
O perfil dos consumidores muda de forma r�pida e constante. Novas gera��es est�o a entrar no mercado de forma avassaladora e suas necessidades e desejos passam a exigir das empresas a ado��o de novas formas de relacionamento. O pessoal do marketing, principalmente o de vendas e propaganda, tem a cada momento desafios diferentes a ser vencidos, e um deles � entender as novas linguagens dos consumidores e saber responder no mesmo grau de entendimento.
A pr�tica de uma linguagem dominada pelas organiza��es, sempre unidirecionais, j� perdeu o seu lugar. A emiss�o de mensagens por parte de uma empresa recebe agora resposta imediata do p�blico-alvo, e esse feedback pode ser positivo ou negativo. O certo � que o retorno � muito r�pido.
Quando as empresas n�o atendem �s expectativas de seus p�blicos, elas podem sofrer cr�ticas, ou reclama��es, que s�o diretas ou indiretas. As indiretas se caracterizam por serem mensagens enviadas aos diversos grupos de relacionamento dos clientes. Se forem negativas, as organiza��es pagam um pre�o muito alto pelos danos causados em sua imagem, perante os diversos grupos.
Existem ainda muitas organiza��es que n�o se sensibilizaram, ou n�o perceberam que a comunica��o interna e externa mudou profundamente, tanto pelo comportamento das pessoas, cultura, modo de vida, mudan�a das gera��es, quanto pela disponibilidade de novos recursos de hard. As pessoas est�o o tempo todo ligadas em seus celulares, computadores, notebooks e v�rios outros recursos de comunica��o. A percep��o delas � cada vez mais r�pida e sua vis�o cr�tica mais aprimorada.
As organiza��es que n�o se atualizam em rela��o aos seus processos de comunica��o est�o perdendo o contato seguro com os seus clientes, e estes v�o se afastando naturalmente, debandando para outras empresas que entendam melhor as suas necessidades e desejos. A perda de market share � certa, e a recupera��o muito cara e dif�cil.
H� a comunica��o chamada organizacional e a comunica��o denominada empresarial. Nenhuma empresa consegue se relacionar bem com os seus clientes se n�o tiver inicialmente um processo interno que seja moderno, harm�nico, adapt�vel, em que prevale�a o censo de time e de pertencimento. A comunica��o empresarial precisa desse pr�-requisito para ter sucesso no contato constante com o seu p�blico-alvo.
Recentemente, um empres�rio me disse que a sua empresa j� havia atualizado a sua estrutura de comunica��o com o mercado, e que estava bem mais tranquilo. A quest�o � que a comunica��o � algo totalmente vari�vel e nenhuma empresa poder� se sentir atualizada nesta quest�o.
Novos soft skills precisam fazer parte dos profissionais, principalmente porque a comunica��o se mostra como a mais importante das compet�ncias exigidas nas organiza��es. Os processos digitais devem ser capazes de aumentar o n�vel da linguagem e aprimorar a empresa de seus clientes, sem perder o poder do relacionamento humano. � quase um paradoxo, mas que deve ser superado pelas empresas.
Para implementar a comunica��o em uma organiza��o, � preciso primeiro fazer uma an�lise da comunica��o, identificando claramente como ela ocorre atualmente e, depois, � preciso definir quais os objetivos da sua estrat�gia de comunica��o integrada.
O passo seguinte � determinar um or�amento para as suas a��es. Em seguida deve-se criar estrat�gias tang�veis e que sejam criativas. Somente se chegar� a um resultado positivo e constante se houver o envolvimento de todos, que precisam estar sens�veis aos objetivos maiores da empresa.
Na comunica��o integrada, acabam as divis�es por �reas, tudo passa a acontecer de forma unida, integrando todas as formas de contato com o p�blico.
N�o � uma tarefa f�cil, mas deve ser perseguida a cada dia, envolvendo a todos, e sempre com total aten��o �s mudan�as e novas linguagens do mercado.
Muito me agrada o pensamento do professor de marketing, o americano Al Ries, autor do livro Marketing de Guerra, quando diz: "O marketing n�o � uma batalha de produtos, � uma batalha de percep��es".