
Bolsonaro, o verdugo do Planalto, dir� que n�o sabia dos poss�veis – e cada vez mais prov�veis – rolos do seu l�der de governo, Ricardo Barros.
Assim como n�o sabia das rachadinhas do pimpolho da mans�o de 6 milh�es de reais nem da trafic�ncia de dinheiro e influ�ncia do amig�o Queiroz.
Pol�ticos pegos com a boca na botija sempre t�m alguma desculpa idiota. Lula se disse tra�do; Dilma se disse indignada; Bolsonaro j� disse n�o saber de tudo.
Presidentes, via de regra, n�o metem a m�o na cumbuca. Nomeiam quem mete. Depois, se der zebra, tiram seus bumbuns da seringa e atacam a imprensa.
Bolsonaro, o devoto da cloroquina, nomeou um dos mais not�rios ‘operadores’ do centr�o o seu homem de confian�a no Congresso. Foi de prop�sito?
Ali�s, o man�aco do tratamento precoce j� declarou ser amigo de d�cadas do meu xar�, al�m de ter a maior confian�a no trabalho dele. E que belo trabalho!
Mais: o marid�o da ‘Micheque’ descolou uma boquinha, ou melhor, bocarra, para a esposa de Barros:
um assento no conselho da Itaipu Bi-nacional. 27 pilas por m�s!
Favores � esposa com favores � esposa se paga. Depois de ser brindado com 90 mil reais em cheques de milicianos, o mito resolveu retribuir. � uma corrente do bem.
Os bolson�ticos, como os lul�ticos, s� s�o intolerantes com a corrup��o alheia. O que o mito e o pai dos pobres fazem de errado estar� sempre certo.
Por isso, j� que o desastre parece inevit�vel, n�o vejo a hora de a campanha de 2022 come�ar para valer. Vou adorar os acessos de bestialidade de lado a lado.
“Miliciano”, dir� um. “Comunista”, dir� o outro. E na sequ�ncia, respectivamente, “Petrol�o”, “Rachadinha”. “Lulinha”, “Bananinha”. “Porto de Cuba”, “Covaxin”.
Enquanto isso, confinadas cada uma em seu curral, as manadas mandar�o os “m���” e “i�i�i�” a cada troca de acusa��o. Vida de gado. Povo marcado. Povo feliz.