
Revolu��o criada por um grupo formado por estudantes, camponeses e trabalhadores indignados e inconformados com os crimes cometidos pelo Estado Cubano e com a falta de soberania do seu pa�s, neste dia decidiram por n�o aceitarem mais passivamente a opress�o imposta ao povo da ilha.
Pois bem, aqui estou eu, olhando para tr�s, como sempre fa�o quando encerro um ciclo, um exerc�cio de autoconhecimento que pratico h� alguns anos e que me encoraja e me faz acertar as velas, mudar dire��es e tomar decis�es importantes para minha evolu��o como ser humano. N�o sou uma pessoa religiosa apesar de ter sido criada sobre os dogmas do catolicismo. Vivi um tempo com aquela culpa que se tem, quando por cima tem um Deus julgador. Eu questionei a igreja cat�lica, entendi as doutrinas de outras religi�es, mas fiz catecismo, minha m�e n�o me perdoaria se n�o fizesse.
Talvez ainda n�o tenha recebido de volta todo esse bem que o sentido qu�ntico da for�a do universo do mantra: “Quanto mais voc� faz o bem, mais ele voltar� para voc�!”, promete.
Aos 45, continuo matando um le�o por dia. Me vejo ainda � deriva com decis�es desacertadas de pessoas que est�o no meu ambiente externo, o qual n�o controlamos. Sigo driblando a energia de alguns que Sofri com uns marmanjos brancos, poderosos, ego�stas, machistas e inconformados, que mesmo depois de terem me feito passar por um tanto de ass�dio moral, e que sempre s� obtiveram vantagem com meu trabalho, ainda insistem em atrapalhar a paz que eu encontrei, s� resta seguir e deixar distante essas reminisc�ncias de um passado onde cometi alguns erros de julgamento e ainda pago por eles. Era cega.
Essas experi�ncias ruins trouxeram positivamente essa revolu��o interna que vivi a partir da constru��o do meu neg�cio que apoia mulheres, a She´s the Boss. Meu autoconhecimento me fez entender com clareza, os valores que com o tempo, se tornaram inegoci�veis, como a honestidade e a sinceridade nas rela��es. Amadureci.
A vida que encontre uma forma de ensinar o certo para as pessoas erradas, eu n�o julgo, eu apenas observo, questiono, mudo o que consigo e est� ao meu alcance e o que n�o consigo, deixo por conta do universo. � preciso muita maturidade para se quebrar em mil partes e se recompor. Evolu�.
� preciso uma coragem leonina para enxergar aquilo que preferimos esconder por causa de todas as nossas cren�as limitantes e todas as bobagens que a igreja, o patriarcado, sua fam�lia ou um grupo de empres�rios ricos e machistas colocaram na sua cabe�a, na tentativa de te explorar e te manipular. Me empoderei.
Olhei um tant�o para tr�s esse ano, os 45 n�o chegaram levemente, tenho a sensa��o que vivi 40 vidas em uma s�.
Apesar de tudo sigo leve, vivendo a maternidade real, criando filhos conscientes, praticando a economia do cuidar, exercendo meu prop�sito e entendendo como que a jornada valeu a pena. Cresci.
A boa not�cia � que, ao olhar para tr�s, contemplo uma vida cheia de experi�ncias incr�veis, p�ssimas escolhas, outras muito acertadas e definitivas, ainda entendo as situa��es que posso mudar e outras que definitivamente, n�o quero. E vejo muito a construir, porque n�o sou de ficar quieta e conformada e vou realizar muito. Executar.
Finalizo essa coluna de forma positiva e convidando voc�, a fazer o bem e a valorizar sua vida e sua jornada. Revolucionando o que te incomoda sem se preocupar com quem te julga. Foca no bem que voc� pode fazer a� no seu ecossistema e internamente, e vamos vibrar juntos nesta frase do Arlindo Cruz: Enquanto o bem existir, o mal tem cura.