(none) || (none)

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Primeiros efeitos do arrocho monet�rio, que vai aumentar ainda mais

A aprecia��o do real frente ao d�lar diminui a press�o sobre os pre�os de produtos importados, como combust�veis, mat�rias-primas e alimentos


24/03/2022 04:00 - atualizado 24/03/2022 07:34

Entrada de dólares no Brasil explica queda na cotação da divisa dos EUA neste ano e patamar da moeda abaixo de R$ 5
Entrada de d�lares no Brasil explica queda na cota��o da divisa dos EUA neste ano e patamar da moeda abaixo de R$ 5 (foto: Janek /Pixabay - 15/12/19)
Os primeiros efeitos do rem�dio amargo dos juros altos para combater a infla��o j� podem ser percebidos com o recuo do d�lar, que depois de caminhar para romper a barreira dos R$ 6 no ano passado, fechou ontem a R$ 4,84, o menor valor desde 13 de mar�o de 2020, antes do in�cio da pandemia de COVID-19.

A aprecia��o do real frente ao d�lar diminui a press�o sobre os pre�os de produtos importados, como combust�veis, mat�rias-primas e alimentos, como trigo, soja, milho e outros com pre�os regulados pelo mercado internacional. E essa redu��o do c�mbio � explicada simplesmente pelo fato de que, com a Selic a 11,75% ao ano, o Brasil tem hoje a segunda maior taxa de juros reais do mundo, com 7,10%, contra 30,07% na R�ssia. O percentual � o dobro do terceiro colocado, a Col�mbia, com 3,65%. Nos Estados Unidos, a taxa de juros real � negativa, a -4,28%.

Com isso, o Brasil oferece retorno a investidores e atrai um volume maior de d�lares, al�m dos recursos que ingressam no pa�s para pagar as exporta��es. No ano, at� 11 de mar�o, o fluxo cambial do Brasil acumula saldo positivo de US$ 10,482 bilh�es, volume maior do que os R$ 6,134 bilh�es em todo o ano passado. Mas se os juros mais altos freiam a demanda, reduzindo press�es de pre�os por consumo, e a queda do d�lar representa menor impacto sobre os pre�os dolarizados da economia, n�o impedem a infla��o de custos, com alta generalizada das commodities. Nos metais, alum�nio, zinco, cobre e estanho fecharam em alta ontem, com o n�quel registrando queda, mas cotado a mais de US$ 30 mil a tonelada. Os pre�os agr�colas oscilam, mas est�o em patamar elevado, pressionando o valor dos alimentos no Brasil.

Com esse cen�rio, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central indicou na ata da reuni�o que elevou a Selic de 10,75% para 11,75% na semana passada que o ciclo de arrocho monet�rio deve continuar na pr�xima reuni�o, em maio, com uma nova alta de um ponto percentual e a taxa b�sica subindo para 12,75% ao ano. A ata, no entanto, deixa em aberto a possibilidade de um aumento de mais de um ponto percentual, indicando que, para o Copom, a infla��o deve ser mais resiliente nos pr�ximos meses, com ind�stria e servi�os repassando para os pre�os finais a eleva��o expressiva dos custos. N�o bastassem as commodities, a alta do diesel elevou o valor dos fretes, com impacto no abastecimento e distribui��o nas f�bricas.

Juros altos e custos elevados podem levar as empresas a serem afetadas financeiramente se ficarem sem reajustes. O cen�rio ainda � de incertezas ap�s um m�s da guerra na Ucr�nia. A continuidade do conflito por mais tempo e seus desdobramentos podem significar mais aumentos de pre�os, principalmente em itens agr�colas, com redu��o na oferta. Em guerra, a Ucr�nia deve perder a janela de in�cio do plantio da safra, com redu��o em mais de 60% da �rea plantada no pa�s, que � grande produtor de milho, soja, girassol, cevada e trigo, afetando a oferta mundial e elevando os pre�os. Esta semana, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que o pa�s n�o poder� exportar “milho, trigo e tantos outros produtos que s�o absolutamente necess�rios para a vida”.

“A infla��o continua surpreendendo negativamente e a recente alta nos pre�os das commodities trouxe ainda mais incertezas para o quadro futuro da infla��o, com as proje��es sendo revisadas para cima constantemente”, observou na semana passada a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte. Essa vis�o foi refor�ada pela Ata do Copom, mas Fernanda v� um componente adicional no caldeir�o do BC, que � a piora no quadro fiscal por causa do aumento de gastos e da queda da arrecada��o, principalmente pelas isen��es tribut�rias visando reduzir os pre�os dos combust�veis. Com pre�os livres, distribuidoras e revendas podem aproveitar a menor carga fiscal para recompor suas margens. O certo � que os juros b�sicos da economia v�o subir mais e podem chegar ao fim do ano acima de 13%.

Escrit�rio virtual

A paranaense K2Go, startup especializada na gest�o para laborat�rios de pr�teses odontol�gicas, com base em Curitiba e bases operacionais em Minas e no Rio Grande do Sul, decidiu atuar apenas de forma on-line e replicar sua rotina no metaverso, que repete a realidade em meios digitais. “Estamos absorvendo o metaverso e descobrindo suas potencialidades antes que seja necess�rio”, explica um dos fundadores, Thiago Kempen.

Ciberataques

9,75 MIlh�es - de ataques Distribu�dos de Nega��o de Servi�os (DdoS) foram realizados no ano passado, segundo relat�rio da Netscout Systems

Vantagem

Embora n�o represente um contato pessoal, as rela��es da K2Go no metaverso permitem um grau de intera��o de 50% em rela��o � negocia��o presencial, segundo avalia Thiago Kempen. Detalhe: em termos de custos a diferen�a � gritante. Usando a vers�o gratuita Gather Town, a startup conta com uma estrutura de salas e �rea de lazer no metaverso que equivaleria no mundo real a um pr�dio de cinco andares.
 

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)