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Estado de Minas

Caf� especial tem valoriza��o extra no mercado internacional

Cota��o da saca dos caf�s especiais brasileiros j� � 25% superior � do produto convencional


postado em 21/11/2016 06:00 / atualizado em 21/11/2016 08:40

Estados Unidos são os maiores compradores dos grãos diferenciados(foto: Café Orfeu/Divulgação - 31/10/16)
Estados Unidos s�o os maiores compradores dos gr�os diferenciados (foto: Caf� Orfeu/Divulga��o - 31/10/16)

Maior produtor e exportador mundial de caf�, o Brasil avan�a tamb�m no campo dos caf�s especiais e est� caindo no gosto do mercado internacional. Relat�rio mensal do Conselho dos Exportadores de Caf� (Cecaf�) demonstra que a exporta��o do produto diferenciado – que t�m qualidade superior ou algum tipo de certificado de pr�ticas sustent�veis –, atingiu o volume de 4,9 milh�es de sacas de 60 quilos, com o pre�o m�dio de US$ 192,80. Ou seja, um valor 25% superior ao do caf� verde, o que vem atraindo cada vez mais produtores. O Brasil produz hoje 50 milh�es de saca e Minas, sozinha, responde por 50% da produ��o.

De acordo com o levantamento, os caf�s especiais brasileiros s�o consumidos hoje em 122 pa�ses e somente os Estados Unidos foram respons�veis pela importa��o de mais de 1 milh�o de sacas, entre janeiro e outubro. Mas o interesse pela produ��o brasileira atravessou o mundo e o Jap�o � hoje o segundo maior importador desse produto, com a compra de 735,3 mil sacas, seguida da It�lia (559,1 mil), Alemanha (554,8 mil), e B�lgica (511,1 mil) – veja quadro.

O gerente de transfer�ncia de tecnologia da Embrapa Caf�, Lucas Tadeu Ferreira, explica que a melhoria do caf� brasileiro � resultado de um esfor�o das institui��es de ensino e pesquisa para fazer com que o produto deixasse de ser uma commoditie e agregasse valor. “Desde que o Cons�rcio Pesquisa Caf� foi criado, h� 20 anos, estamos em busca da melhoria de gest�o e de t�cnicas do plantio ao beneficiamento”, diz Ferreira. Segundo ele, os caf�s especiais ar�bica produzem bebidas de melhor qualidade, mas para ser considerados diferenciados � necess�rio que, em uma escala de 0 a 100 da Associa��o Americana de Caf�s Especiais (SCAA), atinjam uma nota superior a 80. Alguns dos robustas tamb�m podem atingir o padr�o.

Lucas Ferreira diz que o pre�o 25% superior ao gr�o comum tem atra�do os produtores que t�m procurado os melhores extratos naturais. “Ningu�m rasga dinheiro e, portanto, abandonar as commodities � ter melhor retorno”, diz. Apesar da expans�o das lavouras do caf� diferenciado n�o � poss�vel estabelecer uma meta de aumento da produtividade, j� que isso � regulado pelo mercado importador. No entanto, ele diz que o consumo da bebida est� em expans�o e lembra que, na �sia, cresce 6% ao ano. “O mundo produz 150 milh�es de unidades e o consumo � quase da mesma propor��o, o que evidencia o mercado como regulador da produ��o”, diz.

De acordo com Ferreira, o Brasil tem hoje entre 12 e 14 regi�es produtoras de caf�, mas os diferenciados que t�m chamado a aten��o pela qualidade s�o produzidos no Sul de Minas, Zona da Mata e cerrado, parte em S�o Paulo, na Regi�o de Mogiana, e ainda no Norte do Paran� e Chapada Diamantina, na Bahia. “O consumidor de caf�s especiais � como o de vinho, elege os seus preferidos. Alguns demonstram predile��o pelo da Regi�o de Mogiana e outros pelo do cerrado”, conta Ferreira.

PARCERIA A diretora-executiva da Associa��o Brasileira de Caf�s Especiais (BSCA), Van�sia Nogueira, afirma que o mercado internacional reconhece a qualidade dos caf�s diferenciados produzidos pelo Brasil, mas ainda n�o existe uma parceria firmada com os Estados Unidos, apesar de ser o maior consumidor do gr�o brasileiro. Ela lembra que o pa�s foi retardat�rio na inser��o do mercado de importa��o dos especais. “O Brasil, infelizmente, foi retardat�rio no seu posicionamento competitivo para caf�s especiais. Fizemos nossas primeiras inser��es nesse mercado h� cerca de duas d�cadas ap�s nossos principais concorrentes”, disse. Ela lembra ainda que, em raz�o disso, existe um grande campo para ser trabalhado. A executiva considera que o mercado americano � dif�cil e resiste em firmar parceria, como a que j� tem com a Col�mbia, segundo produtor mundial.

“Hoje temos a metade dos nossos competidores nesse mercado. Minha opini�o � que o Brasil j� conseguiu se posicionar em uma coloca��o bem confort�vel na percep��o dos compradores de caf�s, mas ainda n�o estamos no imagin�rio da maioria dos consumidores em mercados tradicionais, como os de provedores de bebidas t�o finas quanto as de nossos concorrentes. Todos sabem que produzimos muito, somos os maiores, mas n�o necessariamente sabem que tamb�m estamos entre os melhores”, afirma. Van�sia defende ainda que � preciso focar a promo��o da diversidade de produtos que temos para avan�ar neste nicho.


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