
O quinto do ouro teria sido o estopim da revolta que levou os inconfidentes da antiga Vila de S�o Jos� a se reunirem na casa do padre Toledo e come�ar a conspirar pela derrubada do regime ditado por Lisboa. No final, n�o deu certo e houve pris�es, degredo e um enforcamento com a desonra do esquartejamento.
Quando estudante, sempre me estranhou essa �ltima parte. Por que picar o corpo do enforcado, salg�-lo para viagem e despachar os peda�os para exposi��o p�blica na capital e nas prov�ncias? Literalmente, o alferes Tiradentes n�o teve sequer direito p�stumo ao habeas corpus.
O corpo esquartejado do m�rtir da nossa Independ�ncia permanece como aviso claro aos brasileiros de ontem e de hoje: n�o provoquem demais as autoridades! Recolham-se �s suas insignific�ncias e continuem financiando os estupradores da P�tria. Temam por seus corpos esquartejados em pra�a p�blica. Nos respeitem!
J� n�o h� mais lusitanos a nos explorar com excesso de impostos nem o "quinto dos infernos" � mais aplicado � produ��o nacional. Os portugueses seriam colonizadores camaradas pela r�gua tribut�ria de hoje. Pela ind�stria brasileira hoje transitam encargos equivalentes � metade do valor da produ��o.
O quinto, ou 20%, virou 50%, grandemente repassado ao pre�o dos produtos industriais do Brasil, tornando quase tudo aqui produzido caro demais e n�o competitivo. Dona Maria, chamada carinhosamente por seus contempor�neos de a Louca, havia proibido produ��o de manufaturas em territ�rio do Brasil col�nia.
Pois bem. Com as quedas recentes da produ��o industrial, que j� representou mais de 20% do PIB e hoje anda pela casa de apenas 12%, e ainda caindo, em breve estaremos de novo enquadrados no �dito proibit�rio da rainha louca.
Adeus ind�stria nacional. Adeus sonho tolo de um JK. Hoje n�o precisamos mais de reis ensandecidos para destruir um pa�s que, se liberado de seus exploradores, estaria pronto para crescer e dar um show para o mundo. Temos Bras�lia e seus atores. � o que basta, quando a elite econ�mica do pa�s se faz de distra�da para obter vantagens no varejo sobre uma reforma tribut�ria in�qua que conspira contra a produ��o e os brasileiros. A hist�ria se repete e n�o nos damos conta do seu retorno.
Perguntem aos dirigentes empresariais do pa�s o que est�o achando das PECs, as propostas de reforma tribut�ria em curso no Congresso.
O quinto, ou 20%, virou 50%, grandemente repassado ao pre�o dos produtos industriais do Brasil, tornando quase tudo aqui produzido caro demais e n�o competitivo. Dona Maria, chamada carinhosamente por seus contempor�neos de a Louca, havia proibido produ��o de manufaturas em territ�rio do Brasil col�nia.
Pois bem. Com as quedas recentes da produ��o industrial, que j� representou mais de 20% do PIB e hoje anda pela casa de apenas 12%, e ainda caindo, em breve estaremos de novo enquadrados no �dito proibit�rio da rainha louca.
Adeus ind�stria nacional. Adeus sonho tolo de um JK. Hoje n�o precisamos mais de reis ensandecidos para destruir um pa�s que, se liberado de seus exploradores, estaria pronto para crescer e dar um show para o mundo. Temos Bras�lia e seus atores. � o que basta, quando a elite econ�mica do pa�s se faz de distra�da para obter vantagens no varejo sobre uma reforma tribut�ria in�qua que conspira contra a produ��o e os brasileiros. A hist�ria se repete e n�o nos damos conta do seu retorno.
Perguntem aos dirigentes empresariais do pa�s o que est�o achando das PECs, as propostas de reforma tribut�ria em curso no Congresso.
� escandaloso o adesismo a textos da proposta que: a) elevam em at� 40% o pre�o relativo dos alimentos em rela��o a perfumes ou bebidas; b) desoneram os bancos enquanto prometem tributar o servi�o da costureira em 30%; c) mant�m o pa�s inteiro com tr�s impostos ADICIONAIS aos j� existentes que, ao inv�s de ser substitu�dos, permanecer�o como zumbis por mais 10 anos; d) d�o garantia de receita real corrigida para todos os entes federativos enquanto suprimem qualquer cl�usula de conten��o de despesas por parte dos gastadores nacionais. Paro por aqui para n�o esculachar o que nos promete arrega�ar ainda mais o bolso como pagadores passivos de impostos.
Participei h� poucos anos de uma manifesta��o de pequenos empres�rios do varejo, protestando na rua por menos impostos. A marcha percorreu algumas avenidas de Belo Horizonte at� o p� da est�tua de Tiradentes. Gritamos palavras de ordem. Vestimos camisetas com a estampa da corda que teria enforcado o m�rtir.
Nos n�s da corda vinham escritas as siglas de cada tributo que hoje enforca os colonizados brasileiros. Podemos agora fazer outra marcha. E j� podemos escrever mais duas ou tr�s siglas de novos tributos nas voltas da corda do enforcamento. Perdemos a primeira inconfid�ncia. Perdemos no futebol (em BH mesmo!).
Participei h� poucos anos de uma manifesta��o de pequenos empres�rios do varejo, protestando na rua por menos impostos. A marcha percorreu algumas avenidas de Belo Horizonte at� o p� da est�tua de Tiradentes. Gritamos palavras de ordem. Vestimos camisetas com a estampa da corda que teria enforcado o m�rtir.
Nos n�s da corda vinham escritas as siglas de cada tributo que hoje enforca os colonizados brasileiros. Podemos agora fazer outra marcha. E j� podemos escrever mais duas ou tr�s siglas de novos tributos nas voltas da corda do enforcamento. Perdemos a primeira inconfid�ncia. Perdemos no futebol (em BH mesmo!).
Convoco o sangue mineiro que n�o deixe o esp�rito da Inconfid�ncia ser derrotado pela segunda vez, em pleno Congresso Nacional, pela sanha dos enforcadores do futuro do pa�s.