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Estado de Minas VITALidade

Conviver: receita para o bem envelhecer

A oportunidade para a conviv�ncia somos n�s que criamos e pode come�ar de modo simples, sem precisar de preparo ou gastos


29/08/2022 06:00 - atualizado 29/08/2022 07:42

Mãos dadas
Feliz � o idoso que se cerca de relacionamentos, sendo este familiar ou social (foto: Pixabay/Divulga��o)
A conviv�ncia � um dos pilares do envelhecimento saud�vel. Envelhecimento bem-sucedido engloba estar inserido em relacionamentos saud�veis e s�o fundamentais para que o indiv�duo que envelhece se sinta pertencente a um grupo social. A socializa��o � uma caracter�stica do ser humano e isso n�o se modifica quando se envelhece.
 
Ao contr�rio, com o passar dos anos, em que as limita��es f�sicas e ps�quicas v�o se instalando, os idosos necessitam de uma rede social que lhes permita conviver, al�m de contar com o apoio para a melhor viv�ncia tamb�m nesta fase da vida. Cabe a cada componente do grupo social contribuir com as suas experi�ncias e aprender com a experi�ncia dos outros componentes.
 
Um estudo publicado na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia concluiu que os idosos relacionavam a participa��o em grupos de conviv�ncia como um importante mecanismo para compartilhar suas ang�stias, tristezas, amores, alegrias, afetos, saberes, al�m de reduzir sentimentos como medo, inseguran�a e depress�o.
 
Nos grupos, dizem os pesquisadores, as pessoas doam e recebem afeto, trocam experi�ncias e, em alguns casos, constroem fortes amizades.  A conviv�ncia se baseia na troca m�tua, onde todos recebem seu quinh�o de benef�cios: quem � cuidado se beneficia com o amparo e quem cuida se beneficia com a sensa��o de estar contribuindo para que os pr�ximos, j� mais envelhecidos e fragilizados vivam esta fase da vida com dignidade.
 
Feliz � o idoso que se cerca de relacionamentos, sendo este familiar ou social. Assim, conviver tamb�m contribui para que o geronte viva melhor, tanto do ponto de vista de cuidados objetivos quando a sensa��o de seguran�a emocional proporcionada pelo conviver. 
 
O conv�vio propicia a manuten��o das condi��es ps�quicas, j� que os relacionamentos humanos exigem muito do nosso sistema nervoso central, especialmente as �reas do c�rebro relacionadas com as sensa��es, sentimentos, percep��es, aprendizado, linguagem, autonomia e independ�ncia. Conviver � um �timo exerc�cio cognitivo e exercitar nossas faculdades mentais as preserva. 
 
� sabido que o Hipot�lamo, uma estrutura anat�mica do c�rebro, secreta um horm�nio denominado Ocitocina, tamb�m conhecido como o “horm�nio do amor” que permite o estabelecimento e manuten��o de empatia, afeto e v�nculos entre as pessoas, explicitando biologicamente a sensa��o de bem estar proporcionado pelas boas rela��es interpessoais, j� que atua estimulando os centros e recompensa e prazer no c�rebro e parece que nada mais estimulante para a secre��o deste maravilhoso horm�nio que um abra�o. 
 
Assim, n�o resta d�vidas o qu�o importante � estar pr�ximo de pessoas, sejam em rela��es familiares ou com amigos, mas tamb�m em grupos de conviv�ncia. Dividir as conquistas, descrever como foram vivenciados os anos de vida, compartilhar alegrias ou mesmo medos, ang�stias e frustra��es traz muitos benef�cios nesta fase da vida. 
 
Atualmente existem in�meras formas de se pensar em grupos de conviv�ncia, que diferentemente dos grupos estereotipados do passado, congrega pessoas que querem conviver baseando-se em in�meros modelos que v�o surgindo a cada dia e a ideia � que possamos fazer de qualquer lugar um lugar de conv�vio, de modo que os grupos de conviv�ncia possam surgir de situa��es e contextos inusitados. 
 
Os grupos de conviv�ncia do passado, que anteriormente se restringiam a reuni�es religiosas ou de grupos espec�ficos de interesse, atualmente est�o se ampliando, tanto nos t�picos que unem as pessoas que deles participam, como tamb�m incluindo pessoas que possam ter outros olhares, outras formas de sentir e viver o momento, compartilhando suas experi�ncias para que a contribui��o de um indiv�duo pertencente �quela congrega��o possa ajudar todo o grupo. 
 
Importante ressaltar a import�ncia de que o crit�rio idade n�o seja determinante de quem participar� dos grupos. Ao contr�rio. Quanto maior a heterogeneidade de seus membros, maior a riqueza de troca de ideias, planos, ang�stias, medos, frustra��es, conquistas, celebra��es e at� mesmo dividir a dor que as perdas inevit�veis que ocorrem no envelhecimento. A ideia � que todos possam conviver e as gera��es se ensinem reciprocamente. 
 
A oportunidade para a conviv�ncia somos n�s que criamos e pode come�ar de modo simples, sem precisar de preparo ou gastos. Se temos o h�bito de frequentar um lugar, seja uma vez por semana, duas ou mais, dever�amos nos dar a chance de conviver com as pessoas que frequentam aquele mesmo local. Come�ar com um cumprimento e puxar uma “prosa” j� pode ser o in�cio de uma conviv�ncia saud�vel. 
 
 Ter como objetivo estar perto das pessoas deve ser uma premissa difundida entre todas as faixas et�rias, j� que os benef�cios s�o evidentes. Compartilhar alegrias e dividir tristezas � saud�vel e proporciona uma melhor qualidade de vida. Estar inserido em um grupo social refor�a a autoestima e traz seguran�a ps�quica. � importante ter com quem contar, tanto nos momentos de j�bilo quanto nos momentos de dores. Ao contr�rio dos conceitos b�sicos da Matem�tica, neste t�pico, o dividir somente soma e fortalece. 
 
O compromisso de tentar exercitar nosso potencial social � uma escolha e uma possibilidade que n�o podemos deixar passar sem aproveit�-la. Se houver chance, insira-se em grupos, fa�a amigos, expanda suas rela��es sociais, fortale�a sua conviv�ncia familiar; Enfim: viva a maior parte do tempo que conseguir perto das outras pessoas. Isso traz in�meros benef�cios. Entenda que conviver � um �timo rem�dio para o bem viver. 
 
N�o desista de usufruir deste enorme benef�cio. N�o esmore�a.... em qualquer tempo � tempo de buscar fazer amigos e sentir-se amparado por eles. Viva a vida na sua integridade. Todas as fases do existir t�m agruras e dificuldades, sendo ineg�vel que no envelhecimento estas adversidades se acentuam, por�m, tamb�m, em todas as fases da vida h� o que se extrair para que a exist�ncia seja muito saud�vel e prazerosa. Permita-se, adeque-se, molde-se, flexibilize, contribua, receba........ mas perten�a a um grupo. Conviva. Ver� que vale a pena. 

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