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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

50 milh�es de obesos no Brasil merecem que Nikolas Ferreira seja cassado

H� duas maneiras de se punir um cr�pula nessa situa��o: judicialmente ou cassando-o a partir de um processo por quebra de decoro


06/02/2023 10:35 - atualizado 06/02/2023 12:12

Nikolas Ferreira
Lealdade � selvageria (foto: UAI/YOUTUBE)
Nikolas Ferreira, pejorativamente apelidado “chupetinha” por seus desafetos (e eu n�o fa�o a menor ideia do porqu�), contumaz infrator de direitos humanos e golpista assumido, atualmente deputado federal por Minas Gerais - que vergonha, MG! -, eleito por cerca de 1.5 milh�o de votos, voltou a “causar” nas redes sociais.

N�o, infelizmente o motivo n�o � nobre, como nunca foi, ali�s. Nikolas, na falta de contribui��es positivas para o Brasil, s� alcan�a visibilidade com gestos e falas grotescas, com ofensas e atitudes incompat�veis com a civilidade e a urbanidade que espera-se de um “crist�o”, ou, como � mesmo?, “cidad�o de bem”.

Desta vez, a v�tima de seu reacionarismo, ou puro “capacitismo” (forma de preconceito contra pessoas com defici�ncia), foi uma mo�a obesa, que postou fotos de biqu�ni, dan�ando carnaval como se fosse a personagem Globeleza, da Rede Globo. O deputado, sem qualquer raz�o, a ofendeu: "Tiraram a beleza e ficou s� o globo”. 

N�o foi a primeira vez que esse rapaz faz isso, e provavelmente n�o ser� a �ltima, j� que o Brasil, dentre tantas mazelas, tem o cond�o de n�o punir ningu�m. Ao contr�rio! Premia com cargos p�blicos, como � o caso desse babaca e do ex-jogador de v�lei, Maur�cio Souza, e do pr�prio presidente da Rep�blica, Lula da Silva.

REINCIDENTE

Nikolas j� ofendeu e exp�s publicamente transexuais, bem como homossexuais, o que lhe rendeu processos. Sua plataforma eleitoral � t�o somente essa: a selvageria, hoje chamada de transfobia, racismo, homofobia, gordofobia, capacitismo e afins. Pessoalmente, chamo isso de escrotice mesmo. E Nikolas, para mim, � um grande escroto.

No dia de sua posse como deputado federal, em vez de celebrar a conquista, ou mesmo discursar em prol do Pa�s, preferiu atacar o presidente eleito, chamando-o de “nove dedos”, como se o defeito f�sico de Lula fosse uma escolha, e como se n�o houvesse outros motivos - justos!! - para atacar o chef�o do mensal�o.

O artigo 88 da Lei Nº 13.146/2015 tipifica como crime esse tipo de conduta: “Praticar, induzir ou incitar discrimina��o de pessoa em raz�o de sua defici�ncia. Pena de reclus�o de 1 a 3 anos e multa”. Ali�s, transfobia e homofobia, hoje, s�o equiparadas a Racismo (Lei nº 7.716/89), e podem ser enquadradas no artigo 140 do C�digo Penal (inj�ria racial).

No caso da ofensa � mo�a obesa, em tese, n�o h� crime, mas sim ofensa, que pode render ao agressor processo civil e repara��o financeira por dano moral. Esse sujeito � t�o escroto, que ap�s a primeira postagem e a rea��o negativa nas redes, postou novas afrontas, redobrando a aposta na agress�o.

ATACANDO O PA�S

Aproximadamente 12% dos brasileiros adultos se declaram LGBTs, cerca de 19 milh�es de pessoas, de acordo com os dados do IBGE. Segundo o mesmo �rg�o, 25% da popula��o � obesa, espantosos 50 milh�es de pessoas. O Minist�rio da Sa�de calcula que o Brasil tem mais de 45 milh�es de pessoas com algum tipo de defici�ncia.

Recentemente, a Uni�o Europeia (UE) definiu que a obesidade pode ser considerada uma defici�ncia se dificultar a vida profissional do indiv�duo com sobrepeso, e pode ser invocada como causa de discrimina��o. No Brasil, a Justi�a tem adotado um entendimento semelhante, inclusive para fins de aposentadoria e pens�o por invalidez.

Ao agredir reiteradamente estes grupos, Nikolas agride dezenas de milh�es de brasileiros que, muito mais do que v�timas de sua torpeza, s�o pagadores de impostos e, no limite, dos sal�rios e mordomias que recebe em Bras�lia. Ou seja, acaba sendo pago por suas v�timas para agredi-los de forma completamente injustificada e vil.

H� duas maneiras de se punir um cr�pula nessa situa��o: judicialmente, que � pouco efetivo, j� que as penas s�o leves e a repara��o financeira, m�nima. Ou cassando-o a partir de um processo por quebra de decoro. Geralmente, o “esp�rito de corpo” prevalece e nada ocorre com o “esp�rito de porco”. Quem sabe essa triste sina n�o muda? H� dezenas de milh�es de “brasileiros imperfeitos” que ficariam gratos.

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