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Estado de Minas Mina$ em Foco

Combust�veis na Grande BH encarecem 45,9% em 12 meses e alta persistir�

Corrida dos pre�os, que se espalha no transporte, e deixa o consumidor sem alternativa, sacrifica mais o interior de Minas. Consumo deve cair.


09/07/2021 04:00 - atualizado 09/07/2021 07:47

Em 12 meses, até junho, os preços da gasolina foram reajustados em 43,56% na Grande BH, segundo o IBGE(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Em 12 meses, at� junho, os pre�os da gasolina foram reajustados em 43,56% na Grande BH, segundo o IBGE (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

A onda de aumentos dos pre�os dos combust�veis veiculares, explicada com resigna��o, atingiu em 12 meses, at� junho, 45,89% na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, medida na pesquisa do IPCA do IBGE. Significa f�lego mais de 5 vezes superior ao da evolu��o m�dia das despesas das fam�lias em geral, algo com efeitos dif�ceis de aceitar como simples realinhamento desses produtos ao comportamento err�tico do petr�leo.

No Brasil, a alta chegou a 43,92%, enquanto o IPCA subiu 8,35% no per�odo de um ano, terminado no m�s passado. A discuss�o sobre o avan�o dos pre�os deixou o consumidor em �ltimo plano. Analistas de bancos e corretoras e especialistas do setor comemoram a “coragem” do governo de corrigir a defasagem da gasolina no pa�s em rela��o ao vigente no exterior e respiram aliviados por entender dissipada a desconfian�a de que o governo mudou o comando da petroleira, neste ano, para interferir no mercado de combust�veis.
 
O sufoco das fam�lias parece, tampouco, importar ao mercado financeiro, a um presidente, seu ministro da Economia e aliados mais envolvidos em tentar abafar a crise pol�tica e jogar o jogo antecipado das elei��es. Os combust�veis e a energia j� ditam a infla��o e v�o continuar elevando os gastos das fam�lias, num atropelo de reflexos da falta de controle sobre a pandemia de COVID-19, do desemprego alto e da renda apertada.

Em 12 meses, at� junho, os pre�os do �leo diesel foram reajustados em 42,30% na Grande BH, os da gasolina em 43,56% e os do etanol, que poderia ser uma op��o, avan�aram 67,36%, cerca de 7,4 vezes al�m do IPCA. Nessa corrida dos pre�os, o interior de Minas Gerais sai mais prejudicado e, sem sa�da, o consumo deve cair, diante de uma infla��o que se espalha dentro do ramo dos transportes.

Antes mesmo do primeiro reajuste aplicado pela gest�o do general Silva e Luna na Petrobras, o litro da gasolina havia ultrapassado a barreira dos R$ 6 entre o fim de junho e o come�o deste m�s em mais da metade dos munic�pios mineiros com mercados de consumo sob acompanhamento da Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP).

A reportagem do Estado de Minas mostrou que esta semana revendedores do Bairro Belvedere, em Belo Horizonte, v�m oferecendo o combust�vel f�ssil acima de R$ 6. Essa era a realidade enfrentada, de 27 de junho ao �ltimo dia 3, pelos motoristas em 14 munic�pios mineiros do grupo de 27 cidades listadas na pesquisa regular de pre�os da ANP. N�o se trata apenas de pre�os m�ximos de venda; h� pre�os m�dios tamb�m acima dessa trava.

Em Tr�s Cora��es, no Sul de Minas, o litro da gasolina era vendido na semana pesquisada pela ANP ao pre�o m�ximo de R$ 6,449. Na vice-lideran�a estava outra cidade da regi�o, Passos, onde o combust�vel foi encontrado por at� R$ 6,399 o litro. Os pre�os m�ximos em Una� (R$ 6,349), Arax� (R$ 6,398), S�o Sebasti�o do Para�so e Alfenas (R$ 6,299), Patroc�nio e Conselheiro Lafaiete (R$ 6,298) tamb�m alimentam a pol�mica sobre os rumos da infla��o.

Fugir dos aumentos n�o � algo simples como trocar legumes fora do per�odo de safra no sacol�o. De janeiro a junho, as varia��es dos pre�os dos combust�veis veiculares somaram 27,72% em BH e entorno, segundo o IBGE. A gasolina encareceu 26,32% e o etanol 40,96%. O IPCA foi de 3,87%. As an�lises mais frequentes sobre o mercado do petr�leo t�m indicado que as altas v�o persistir, assim como nada indica baixa importante do c�mbio. Pelo contr�rio, elas s�o impactadas ainda pela instabilidade pol�tica provocada pelo pr�prio presidente Jair Bolsonaro.

Quanto ao etanol, est� havendo redu��o da oferta, o que for�a pre�os altos e com tend�ncia de assim permanecerem, como avalia a Associa��o das Ind�strias Sucroenerg�ticas de Minas Gerais (Siamig). Depois de um ver�o muito seco, que afetou a safra da cana-de-a��car, sobretudo, no Tri�ngulo Mineiro, maior produtor do estado, o inverno castiga a lavoura com geadas, adversidades que se refletem na produ��o.

Produ��o verde

33

� o n�mero de usinas produtoras de etanol em Minas, das quais 10 s� produzem o combust�vel limpo e 23 ofertam tamb�m  a gasolina
 

G�s veicular

 
A infla��o do g�s veicular n�o deixou por menos na armadilha coletiva de pre�os dos combust�veis. O produto teve reajuste m�dio de 30,03% em 12 meses at� junho, no Brasil. Na Grande BH, n�o h� pesquisa desse item nas despesas que comp�em o IPCA. Neste ano, a eleva��o foi de 27,34%.


G�s de botij�o

 
Por sua vez, o g�s de cozinha sofreu remarca��o de 25,89% nos �ltimos 12 meses na Grande BH. No ano, esse produto, que tem maior peso nos gastos das fam�lias de baixa renda, foi reajustado, na m�dia, em 17,19%, portanto, acima da varia��o m�dia no pa�s, de 16,05%.

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