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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Muito mais que vergonhosa, submiss�o da PGR a Bolsonaro � ilegal; entenda

Augusto Aras e Lind�ra Ara�jo, respectivamente Procurador e Subprocuradora- geral, rebaixam o �rg�o a puxadinho do Planalto


19/08/2021 07:47

Bolsonaro vem cometendo crimes em série - de responsabilidade e comuns -, mas absolutamente nada lhe acontece(foto: EVARISTO SA / AFP)
Bolsonaro vem cometendo crimes em s�rie - de responsabilidade e comuns -, mas absolutamente nada lhe acontece (foto: EVARISTO SA / AFP)


Experimente voc�, leitor(a) amigo(a) gravar e publicar um v�deo nas redes sociais, armado, ensinando e incentivando as pessoas a ‘mandar bala na fu�a de policiais’ que, em cumprimento a uma ordem judicial, lacrem um com�rcio ou uma igreja.

Experimente, tamb�m, fazer amea�as p�blicas de viol�ncia f�sica contra autoridades dos Tr�s Poderes. Ou ainda, pregar golpe de Estado, ditadura militar, e incentivar os malucos a ‘fecharem’ o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.

Sabe o que lhe aconteceria? Voc� seria preso preventivamente por amea�a � ordem p�blica, acusado de uma s�rie de crimes, processado, condenado e passaria alguns meses em cana, al�m de pagar multas e sofrer outras medidas restritivas.

ROBERTO JEFFERSON

Roberto Jefferson, ex-presidi�rio e mensaleiro, hoje aliado e guru de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, fez tudo isso e mais um pouco. Preso preventivamente ap�s determina��o do STF, reclama de abuso de autoridade e se diz v�tima de ditadores. 

Bem, at� a�, nada de anormal. S�o raros os criminosos confessos. O que assusta e chama a aten��o � o comportamento do Procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, que ou faz cara de paisagem ou acredita tratar-se de liberdade de express�o.

Este mesmo senhor, contudo, processou - e teve o pedido negado pela Justi�a! - um jornalista que o criticou. Repare: o jornalista n�o o amea�ou ou o ofendeu; apenas o criticou dentro dos limites da lei. Aras n�o se lembrou da liberdade de express�o?

Para este grande PGR, amea�ar a democracia do Pa�s ou incentivar agress�o f�sica, inclusive armada, contra um colega de judici�rio, se enquadra no ‘direito de opini�o’, mas ser criticado, como agente p�blico que �, deve ser considerado crime. 

JAIR BOLSONARO

O amig�o do Queiroz, como todos sabem, vem cometendo crimes em s�rie - sejam de responsabilidade (julgados pelo Congresso Nacional), sejam comuns (julgados pelo Supremo), mas absolutamente nada lhe acontece.

Bolsonaro � blindado por dois servis aliados: o pr�prio Aras, na Procuradoria-geral, respons�vel por processar o presidente da Rep�blica, e por Arthur Lira, seu s�cio do Centr�o e presidente da C�mara, respons�vel por abrir processos de impeachment.

Assim, o devoto da cloroquina continua usando o aparelho p�blico, como a TV Lula, agora BolsoNews, para fazer campanha eleitoral antecipada, e a torrar nossa grana em seus passeios de motocicleta, tamb�m em benef�cio eleitoral pr�prio.

Livre, leve e solto, o man�aco do tratamento precoce tamb�m continua espalhando mentiras sobre as vacinas, sabotando as medidas de combate ao novo coronav�rus e pregando golpe militar sem medo de ser feliz. E por que teria, n�o � mesmo?

LIND�RA ARA�JO

Se filho de peixe peixinho �, sub de procurador procurador �. Neste caso, n�o, pois nem Dona Lind�ra nem Seu Aras ‘procuram’ nada. Ao contr�rio. Ou se escondem ou se omitem, e deixam o sociopata homicida golpista ï¿½ vontade para delinquir.

O caso da doutora � ainda mais vexat�rio que o papel de Aras. Provocada por dois partidos pol�ticos, a mo�a simplesmente n�o enxergou crime em Bolsonaro retirar a m�scara de uma crian�a de colo em meio a uma multid�o. E foi al�m…

Bancou a cientista (de botequim) e contrariou todas as maiores autoridades m�dicas do mundo ao afirmar, baseada em absolutamente nada que n�o sejam os pr�prios neur�nios (?), que m�scaras n�o ajudam a prevenir o cont�gio por coronav�rus.

Ou seja, o presidente da Rep�blica - devidamente desmascarado, como de costume, descumprindo leis federais, estaduais e municipais - provoca aglomera��o, segura a crian�a no colo, retira-lhe a m�scara, mas tudo bem, tudo certo, segue o jogo.

VERGONHA

A Subprocuradora ainda se meteu, como se j� n�o bastasse tanta humilha��o, a especular sobre a sa�de do covarde (Bolsonaro): ‘o presidente n�o apresentava sinais de Covid’, a fim de justificar a atitude do irrespons�vel.

Segundo ela, como o ‘mito’ n�o estava contaminado, ele n�o cometeu crime. Bem, algu�m tem de ensinar � valente que existe um tro�o chamado ‘assintom�tico’. Ou seja, Bolsonaro exp�s, sim, ao risco, uma crian�a de colo. Deliberadamente!

� t�o ‘cara de pau’ esta senhora que, no caso daquele desembargador asqueroso de Santos, que humilhou um guarda municipal ao lhe ser exigido o uso da m�scara, ela opinou justamente o oposto, e disse que tal atitude representava risco � sa�de.

Entende, caro(a) leitor(a)? Se Bolsonaro, o ‘patr�o’, n�o usa m�scara, n�o h� crime. Mas se o desembargador, que n�o nomeia ningu�m, n�o usa, ent�o h� crime. Se um figur�o pol�tico prega golpe, n�o h� crime. Se um jornalista faz cr�ticas, h� crime.

PREVARICA��O

Muito mais que vergonhosa, a submiss�o da PGR a Jair Bolsonaro ï¿½ ilegal. Augusto Aras e Lind�ra Ara�jo, respectivamente Procurador e Subprocuradora-geral, atuam como ‘blindadores-gerais’ e rebaixam o �rg�o a puxadinho do Planalto.

Os senadores Fabiano Contarato (Rede-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolaram no Supremo uma not�cia-crime contra Augusto Aras por prevarica��o. E fizeram muito bem! A des�dia � evidente, como afirmaram na acusa��o.

J� o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ir� representar contra Lind�ra no tal CNMP (Conselho Nacional do Minist�rio P�blico) por causa das falsas afirma��es sobre o uso, ou melhor, o n�o uso de m�scaras.

Muito provavelmente nenhuma das a��es ir� prosperar ou resultar em algo concreto, afinal, corporativismo e esp�rito de corpo - que eu chamo de porco - s�o a m�xima no funcionalismo p�blico. Um gamb� cheira o outro e todos se entendem.

Ainda assim, est�o de parab�ns os senadores acima. Podemos at� ser obrigados a suportar tanto pouco caso com as obriga��es assumidas pelos cargos - regiamente pagos por n�s -, mas que ao menos seja com algum tipo de resist�ncia.

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