
O custo de vida em Belo Horizonte continua subindo. Pesquisa divulgada nesta quarta-feira (6/9) pelo Ipead/UFMG aponta que v�rios produtos e servi�os subiram de pre�o na capital no m�s de setembro.
A energia el�trica foi a grande vil� que alimentou o drag�o da infla��o no m�s de setembro, com alta de 6,61% no m�s. Na m�dia, o custo de vida avan�ou no m�s passado, fazendo o Real perder valor de compra em 1,31%.
O resultado coletado pelos t�cnicos do Ipead/UFMG foi obtido a partir da pesquisa de pre�os dos produtos/servi�os que s�o agrupados em 11 itens agregados.
Incertezas
O gerente de Pesquisa do Ipead/UFMG, Eduardo Antunes, em entrevista ao Estado e Minas , disse que o aumento do custo de vida registrado nessa pesquisa j� era esperado.
Por�m, ele destacou que, ainda assim, a alta dos pre�os surpreendeu, visto que � o maior registrado para o m�s de setembro, desde 1996.
Antunes lembrou que a pandemia do novo coronav�rus trouxe "muitas incertezas" e "h� muita coisa para acontecer ainda" antes de a economia voltar ao chamado ritmo normal.
At� l�, o economista recomenda "controle do dinheiro que temos" at� o cen�rio de alta de pre�os, conjugado com taxas de inflla��o e juros em ascens�o, voltar a patamares de crescimento sustentado da economia.
Itens que mais subiram
Entre os itens que sofreram o maior aumento est�o alimentos in natura (5,57%), alimenta��o em restaurante (2,52%), despesas pessoais (2,02%), alimentos elabora��o prim�ria (1,54%), encargos e manuten��o (1,51%), alimentos industrializados (1,38%) e produtos administrados (1,23%).
Maiores quedas
No sentido oposto, os maiores destaques foram as quedas de 3,37% para bebidas em bares e restaurantes e 2% para vestu�rio e complementos.
Infla��o acumulada
A infla��o acumulada nos �ltimos 12 meses est� em 9,34%, �ndice distante das metas do Conselho Monet�rio Nacional (CMN), subordinado ao Banco Central, que fixou em 3% a meta para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024, com margem de toler�ncia de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.
As metas de infla��o para 2021 (3,75%), 2022 (3,50%) e 2023 (3,25%) foram mantidas.
Cesta b�sica
O custo da cesta b�sica apresentou nova alta em setembro, com 2,42%, custando R$ 588,42 (maior valor de toda a s�rie hist�rica).
Os principais respons�veis por essa alta foram o tomate (11,98%), a ch� de dentro (1,10%) e a batata inglesa (9,42%).
O custo da cesta b�sica apresentou varia��o acumulada igual a 19,90% nos �ltimos 12 meses.
Juros
Com a alta persistente da infla��o, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central decidiu na �ltima quarta-feira (22/09), elevar a Selic , a taxa b�sica de juros, em 1 ponto porcentual, de 5,25% para 6,25% ao ano.
De acordo com a pesquisa do Ipead/UFMG, a maioria das taxas de juros praticadas para pessoa jur�dica apresentou queda no m�s de setembro.
Entre as taxas de capta��o, todas apresentaram alta em rela��o ao m�s anterior, com exce��o do CDB.