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Estado de Minas RICARDO KERTZMAN

Bolsonaro e filhos ter�o um natal bem indigesto; e eu seguirei assombrado

Ao apagar das luzes deste per�odo infame da nossa hist�ria, fico pensando, atormentado pela dura realidade dos fatos, em como chegamos a este ponto


24/12/2022 07:00 - atualizado 24/12/2022 07:23

Bolsonaro e filhos
Cl� das rachadinhas e das mans�es milion�rias (foto: Reprodu��o/Redes sociais)
O cl� das rachadinhas e das mans�es milion�rias, compradas com panetones de chocolate e muito dinheiro vivo, experimenta os �ltimos dias de gl�ria e poder no topo da pir�mide pol�tica nacional. Daqui para frente, com absoluta certeza, ser� apenas “ladeira abaixo”, e Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, e filhos voltar�o a ocupar o lugar que lhes cabe.

Em uma semana mais, o amig�o do Queiroz deixar� de ser presidente do Pa�s e, consequentemente, o protegido n�mero 1 da PGR (Procuradoria Geral da Rep�blica). Ato cont�nuo, sem mandato, colecionar� uma formid�vel lista de a��es c�veis e penais, que lhe tomar�o muito tempo e dinheiro (neste caso, n�o ser� o dele, com certeza).

Carlos Bolsonaro, o Carluxo, arruaceiro digital travestido de vereador no Rio de Janeiro, talvez seja o elemento do grupo que mais deva se preocupar, pois os poss�veis enroscos judiciais que orbitam ao seu redor t�m potencial - analisam muitos jornalistas e pol�ticos experientes - para lev�-lo, em tese, inclusive, para a cadeia mais pr�xima.

J� Eduardo Bananinha, a despeito da relev�ncia eleitoral que ainda tem, perder� completamente o poder obl�quo que conseguiu sendo filho presidencial, e ter� de assumir sua �nica “qualidade” como pol�tico, a estrid�ncia sobre quest�es ideol�gicas, fazendo parte da tropa de choque bolsonarista - e nada mais! - no Congresso Nacional.

O senador Fl�vio “Wonka” Bolsonaro (em alus�o ao personagem Willy Wonka, do c�lebre filme A Fant�stica F�brica de Chocolate) dever� ser o �nico do bando a ainda manter algum tipo de poder, j� que � senador da Rep�blica e muito, mas muito superior - politicamente e intelectualmente - aos irm�os do “baixo clero”.

Por �ltimo, a primeira-dama em fim de carreira, Michelle Bolsonaro, popularmente apelidada Micheque (por causa dos 90 mil reais depositados por um casal de milicianos cariocas em sua conta corrente), ter� de decidir se continuar� casada - inclusive politicamente - com um “z� ningu�m”, ou se partir� para um “voo solo”, longe da “fam�lia-problema”.

A ceia de natal no Pal�cio da Alvorada dever� ser servida cedo, em meio a um sil�ncio sepulcral, enquanto do lado de fora, no cercadinho e �s portas dos quart�is pelo Brasil, alguns fan�ticos (lun�ticos) continuar�o, sob frio e chuva, a contar as tais 72 horas para - como � mesmo? - a aplica��o do artigo 142 e a enviar sinais luminosos aos ETs.

Ao apagar das luzes deste per�odo infame da nossa hist�ria, fico pensando, atormentado pela dura realidade dos fatos, em duas quest�es: como fomos capazes de eleger (com meu voto!!) uma assombra��o dessa natureza? E tamb�m: como fomos capazes de eleger (sem meu voto!!) uma assombra��o de outra natureza, que assumir� em 1 de janeiro de 2023?

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