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Estado de Minas

Como sucessivas crises minam Bolsonaro

Mandato do presidente se tornou fonte geradora de instabilidade em meio � crise econ�mica


postado em 31/10/2019 06:00 / atualizado em 31/10/2019 08:15

Carlos Bolsonaro tem a tarefa de estimular a violência e o ódio por meio de perfis falsos nas redes sociais (foto: Renan Olaz/CMRJ/Divulgação)
Carlos Bolsonaro tem a tarefa de estimular a viol�ncia e o �dio por meio de perfis falsos nas redes sociais (foto: Renan Olaz/CMRJ/Divulga��o)

A cada dia fica mais claro ao pa�s que Jair Bolsonaro n�o tem condi��es para o exerc�cio do mais alto cargo do Executivo federal. A sucess�o de crises pol�ticas tem transformado seu mandato em fonte geradora de instabilidade. Isto em um momento que o Brasil vive a mais grave crise econ�mica da hist�ria republicana. Ele tem demonstrado absoluta falta de preparo administrativo, de conhecimento das atribui��es da Presid�ncia da Rep�blica e constantemente fere o decoro colocando em risco as nossas institui��es, o Estado democr�tico de Direito e o pleno funcionamento dos Poderes.

Est� cada dia mais pr�ximo a necessidade de, constitucionalmente, enfrentar este grave problema. N�o h� mais condi��es de tergiversar. � fundamental, o quanto antes, responder �s constantes viola��es da Constitui��o. A omiss�o poder� custar muito caro ao pa�s.

Os mais recentes acontecimentos refor�am esta interpreta��o. � inaceit�vel um presidente da Rep�blica postar um v�deo em uma rede social atacando as institui��es, partidos pol�ticos e �rg�os de comunica��o. Foi um vil ataque �s liberdades garantidas pela Constitui��o. As amea�as foram expl�citas e nominais. � incompreens�vel o sil�ncio das entidades de classe dos jornalistas, das associa��es dos concession�rios de r�dio e televis�o, dos partidos pol�ticos, da sociedade civil organizada. Ofendeu, como nenhum outro presidente na hist�ria, a Suprema Corte.

Dentro da sua tosca forma��o pol�tica, considerou que uma simples desculpa via rede social poderia apagar as inf�mias que vituperou. Apesar das manifesta��es dos ministros Celso de Mello e Marco Aur�lio, chamou a aten��o o sil�ncio do presidente daquela corte, o ministro Dias Toffoli.

''� inaceit�vel um presidente da Rep�blica postar um v�deo em uma rede social atacando as institui��es, partidos pol�ticos e �rg�os de comunica��o''



Na ofensiva bolsonarista contra as institui��es, os seus filhos – sempre comandados politicamente pelo pai – s�o partes importantes. Eduardo Bolsonaro fez amea�as p�blicas, no pr�prio plen�rio da C�mara dos Deputados, � democracia. Afirmou que o governo vai reprimir poss�veis manifesta��es de rua. N�o satisfeito ainda insinuou que poder� haver um golpe de Estado patrocinado pelo pai. Isto � intoler�vel, inaceit�vel.


� caso de cassa��o, pelo Conselho de �tica, do mandato do deputado que diz representar S�o Paulo, sem ter o respectivo domic�lio eleitoral neste estado, violando, mais uma vez, a legisla��o eleitoral. O mesmo parlamentar, sempre – � importante registrar – � mando do pai, diuturnamente age nas redes sociais estimulando grupos neofascistas que colocam em risco o Estado democr�tico de direito.

J� Carlos Bolsonaro tem como tarefa estimular a inj�ria, cal�nia, difama��o, a viol�ncia e o �dio atrav�s de perfis falsos, como denunciado pela ex-l�der do governo no Congresso. Coordena o gabinete do �dio. Chefia tr�s indiv�duos que, no interior do pr�prio Pal�cio do Planalto, diuturnamente amea�am os advers�rios do seu pai.

Ou seja, os recursos do Estado – al�m da estrutura governamental – s�o utilizados para coagir aqueles que resistem ao avan�o autorit�rio produzido por Bolsonaro. � uma clara viola��o da Constitui��o. � mais um filho que – sempre a mando do pai – age estimulando o �dio, jogando brasileiros contra brasileiros.

Fl�vio Bolsonaro tem outro papel. Foi aquele que transformou o seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em territ�rio ocupado por indiv�duos acusados de rela��es com o crime organizado no estado. Fabr�cio Queiroz acabou se transformando em coordenador informal na apropria��o de recursos p�blicos, um socialismo a la Bolsonaro.

A maior parte dos funcion�rios do gabinete n�o comparecia ao local do trabalho. Eram remunerados pelo �cio. E havia uma partilha dos sal�rios, nem sempre salom�nica, pois a maior parte do numer�rio era apropriado pelo deputado. O operador do esquema criminoso era Queiroz, homem de confian�a de Jair Bolsonaro h� mais de 30 anos.

Nesta semana, al�m desta breve s�ntese de mal feitos, o pa�s recebeu at�nito a not�cia de que poderia haver uma liga��o de Jair Bolsonaro com os assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes. Os fatos ainda n�o est�o esclarecidos. A acusa��o � grav�ssima. N�o pode pairar qualquer suspeita sobre o presidente da Rep�blica. Contudo, na resposta – em v�deo – aos fatos denunciados, Bolsonaro n�o conseguiu – at� pelo esp�rito exaltado – esclarecer as acusa��es. Pior, resolveu atacar a imprensa. E desviou sua f�ria para Ad�lio Bispo.

Voltou a afirmar que haveria uma conspira��o para ocultar os mandantes da tentativa de assassinato em 6 de setembro de 2018. Por�m, n�o era esta quest�o que estava em tela. O destempero verbal e o desequil�brio emocional ampliaram a sensa��o de que Jair Bolsonaro n�o est� apto para comandar o Executivo federal. � necess�ria uma pronta a��o das for�as respons�veis – antes que seja tarde – para que o pa�s n�o entre em um atoleiro pol�tico que poder� aprofundar ainda mais a grave crise econ�mica e social que vivemos.

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