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Estado de Minas MINA$ EM FOCO

Na defensiva, com�rcio de iguarias do Natal adota cautela com estoque

Tanto o bacalhau quanto os demais cortes de carne ter�o concorrentes ainda distantes da capacidade de previs�o das lojas especializadas


05/11/2021 04:00 - atualizado 05/11/2021 08:44

Natal
Na defensiva, lojistas especializados em itens para festas de fim de ano ainda aguardam cen�rio menos inst�vel (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press - 16/12/17)
Definir os estoques para as vendas de um fim de ano marcado por infla��o elevada e d�lar valorizado em per�odo de desemprego alto e renda em baixa � desafio at� para o com�rcio especializado de produtos t�picos da �poca. A estrat�gia, por enquanto, � ficar na retaguarda e sondar com cautela os fornecedores, sobretudo as importadoras.

As encomendas s� devem ser feitas no m�s que vem por comerciantes que preferem a cautela em vez do otimismo, mesmo diante do esperado fim do jejum da festa natalina de quase dois anos imposto � popula��o pela pandemia da COVID-19.

Frutas secas, castanhas, bacalhau, azeites e outras iguarias representam parcela fundamental do faturamento do setor, em boa parte constitu�do de pequenas empresas sem o poder de barganha dos hipermercados na hora de negociar a reposi��o nas prateleiras. Dif�cil fugir da cota��o do d�lar repassado pelos distribuidores, observa Antonio S�rgio Tavares, propriet�rio do Imp�rio dos Cocos, emp�rio veterano em itens natalinos no Mercado Central de Belo Horizonte.

“A nossa vantagem � que j� temos um estoque regulador de ameixas, passas e castanhas. O que ajuda muito tamb�m � a facilidade de comprar dos importadores. H� oferta e os produtos chegam r�pido”, afirma. O problema para o consumidor ser� servir � mesa iguarias como figo turco, avel�s, am�ndoas com casca e castanha portuguesa, ao ritmo que o d�lar vem mantendo neste ano.

Numa eventual decis�o de comprar hoje as castanhas portuguesas, Tavares pagaria entre R$ 80 a R$ 90 pelo quilo do fruto da �rvore lusitana encontrada no Norte e Centro do pa�s. Para refor�ar o estoque de bacalhau n�o seria muito diferente. Cotado a R$ 5,5892 na �ltima quarta-feira, o d�lar comercial acumulou alta de 7,75% desde janeiro e a infla��o atingiu 6,90% no Brasil, medida pelo IPCA do IBGE. Na Grande Belo Horizonte, o custo de vida subiu 6,47%.

Vistas da rampa dos aumentos de pre�os, al�m de seu efetivo custo nos balc�es do varejo, tanto o bacalhau quanto os demais cortes de carne ter�o concorrentes ainda distantes da capacidade de previs�o das lojas especializadas. Na Grande BH, os �ltimos 12 meses terminados em setembro marcaram reajuste m�dio de 20,42% do produto, quase o dobro da infla��o de 10,30%.

Os cortes de porco se destacam com remarca��es bem mais modestas, de 5,60% em m�dia, do que aquelas aplicadas aos pre�os de contrafil� (25,33%), alcatra (25,54%) ou �s aves e ovos (25,22%), mas o que costuma definir a compra � o or�amento dispon�vel, e o comerciante n�o se ilude. O aperto financeiro de 2021 est� afunilando as possibilidades das fam�lias, entre realizar o desejo da festa natalina t�o adiada sem se endividar; acertar d�vidas com atraso; ou encontrar solu��o que contemple organiza��o da vida financeira, sem se privar da comemora��o de fim de ano.

Tavares opta por uma expectativa mais realista das vendas que comporta o uso de ao menos parte do 13º sal�rio dos trabalhadores para acerto com credores e diz n�o ter d�vida de que a dona de casa vai avaliar com muito cuidado o momento de desembolsar nas feiras e nos mercados, a despeito das tentadoras iguarias oferecidas.

“As pessoas v�o pensar duas vezes antes de gastar e temos um p�blico importante de funcion�rios p�blicos que est�o h� muito tempo sem reajuste salarial”, diz o comerciante, que optou pela precau��o no neg�cio. N�o � por outro motivo que ele viu as encomendas levarem importadores que preenchiam quatro cont�ineres reduzir a contrata��o a apenas um deles. A um m�s e 20 dias do Natal, o fluxo dos consumidores nas lojas do mais tradicional mercado do Centro de BH ainda busca o ritmo anterior � crise sanit�ria. � bastante prov�vel que a festa crist� deste ano seja n�o s� modesta, como tamb�m mais brasileira.

*A coluna ter� per�odo de interrup��o por motivo de f�rias e retorna no come�o de dezembro

PANETONE A PRAZO

Estrela das mesas natalinas, o panetone, embora j� tenha se transformado em produto consumido durante todo o ano, j� refor�ou a presen�a nas prateleiras dos supermercados para atender �s festas. O p�o italiano, hoje turbinado com variados recheios, � encontrado em grandes redes de supermercados a partir de R$ 6 a vers�o m�ni. A sofistica��o da receita cobra do consumidor custo que passa dos R$ 90 no caso da vers�o de 700 gramas, curiosamente vendida a prazo, em duas parcelas de R$ 46,50. Se a op��o do cliente for um panetone de 300g, zero lactose, ele poder� pagar mais de R$ 30 � vista ou em quatro presta��es de R$ 8. A ind�stria surpreende com as novidades e oferece a iguaria tamb�m para os animais, com dois p�es pet de 80g, ao todo, ao pre�o de 
R$ 24,55.

LADEIRA ABAIXO

-10,2% - Foi a queda do rendimento real habitual, descontada a infla��o, do brasileiro, de R$ 2.489, no trimestre de junho a agosto, segundo O IBGE, ante os mesmos meses de 2020
 

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