
A economia brasileira d� sinais claros de desacelera��o no terceiro trimestre por causa das altas taxas de juros e do fim do pagamento dos benef�cios a caminhoneiros, taxistas e do Aux�lio Brasil e esse contexto se d� com os pre�os voltando a acelerar depois de tr�s meses de defla��o. Esse quadro foi reconhecido quarta-feira pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central, que manteve a taxa b�sica Selic em 13,75%.
Para os diretores da institui��o financeira, os indicadores nos �ltimos 45 dias sinalizaram “ritmo mais moderado de crescimento” da atividade econ�mica e “a infla��o ao consumidor continua acelerada. A queda na atividade foi capturada pelo �ndice de Atividade Econ�mica do Banco Central (IBC-br), que teve retra��o de 1,13% em agosto. O indicador � reflexo da desacelera��o nas vendas do com�rcio e na produ��o da ind�stria.
A ind�stria caiu 0,6% em agosto na compara��o com julho, acumulando tombo de 1,3% no ano e de 2,7% em 12 meses. J� as vendas do com�rcio tiveram queda de 0,1% em agosto, ficando negativa por tr�s meses seguidos, com perda acumulada de 2,5%. No ano, o setor acumulou aumento de 0,5%, e, nos �ltimos 12 meses, queda de 1,4%. J� o setor de servi�os teve crescimento de 0,7% em agosto e, embora em alta, ficou aqu�m do aumento de 1,3% no m�s anterior. Em quatro meses, o setor tem alta acumulada de 3,3%. Os dados de setembro, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) divulga a partir a pr�xima semana, devem confirmar a desacelera��o.
Al�m do desaquecimento da atividade econ�mica, a infla��o, que teve queda durante tr�s meses seguidos, d� sinal de interromper esse processo e voltar a subir, pressionando o or�amento das fam�lias. A pr�via da infla��o subiu 0,16% em outubro, muito acima das proje��es do mercado, que previam alta de 0,09%. O custo dos combust�veis continuou caindo, mas pre�os de passagens a�reas e planos de sa�de e do setor de vestu�rio subiram, impedindo a continuidade do processo de defla��o. “Os dois ou tr�s meses em que a gente teve defla��o, (ela) foi muito concentrada no corte de impostos, principalmente nos combust�veis e na energia el�trica. Mas isso foi um ajuste pontual que o governo fez; n�o � sustent�vel”, avalia Paulo Henrique Duarte, economista da Valor Investimentos.
Formado em economia pelo Ibmec e mestre em finan�as pelo MIT Sloan School of Management, Paulo Henrique lembra que, apesar da defla��o, o IPCA apontava alta em outros grupos, como alimentos, que de janeiro a setembro acumulam alta de 9,54%, a maior nesse per�odo desde o in�cio do Plano Real, em junho de 1994. Agora, com a perspectiva de que a Petrobras tenha que reajustar os pre�os do �leo diesel e da gasolina por causa da defasagem do valor nas refinarias em rela��o ao Pre�o de Paridade Internacional (PPI), a previs�o � de que a infla��o volte a subir com mais for�a no fim do ano, quando o consumo � pressionado pelo maior volume de dinheiro em circula��o a partir do pagamento da primeira parcela do 13º sal�rio.
� essa perspectiva que motivou a decis�o do Copom de manter a Selic em 13,75%, taxa que faz do Brasil o pa�s com a mais alta taxa de juros reais (descontada a infla��o), com 7,8%. Para o economista Nicola Tingas, consultor econ�mico da Associa��o Nacional das Institui��es de Cr�dito, Financiamento e Investimentos (Acrefi), a manuten��o do juros b�sicos “sinaliza que o ambiente ainda carrega incertezas importantes, tanto no cen�rio internacional quanto no local, e que as hip�teses de queda da infla��o ter�o que ser testadas mais � frente e que essa taxa (de juros) seja prorrogada por mais longo prazo”.
Al�m disso, Tingas lembra que o BC observa riscos fiscais tanto no Brasil quanto no mundo e tamb�m a eleva��o de taxas de juros em outras economias, o que pode afetar atra��o de capitais para o Brasil, para considerar a manuten��o da Selic no patamar atual por mais tempo. “Os indicadores internos de pre�os ainda est�o pressionados, embora alguns elementos tenham tido um al�vio, a maior parte deles, como combust�vel, ligados � desonera��o de tributos, mas ainda segue em patamar elevado e poranto mant�m a pol�tica de juros nesse n�vel por um prazo prolongado, salvo alguma mudan�a que obrigue a mudar de posi��o”, diz Tingas. E juros elevados s�o amarra para o crescimento econ�mico.
Cr�dito
R$ 5,2 trilh�es
� o salto das opera��es de cr�dito no Sistema Financeiro Nacional em setembro, com alta de 2,2%
Digital
De um montante de R$ 2 milh�es em investimentos, o Sicoob Credicom destinou R$ 900 mil � constru��o do CREDICOMLab, um laborat�rio de inova��o criado para acelerar projetos inovadores. “O cooperado ter� a op��o de nunca mais ir a uma de nossas ag�ncias. Afinal, o mundo est� cada vez mais �gil e mais digital”, diz Daniel Magalh�es, superintender de Estrat�gia, Finan�as e Inova��o da institui��o.
Consumo
As promo��es para estimular vendas ganharam um refor�o que deve aumentar a interface entre o consumidor e os pr�mios oferecidos por empresas para incentivar o consumo. Esse � o prop�sito do Minha.Promo, ferramenta da Incentive.me, plataforma tecnol�gica para campanhas de incentivo de vendas no pa�s. A ferramenta captura os dados e faz a valida��o do cliente na promo��o, facilitando a convers�o.