 mil pessoas diretamente e 3,4 mil de forma indireta. A Cataguases produz 2 milh�es de metros lineares e a Dalila, 500 toneladas de tecidos, por m�s.

Sem brincadeira

R$ 4,4 BIlh�es - � quanto os shopping centers esperam vender no Dia das Crian�as deste ano, com alta de 18% sobre 2020, segundo a Abrasce

Acelerando

Com as montadoras enfrentando problemas, a venda de ve�culos usados aumentou 54% este ano. E na esteira desse aumento vieram os reajustes. De acordo com um levantamento da Kelley Blue Book (KBB), os pre�os dos carros zero-quil�metro subiram 8,3% at� julho. Entre os seminovos, os aumentos chegaram a 18%, enquanto para os usados mais antigos houve reajustes de at� 24%.
 

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