
Quando uma pessoa est� se exercitando, alguns horm�nios s�o liberados, como a endorfina, que cria uma sensa��o de felicidade, al�m de reduzir o estresse. Assim, o exerc�cio f�sico auxilia no combate de doen�as como depress�o, ansiedade e melhora as rela��es sociais. “Pela pr�tica regular de atividades f�sicas de forma di�ria, ocorre a libera��o de um horm�nio chamado endorfina (conhecido como o horm�nio da alegria, que promove a sensa��o de bem-estar, euforia e al�vio de dores) e da dopamina (que gera efeito tranquilizante e analg�sico na pessoa que pratica).
Tais altera��es promovem uma sensa��o relaxante p�s-esfor�o e, em geral, as pessoas conseguem manter, em longo prazo, um estado de equil�brio psicossocial mais est�vel frente �s amea�as do meio externo”, conta S�nia.
J� o psic�logo Tiago Alves fala da import�ncia do di�logo do profissional com o paciente. “� de suma import�ncia os profissionais da �rea da sa�de dialogarem com seus pacientes sobre as atividades f�sicas que lhes d�o prazer. Quando um paciente est� em processo terap�utico e percebe a import�ncia de mudar h�bitos e incorporar a atividade f�sica ou qualquer outra a sua rotina, ouvi-lo � fundamental. Devemos considerar que sujeito est� diante de n�s, sua classe social, sua realidade e tamb�m o seu desejo. Um profissional que comanda muito e ouve pouco pode cometer o equ�voco de sugerir 10 treinos funcionais para algu�m que n�o conhece e nem deseja conhecer essa realidade, dificultando o processo”, relata.
O educador f�sico Filipe Anicio Souza revela que a atividade f�sica vai al�m da libera��o dos horm�nios. “Al�m de seus benef�cios de libera��es hormonais positivas a melhora da qualidade de vida e tratamento, promove socializa��o e sentimento de aceita��o e pertencimento. Sentir-se amado e respeitado � fundamental para essas pessoas”, ressalta. “Muitos estudos v�m mostrando que uma pr�tica regular de exerc�cios aer�bios como caminhada, corrida, esportes cinco vezes na semana tem tido bons resultados para essas pessoas. De 30 a 50 minutos de atividades de leve a moderada intensidade s�o os mais indicados”, alerta Filipe.
Exemplo de supera��o

Ela conta que entrou para a ioga (que � mais meditativa, mais contemplativa que um exerc�cio) h� dois anos e desde junho deste ano est� em tratamento terap�utico com uma nutricionista comportamental para resignificar a sua rela��o com a comida e com seu corpo.
Hoje, ela � corredora e fala com orgulho das mudan�as. “A mudan�a foi gradativa nos �ltimos 10 anos. A minha vida mudou consideravelmente. A qualidade da minha pele e cabelo melhorou, consigo subir escadas sem chegar ofegante, quase n�o adoe�o, tenho muita disposi��o para trabalhar.”
A dentista aproveita e deixa um recado. “Depois de tudo que percorri, hoje acredito que a pessoa que se sente desconfort�vel com seu corpo, seu peso, sua imagem deve procurar ajuda de uma nutricionista comportamental (e caso haja necessidade, ela vai indicar para outros profissionais como educador f�sico, psiquiatra, psic�logo) o mais r�pido poss�vel para que ela aprenda a enxergar as reais necessidades que seu corpo tem e aprender a se enxergar como uma pessoa e um corpo de valor”, finaliza.
Palavra da especilista-S�nia Eust�quia:
Principais vantagens da atividade f�sica para a sa�de mental:
- Diminui��o do risco de doen�as de maneira geral; no corpo, na mente e nas rela��es sociais.
Aqui, cabe lembrar que a sa�de mental deve andar junto com a sa�de f�sica e boas rela��es sociais. Por organismo entendemos tr�s inst�ncias: CORPO, MENTE E MUNDO EXTERNO, elas s�o tangentes e mant�m sempre algum ponto de conflu�ncia. Por isso, o adoecimento pode predominar e se manifestar primeiramente em alguma dessas �reas, mas estar� sempre ligado as outras na composi��o do organismo.
- Melhora e deixa mais ativos a mem�ria e o racioc�nio.
O aumento da capacidade aer�bica tem rela��o direta com a melhoria das fun��es cognitivas, contribuindo para a integridade do c�rebro e do sistema cardiovascular, o que aperfei�oa o tempo de rea��o e a amplitude da mem�ria.
Estudos mostram que idosos que praticam atividades f�sicas, como caminhar 3 vezes por semana durante 1 hora, t�m uma melhora significativa na aten��o, na mem�ria, na agilidade motora e no humor.
� medida que envelhecemos, crescem os riscos de contrair doen�as degenerativas, como o mal de Alzheimer. Por�m, ao praticar exerc�cios f�sicos, principalmente entre os 25 e 45 anos, conseguimos aumentar as subst�ncias qu�micas do c�rebro que previnem a degenera��o dos neur�nios do hipocampo.
- Dormir melhor
O exerc�cio f�sico pode proporcionar a libera��o de horm�nios que influenciam no ciclo sono-vig�lia, o que significa dormir melhor. Isso faz com que a pessoa passe a ter mais disposi��o para o dia a dia, o que favorece tamb�m a estabilidade do humor.
- Melhoria da autoestima
Ao exercitar regularmente pode-se conseguir a perda de peso e a tonifica��o dos m�sculos, o que favorece a constru��o e a otimiza��o da autoestima e tamb�m uma melhor percep��o de si mesmo. Com isso, os relacionamentos podem melhorar muito e a autoconfian�a ajuda na vontade de se aproximar das pessoas.
- Envolvimento social
Exerc�cios f�sicos oferecem a oportunidade de envolvimento social, principalmente na fase adulta e terceira idade. � poss�vel conhecer novas pessoas, fazer novas amizades e manter v�nculos prazerosos no cotidiano que nessa �poca da vida se tornam cada vez mais dif�ceis. A pr�tica esportiva auxilia no envolvimento social, seja atrav�s de novos v�nculos na academia, seja por meio de grupo de pessoas com interesses em comum.
- Desenvolvimento de habilidades emocionais
Assim como na vida cotidiana, no esporte tamb�m somos testados quanto aos nossos limites e capacidade de supera��o. Desenvolvemos a dedica��o e a disciplina, e aprendemos a lidar com as derrotas e as vit�rias. Saber lidar bem com os �xitos e com os fracassos � uma grande conquista.
- Recupera��o de dependentes qu�micos
Diante de est�mulos prazerosos (como sexo, drogas ou alimentos), o c�rebro libera como resposta a dopamina. Infelizmente, algumas pessoas se tornam dependentes de algumas subst�ncias que produzem a libera��o de dopamina em grandes quantidades, como as drogas. Sendo assim, os exerc�cios f�sicos podem ajudar na recupera��o de dependentes. Isso porque, al�m da libera��o da subst�ncia, ajudam na ressocializa��o e cria��o de novos v�nculos de amizade.
- Para se sentir melhor
Os neurotransmissores, que promovem a comunica��o entre os neur�nios, s�o naturalmente produzidos pelo c�rebro em resposta ao est�mulo da atividade f�sica. Isso quer dizer que, ap�s a pr�tica, a pessoa desfrutar� de subst�ncias como a serotonina, conhecida como “horm�nio do bem-estar”, a endorfina, que alivia tens�es e melhora o humor, e a anandamida (subst�ncia da felicidade), que ativa a sensa��o de autoconfian�a e autoestima, tem efeitos analg�sicos, ansiol�tico e antidepressivo).
- Para ajudar a combater os transtornos emocionais
A libera��o qu�mica auxilia na efetividade das medica��es bem como na motiva��o para as sess�es de psicoterapia.
- Exerc�cios ao ar livre devem entrar na rotina para o bem-estar geral
Treinos em academias ao ar livre ou esportes de aventura s�o muito importantes para garantir o contato com o sol e com a natureza. A luz solar impacta positivamente sobre o bem-estar, e � por isso que muitas pessoas costumam ficar tristes e irritadas nos dias chuvosos.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram