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Estado de Minas VITALidade

Vamos envelhecer bem?

Lembre-se: o importante n�o � o n�mero de anos vividos e sim a qualidade dos anos de vida


17/02/2022 08:43

Qualidade de vida é essencial
(foto: Pixabay)


A maioria de n�s j� foi tomada pela inquietante pergunta de quanto tempo ainda nos resta viver antes que a morte nos arrebate. Nosso imagin�rio fantasia com a imortalidade e, ante sua impossibilidade, sonhamos com uma vida longa e de qualidade, que nos permita continuar convivendo com aqueles que amamos e experimentando os prazeres que tanto nos fazem bem.

Nestes �ltimos dias foi amplamente divulgada a not�cia sobre a comemora��o do anivers�rio de 121 anos de um senhor que reside na regi�o metropolitana de Goi�s. Segundo a neta, o av� ainda � l�cido e saud�vel, viaja, adora forr�, vai a bares e prepara suas pr�prias refei��es. A impressionante longevidade deste idoso, bem como sua autonomia, nos colocam para pensar sobre quais fatores podem influenciar para que n�s tenhamos uma vida longa e com qualidade.

O primeiro fator que se costuma associar � longevidade � a gen�tica, pois n�o � raro vermos que filhos de pais longevos costumam seguir o mesmo destino. No entanto, pesquisas mais modernas demonstram que os genes influenciam apenas em cerca de 7% nossa expectativa de vida nas primeiras oito d�cadas de vida. Os estudiosos conclu�ram que o estilo de vida � respons�vel pelos restantes 93% da nossa longevidade e pela maneira que viveremos os anos finais de nossas exist�ncias.

Muito se fala em ado��o de um estilo de vida saud�vel, mas alguns de n�s n�o sabem ao certo o que isto significa de fato. N�o � incomum vermos idosos fazendo dietas excessivamente restritivas a fim de perderem peso, e isto pode afetar sobremaneira, por exemplo, o ac�mulo de massa magra, t�o importante na maturidade.

Outro dia nos deparamos com a not�cia de que uma enfermeira paulista, que n�o tinha qualquer problema pr�vio de sa�de, foi acometida por uma hepatite fulminante ap�s fazer uso de um composto emagrecedor composto por cinquenta ervas. Levada para transplante, a paciente n�o sobreviveu, mesmo ap�s o transplante de f�gado.
N�o faltam exemplos de “estilos de vida” que parecem saud�veis, mas que, de fato, n�o o s�o, pois as pessoas os adotam sem qualquer orienta��o pr�via. Tomam o ch� que a vizinha est� tomando, usam medicamentos prescritos para outras pessoas e se fartam de comida industrializada diet ou light, na ilus�o de que est�o cuidando da sa�de.

Conforme sempre falamos nesta coluna, a expectativa de vida da popula��o mundial aumentou consideravelmente nos �ltimos anos e isto gra�as aos avan�os da Medicina e a ado��o de estilos de vida capazes de nos fazer n�o apenas viver mais, mas de viver melhor. Mas � preciso ter em mente que, diante de tanta informa��o contradit�ria e, muitas vezes falsa, as pessoas precisam se orientar melhor antes de adotarem um estilo de vida que seja realmente saud�vel.

Por isto, se queremos ter uma vida longeva como a do senhor do come�o desta coluna, precisamos buscar ajuda antes de adotarmos qualquer estilo de vida que chamamos saud�vel. Por exemplo, um bom professor de educa��o f�sica pode auxiliar o idoso a montar uma ficha de academia capaz de fazer frente �s suas necessidades espec�ficas, pois n�o basta copiar a ficha da esposa ou do filho, � preciso que todo treinamento para a popula��o idosa seja direcionado de acordo com a idade, genero e comprometimentos de sa�de pr�vios.

Do mesmo modo, as dietas, sejam elas restritivas ou n�o, devem vir acompanhadas de uma visita ao nutricionista. Ele � o profissional capaz de analisar as adequa��es necess�rias � dieta da popula��o idosa. Ch�s, compostos, rem�dios fitoter�picos, dentre outros, s� devem ser tomados com orienta��o profissional adequada. E se voc� ainda � um daqueles que comem comida industrializada, j� est� mais do que na hora de voltar a comer aquilo que nossos av�s comiam, ou seja, comida de verdade, esta sim, fonte de boa parte das vitaminas, prote�nas, carboidratos e sais minerais que precisamos em qualquer idade.

Por fim, para uma boa longevidade, n�o abra m�o de um bom m�dico geriatra, capaz de avaliar de maneira detida as vicissitudes t�picas da popula��o idosa. Ele ser� o respons�vel por administrar os rem�dios que outros m�dicos indicarem, a fim de evitar medicamentos sobrepostos, ser� ele tamb�m o profissional capaz de orientar medidas preventivas para retardar as incapacidades, mantendo a funcionalidade, a autonomia e a independ�ncia.

Todos queremos viver mais e melhor e, para tanto, precisamos de ajuda para implementarmos em nossas vidas h�bitos verdadeiramente saud�veis e n�o corramos riscos desnecess�rios por falta de orienta��o. Ainda que n�o consigamos chegar aos 121 anos, como o idoso de Goi�s, chegaremos melhores e mais saud�veis para nossas d�cadas finais. E n�o se esque�am: o importante n�o � o n�mero de anos vividos e sim a qualidade dos anos de vida.

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