A pandemia fez com que muitos idosos buscassem alternativas para a solid�o que o v�rus provocou e muitos deles decidiram que aprender algo novo seria essencial para a manuten��o da sanidade f�sica mental.
Ser� que existe um tempo para aprendermos coisas novas? Alguns dir�o que quando somos jovens temos mais propens�o para o aprendizado e que, ao envelhecermos, nossa capacidade de acumular novos conhecimentos e habilidades diminui. Mas ser� que devemos nos deixar rotular por cren�as limitantes, que muitas vezes nos impedem de dar o primeiro passo? Hoje vamos dar exemplos de pessoas que n�o viram na idade um fator limitante para come�ar algo novo.
Olha o exemplo de uma senhora de 101 anos, moradora de S�o Paulo e tomadora contumaz de vinho que, com o aux�lio da neta, fez um curr�culo e enviou a diversas empresas afirmado que precisava de um emprego para custear os vinhos que adorava beber. Atenta ao mercado consumidor da terceira idade, uma empresa de vinhos brasileira a contratou como, pasmem, influenciadora digital da marca. Segundo a marca ela ser� respons�vel por degustar os r�tulos, al�m de produzir conte�do digital relatando aos consumidores sua experi�ncia com cada garrafa.
Um idoso de 76 anos, morador do Mato Grosso, realizou o sonho esquecido desde os 14 anos de tocar piano. Isolado desde o in�cio da pandemia em raz�o de um tratamento para c�ncer, o idoso encontrou na m�sica uma maneira de se aproximar da fam�lia e dos amigos, enviando a eles v�deos de suas incurs�es musicais. Tudo come�ou quando assistia a um concerto do neto e se lembrou que desde sua adolesc�ncia tinha o sonho de aprender a tocar um instrumento. Sem medo, pegou o contato de uma professora de m�sica e passou a fazer aulas online uma vez por semana e treinar sozinho todos os dias. O idoso relata que trocou a depress�o ocasionada pelo diagn�stico de c�ncer pelas dedilhadas no piano.
A norte americana Greta Pontarelli, de 67 anos, come�ou a dan�ar pole dance aos 59 anos de idade, ap�s um diagn�stico de osteoporose. Ela conta que n�o gostava de praticar muscula��o, recomendada para auxiliar no combate � doen�a, e optou por algo menos convencional e que a deixava mais feliz. Hoje a dan�arina viaja o mundo todo fazendo apresenta��es e j� participou de in�meras competi��es mundiais. Segundo ela, n�o existe idade para come�ar algo novo, j� que nunca � tarde para ser feliz e realizar um sonho.
A inglesa Ruth Flowers, mais conhecida como Mamy Rock, decidiu se tornar DJ aos 68 anos. A DJ era proveniente de uma fam�lia com forte influ�ncia musical. Entretanto, s� se entregou � m�sica ap�s a morte do marido. Ela contava que, ao ser convidada pelo neto para uma balada, ficou encantada com a atmosfera do local e decidiu naquele momento que se tornaria uma DJ. Sua primeira apresenta��o aconteceu durante o festival de Cannes de 2009 e tinha na plateia ningu�m menos que Lenny Kravitz e Mariah Carey. Ela faleceu em 2014, mas suas mixagens �nicas ainda continuam a ressoar pelos quatro cantos do planeta.
Poder�amos escrever livros inteiros apenas relatando casos de pessoas idosas que n�o viram na idade uma limita��o para alcan�ar seus sonhos; ao contr�rio, viram nela um incentivo para come�ar a coloc�-los em pr�tica, pois j� n�o tinham mais tantos afazeres como outrora.
Que tal tomarmos os exemplos acima e come�armos a pensar nos nossos velhos sonhos adormecidos? Para isto � importante que tenhamos em mente que a experi�ncia � sempre algo positivo para come�ar qualquer coisa, e isso o idoso tem de sobra.
� tamb�m primordial que planejemos nossas metas a curto, m�dio e longo prazo, a fim de que o plano realmente saia do papel e tome corpo na vida real. As metas devem ser realistas, assim evitamos que as dificuldades interrompam nossas a��es.
Por fim, mas n�o menos importante, � essencial que acreditemos em nosso potencial e em nossa capacidade de aprendizado e supera��o, pois muitas das nossas dificuldades s�o impostas pela nossa mente e n�o pelo nosso corpo, j� velho, mas ainda capaz das mais belas coisas rumo � constru��o dos nossos sonhos.