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Estado de Minas PSICAN�LISE

A verdadeira (e preciosa) heran�a de pai para filho

Li��es do margrave aos filhos, na Idade M�dia, continuam atuais no s�culo 21


30/01/2022 04:00 - atualizado 30/01/2022 09:46

Ilustração mostra a figura de um adulto com a mão sobre o ombro de criança

Dois filhos curiosos com os segredos guardados pelo pai resolveram question�-lo. Perguntaram a ele, amado e respeitado margrave das tribos n�mades turcas da Idade M�dia, por que algumas vezes dizia exatamente onde ia e o que faria, mas outras vezes nada falava sobre suas jornadas.

Suas batalhas contra inimigos bizantinos e mong�is, que amea�avam os assentamentos das tribos n�mades espalhadas pela �sia, eram duras. Atacavam pelo Leste e Oeste separadamente, simultaneamente, unidos em cumplicidade, estando o pai e seu ex�rcito pelejando ora com um, ora outro, quando n�o contra ambos que ambicionavam tudo o que havia conquistado com sangue e espada.

Era, certamente, um her�i que havia vencido muitas lutas ampliando o dom�nio otomano sobre bizantinos e mong�is. Um homem de f� que confiava suas vit�rias � presen�a de Al� e suas b�n��os. Mu�ulmano devoto em causa santa, acreditava que morrer era honroso e o tornaria m�rtir valioso no outro mundo, ap�s a morte.

Hoje, os m�rtires s�o terroristas isl�micos em sua guerra santa, a Jihad,  atirando-se � morte por acreditar no mesmo. Mas, naquele tempo, guerreiros e expansionistas n�o matavam inocentes para protestar contra outras ideologias e religi�es.

Matavam inimigos n�o por sua f�, mas quando desonestos. Lutavam com justi�a. Independentemente da religi�o, respeitavam governantes honrados capazes de manter pactos firmados e fronteiras. Mas se quebrassem a palavra... era guerra.

Atenciosamente, aquele pai amoroso, antes de partir em miss�o na longa jornada que iniciava, respondeu de uma forma muito interessante – e � o que interessa aqui.

� pergunta dos filhos, o pai respondeu: � uma necessidade exigida pelo assento que ocupo como chefe. N�o devo confundir os pap�is de chefe e de pai. Se quiser ser chefe, tem de saber ser discreto.

Lembrou-lhes das palavras do profeta: “Segure a l�ngua e ser� liberto”. A palavra � prata, mas o sil�ncio � ouro. Palavras t�m tanto valor que nunca devem ser desperdi�adas.

Representamos uma grande causa pela qual n�o hesitar�amos por um segundo dar nossas vidas. N�o podemos dizer qualquer coisa a qualquer um em qualquer lugar. N�o � por n�o confiar em voc�s. � s� por ser chefe. E no assento de um chefe devemos guardar segredos. Voc�s se tornar�o chefes no futuro. Devem decidir o que dizer e a quem, sem se basear no seu julgamento ego�sta, mas de maneira digna.

Alegres e gratos, os filhos entenderam a mensagem preciosa, recebendo a heran�a mais importante que um pai pode passar ao filho: a capacidade de ser homem e saber o seu lugar. A autoridade de se portar dignamente em cada ocasi�o que a vida exige de n�s. Este pai fez ali a transmiss�o bel�ssima de sua mais preciosa heran�a.

Disse Goethe: aquilo que herdaste de teu pai, conquista-o para faz�-lo teu. A heran�a que vem do pai � bem-vinda e assimilada porque, al�m de mostrar o limite a se perceber e manter, o faz com amor. � fun��o de todo pai apresentar a lei ao filho, preparando-o para o futuro. Repassando ins�gnias f�licas que lhe permitir�o ser homem para uma mulher e pai para seus filhos. Para as mulheres vale o mesmo.

A principal heran�a n�o � fortuna, beleza ou sucesso, mas a capacidade de cumprir fun��es essenciais e ser solid�rio � sua comunidade. 

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