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Estado de Minas EM DIA COM A PSICAN�LISE

Administrar nossas puls�es respeitando o outro ameniza a rivalidade

For�a de vida e morte est� presente em cada um de n�s, cabendo a cada um o trabalho de lidar com for�as antag�nicas em si


03/10/2021 04:00 - atualizado 03/10/2021 11:58

Amenizar a rivalidade
Ilustra��o do Lelis

Estamos aqui para falar deste assunto t�o interessante e esclarecedor que � a �tica do bem-dizer. A psican�lise � uma �tica. Sua t�tica � fazer falar e sua pol�tica � dirigir o tratamento em dire��o ao desejo mais particular daquele que nos fala.

Este trabalho permite que cada um encontre pelo menos um pouco do que n�o sabe sobre si. E se importa com tudo aquilo que o falasser vive, sente, imagina, deseja e realiza. Tudo o que diz respeito ao homem no mundo e na cultura nos interessa sobremaneira.

E � a partir da palavra que nos trar� possibilidades m�ltiplas de estar no mundo enla�ado aos outros, mesmo n�o sabendo tudo por causa do inconsciente, ainda assim podemos sempre estar interessados no que h� de novo sobre nosso desejo e sobre a cultura em que vivemos.

Assim, esta experi�ncia nos surpreende a cada vez que algo se ilumina porque traz esclarecimento e nos permite admitir o novo. Novo que � mais daquilo que estava fora da consci�ncia, mas nem t�o novo era.

Tamb�m nos habilita na conviv�ncia com os semelhantes, nos permite uma troca interessante, uma uni�o em torno de ideais comuns, como disse Freud em “Psicologia de grupo e a an�lise do eu”, indicando que v�rios tipos de grupos podem ser criados em torno de ideais e l�deres.

Por exemplo, os religiosos est�o em uni�o fraterna em torno de Cristo, um salvador, um l�der capaz de despertar a f�, a admira��o, mantendo as pessoas inspiradas e unidas pela mesma f�, a partir de suas palavras sobre o Pai, o amor ao pr�ximo, a caridade, o perd�o.

Outro grupo mencionado por Freud para entender o funcionamento dos grupos � o Ex�rcito. Recrutas se agrupam em torno de um forte comandante, tomado como l�der � obedecido e respeitado ou temido, mas em nome da defesa da p�tria amada. E ainda podemos nos lembrar dos partidos pol�ticos. E do que Hitler conseguiu!

E mesmo sabendo que � no um a um que cada um de n�s pode ser contado, ainda assim podemos fazer la�os e formar muitos que t�m for�a. Exemplo disso � a for�a do voto. As conquistas da humanidade todas vieram desta uni�o de for�as, mesmo sendo tantos particulares e diferentes somados.

A�, nesta constru��o, n�o importam mais as pequenas diferen�as, nem as disputas narc�sicas, mas um objetivo maior que � o que at� ent�o fizeram os homens no mundo a partir da natureza transformada em obras maravilhosas.

E assim fizeram, tanto para construir quanto para destruir a partir da agressividade geradora de guerras, de todo preconceito da discrimina��o e segrega��o. Tudo o que detestamos.

E esta for�a de vida e morte est� presente em cada um de n�s, cabendo a cada um o trabalho de lidar com for�as antag�nicas em si. E atrav�s do discurso veiculado na palavra que nos representa � que podemos ser auxiliados pela psican�lise e orientados pelo desejo, nem sempre t�o claro, por�m inspirador no sentido de que nele encontramos nosso lugar de conforto. �nico lugar poss�vel de alegria.

Administrar nossas puls�es dentro de limites que respeitem o outro ameniza a rivalidade, impedindo que se torne viol�ncia, disputa mortal. O que n�o podemos negar � que a agressividade � uma poderosa fonte energ�tica sempre presente0 na constitui��o dos viventes.

Cabe a n�s, racionais, lhe dar melhor destino investindo esta energia no trabalho, nos esportes, na solidariedade, na arte e na cultura, tornando-a for�a produtiva. S� assim poderemos crescer protegendo a humanidade da autodestrui��o acelerada que vemos hoje amea�ar este nosso mundo t�o lindo.

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