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Estado de Minas EM DIA COM A PSICAN�LISE

Saiba o que o Galo tem a ver com a vida e com a paternidade

Volta do Cuca me fez pensar na quest�o da lideran�a e nos efeitos devastadores quando ela falha


07/08/2022 04:00 - atualizado 05/08/2022 23:43

Ilustração mostra bola de futebol branca com corações vermelhos

Esta semana tivemos o jogo do Atl�tico Mineiro. A semana j� come�ou diferente para os que se preparavam para ir ao campo torcer para seu tim�o. Tim�o que, depois de tantas vit�rias, come�ou a perder sua posi��o de maneira imposs�vel de entender para os n�o aficionados em futebol. Mas era vis�vel e n�o sem algum motivo.

a alguns atleticanos o porqu�. E n�o demorei a entender. Mudaram o t�cnico! Dizem que em time vencedor n�o se mexe. Mas n�o foi assim. E deu no que deu. Com tal resultado, reverteram o processo. Bem-vindo seja o filho que � casa torna...

Isso me fez pensar na fun��o das lideran�as. E nos efeitos devastadores quando elas falham. Como meu campo � o da psican�lise, logo me caiu a ficha. Pensei nas palavras de Freud sobre a fun��o dos l�deres. E em como ele explica a liga��o entre membros do mesmo grupo, tipo Ex�rcito e Igreja, por identifica��o devido ao amor a um l�der ou a ideais comuns.

S� a confian�a no l�der ou a f� em torno de um ideal comum s�o capazes de ligar os homens e a uni�o faz a for�a. Uni�o para vencer. A situa��o do Atl�tico deixa muito clara a import�ncia de um l�der. No caso, um t�cnico. Seja l� o que o fez sair, importa que voltou e, quem sabe, poder� devolver o rumo perdido ao time que nem parecia o mesmo.

Vejam bem a import�ncia desta fun��o. Cuidar do emocional, direcionar, treinar, corrigir, planejar, fazer trabalhar duro e incentivar a empatia entre jogadores. Todas estas fun��es tamb�m valem para um pai.

Sempre volto a falar da import�ncia da fun��o paterna. Vejo que, ainda hoje, muitos homens que s�o pais acreditam que filho � coisa de mulher. Muitas vezes o discurso nega isso, mas a atitude os desmente. Se dizem pais participativos e presentes, por�m, na pr�tica, a coisa � diferente.

Na pr�tica, em grande parte das fam�lias, � a m�e que educa, cria, leva, busca, abre m�o de seu trabalho, integral ou parcialmente, e a responsabilidade da cria��o, desde beb� at� muitos anos depois, recai sobre a mulher.

Justificados pelo sucesso financeiro, os homens acreditam que por serem os provedores maiorit�rios a esposa pode abrir m�o da profiss�o para cuidar e educar a prole. Pode ser um combinado, mas n�o � o melhor. Esse � um grande equ�voco e tem consequ�ncias na vida dos filhos. A presen�a e participa��o do pai � indispens�vel, inclusive para moderar o poder materno.

A vida de um filho e filha pode ser outra, caso tenha sido amado, respeitado, limitado, enfim, bem-educado. Aqueles que s�o valorizados, e n�o paparicados, porque isto estraga qualquer ser humano, assumem de fato este valor.

Evidente que ter um filho � uma decis�o que implica trabalho em equipe. Vencemos quando estamos juntos e empenhados nesta fun��o, mesmo se separados civilmente. Pai separado tamb�m deve compartilhar todo o trabalho e assist�ncia. O fato de a mulher amamentar e ser a fonte vital da crian�a a mant�m mais pr�xima, por�m o apoio e presen�a do pai n�o � dispens�vel.

O homem que se torna pai e segue sua vida sem altera��es maiores n�o exerce sua fun��o. O pai n�o � um ajudante, � o respons�vel, que responde pela vida que tamb�m ele trouxe ao mundo. E cuidar n�o � um favor, � obriga��o. Embora a cria n�o venha de seu corpo, ao nascer, � adotada, isto �, assumida pelo pai que a registra.Lacan disse que ningu�m � filho do espermatozoide.

Este exemplo do futebol vale para um pai. Para que ele entenda a dimens�o do fracasso quando ele falha. Em nomear, ser avalista, legislar e orientar a vida. Sua heran�a ser� sempre um norte e permitir� aos seus a sa�de para amar, trabalhar e tamb�m governar sua pr�pria vida.

Pai, assim como um t�cnico, um l�der ou um bom pastor, � ser vigilante e presente, n�o permitindo que sua cria se perca, seja ela um filho, um jogador, um membro de seu grupo ou uma simples ovelha. Assim s�o formados bons seres humanos e os la�os entre n�s.

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