Em seu primeiro mandato como senador, o rondoniense de nascen�a e mineiro por ado��o � nada menos que o presidente do Senado Federal, casa onde figuram personagens hist�ricas como o protegido-mor do STF, Renan Calheiros.
Dono de intelig�ncia e cultura geral acima da m�dia de seus pares, conta tamb�m com orat�ria elegante e racioc�nio r�pido, predicados indispens�veis a bons advogados. Infelizmente, tantas qualidades t�m sido mantidas t�midas e silentes.
Diante de um quadro pol�tico extremamente grave, onde o chefe do Poder Executivo decide atropelar a democracia e prega abertamente o golpe de Estado, e da rea��o atrasada, mas proporcional, do Poder Judici�rio, esperava-se bem mais do senador.
At� mesmo Arthur Lira, um dos expoentes do tal centr�o e presidente da C�mara dos Deputados, aliado-barra-s�cio do presidente da Rep�blica, o golpista homicida Jair Bolsonaro, ainda que de forma t�mida, j� se posicionou a favor da democracia.
J� Rodrigo, como brasileiro, democrata, senador da Rep�blica e presidente do Congresso Nacional, mant�m-se em sil�ncio obsequioso, omisso, c�mplice e sepulcral diante das amea�as golpistas di�rias do verdugo do Planalto.
Al�m de indecoroso e incompat�vel com os t�tulos acima, para algu�m que postula a condi��o de poss�vel candidato da chamada 3ª via em 2022, a timidez, para se dizer o m�nimo, do jovem pol�tico de 44 anos � simplesmente inaceit�vel e imperdo�vel.
Bolsonaro, com absoluta certeza, n�o ir� parar. Ao contr�rio. A tend�ncia � avan�ar cada vez mais contra o Estado Democr�tico de Direito, pois � a �nica forma de se manter no poder e conseguir escapar das garras da Justi�a brasileira.
Assim, Rodrigo tem tempo de se apresentar para a batalha contra a tirania, ainda que o estrago em sua imagem seja irrevers�vel. Contudo, se mantiver a mesma postura omissa, ser� conhecido e reconhecido como covarde. Ou c�mplice.
A semana � esta, senador! Que a segunda-feira seja marcada por sua presen�a e posi��o firme contr�ria ao golpe. Pessoalmente, n�o aposto meio centavo nisso. Mas ficaria feliz em v�-lo agir como democrata, e n�o como criado-mudo de ditador.