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Estado de Minas coluna

O preconceito n�o acabou com a for�a da lei, ele ficou mais dissimulado

Ele � o principal motivador da opress�o que amea�a a liberdade das pessoas e que visa coibir o direito do outro at� mesmo a fazer parte da sociedade


21/11/2021 04:00 - atualizado 21/11/2021 04:29

Ilustração mostra mão e coração

A maior viol�ncia que algu�m pode sofrer � ser obrigado a calar verdades fundamentais sobre si pr�prio e seu desejo, privando-o do direito de manter a dignidade em sua posi��o no mundo que escolher.
 
O preconceito � o principal motivador desta opress�o que amea�a a liberdade das pessoas e que visa coibir o direito do outro at� mesmo a fazer parte da sociedade, porque ele n�o se enquadra nos ideais morais impostos pela cultura. Forte, n�o?

A intoler�ncia � nosso mal. Pois mesmo que o desejo n�o se enquadre � ortopedia da nossa sociedade, ainda assim, qualquer sujeito, seja quem for e quais forem sua ra�a, g�nero e cren�a, queiramos ou n�o, tem como seio a nossa sociedade. De todos, mesmo que desigualmente. 

N�o defendo aqui os fora da lei, fique registrado. Os perversos devem ser contidos. Por exemplo, os ped�filos incur�veis, os c�nicos que pretendem lesar a p�tria alimentando a mis�ria e a pobreza, embora com fachada legalizada por cargos e carteirinhas. Os assassinos e ladr�es, traficantes de mulheres. Os que enriquecem com a guerra, a fome, o v�cio, a dor alheia. A esc�ria do mundo.

Me refiro ao preconceito que, embora hoje seja mais controlado por inst�ncias de direitos humanos e legisla��es, ainda e mesmo assim permanece ativo. Ele oprime, condena, coage, constrange. O preconceito n�o acabou pela for�a de lei, ele ficou latente e mais dissimulado. Diariamente vemos manifesta��es de racismo, machismo, homofobia. Puls�o de morte em vida.

O Brasil apresenta alto �ndice de assassinato de mulheres. Elas ainda t�m a carga dupla ou tripla de trabalhar fora de casa, em casa e ter o cuidado dos filhos sob sua responsabilidade, cabendo aos homens apenas deixar parte de seu sal�rio dispon�vel. Isto basta para a consci�ncia do dever cumprido. 

Conquistamos o mercado de trabalho, mas ainda � preciso fazer a revolu��o dos homens, para que sejam solid�rios, e de fato dividam tarefas do lar, educa��o de filhos, cuidem de suas roupas e pertences. Muitos assumiram posturas mais dignas, mas ainda s�o minoria. 

Nenhuma cota poder� acertar conta com os pretos que foram escravizados e, uma vez libertados, jogados no mundo sem a menor condi��o de competir no mercado agressivo de trabalho. Eram analfabetos, miser�veis e despreparados. Mesmo assim, v�m lutando e conquistando direitos cada vez mais claros e merecidos, embora ainda a grande maioria seja de classes menos favorecidas. E ainda s�o discriminados...

E, finalmente, para nunca nos esquecermos da injusta condi��o humana, e que a Justi�a � um conceito, um ideal desejado, mas n�o para-todos, portanto, inalcan��vel. Somente seria verdade caso todos a abra�assem. Imposs�vel plenitude da humanidade!

Lembro os LGBTA+ e de sua condi��o. Dizimados nos anos 80 pelo v�rus HIV, enquanto nas igrejas sua sexualidade fosse condenada � abstin�ncia, assim como ao uso de preservativos, na clara inten��o de condenar � morte os considerados abomin�veis. Sexo s� para procriar, at� para os crist�os, � control�vel?

Embora Cristo pregasse o amor ao pr�ximo, o perd�o, a toler�ncia e o julgamento coubesse a Deus, puseram-se os homens a desejar sua morte e odi�-los. Odiavam n�o a eles propriamente, mas � amea�a que representavam como representantes de um desejo que poderia ser despertado. Um “extra-sexo”, fora da l�gica bin�ria, de uma escolha de g�nero n�o fiel ao biol�gico. 

Fato � que o desejo humano, seja qual for, at� mesmo o de morte ao outro, ou o de quem simplesmente o assume apesar dos obst�culos e preconceitos, n�o � sempre fascinante e ainda misterioso? 

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