
Uma das recomenda��es mais propaladas para evitar o avan�o do coronav�rus pelo mundo � evitar sair de casa. Mas o isolamento domiciliar n�o � uma medida poss�vel para muita gente. Pessoas que, ainda assim, precisam exercer suas atividades externas normais, principalmente demandas da profiss�o que n�o podem ser resolvidas no espa�o residencial. Para ajudar em situa��es como essa, �rg�os de sa�de divulgam materiais com protocolos para entrar e sair da moradia de forma a minimizar as chances de cont�gio pela COVID-19. A aten��o � para n�o expor familiares ou outros coabitantes ao risco da infec��o.
"Nesse momento, estamos nos esfor�ando para que o v�rus n�o atinja as pessoas do grupo de risco que moram em nossas casas, como os acima dos 60 anos ou que t�m doen�as cr�nicas. S�o indiv�duos que est�o em isolamento, n�o saem ou n�o deveriam sair de casa. � preciso zelar para n�o levar o v�rus at� eles, e o primeiro passo � evitar que sejamos infectados", explica o infectologista Jos� Geraldo Leite Ribeiro, professor da Faculdade da Sa�de e Ecologia Humana (Faseh).
Al�m das recomenda��es principais, como a higieniza��o correta das m�os, sempre que ao chegar em casa, as precau��es quanto ao aparecimento de sintomas respirat�rios, a dist�ncia m�nima entre as pessoas, existem outras medidas, mas ainda n�o h� uma compreens�o total. "Lavar as m�os ao chegar da rua continua sendo o mais importante. Antes de entrar, voc� pode ter tocado em superf�cies como ma�anetas para abrir portas e port�es, por exemplo. Sobre a transmiss�o do v�rus por roupas e sapatos, entre outros, ainda n�o entendemos muito bem e n�o sabemos avaliar o impacto disso. � bom separ�-los para minimizar o risco de transmiss�o", diz Jos� Geraldo. Todo cuidado � pouco, inclusive para afastar exageros.
O infectologista revela uma preocupa��o pessoal. "Quando come�amos a detalhar demais as orienta��es, podemos tirar o foco do que � mais importante. N�o sermos infectados", conta. E, para isso, adotar as atitudes b�sicas, amplamente divulgadas, � o fundamental. "Na falta do �lcool em gel, �gua e sab�o s�o suficientes. Para quem apresentar algum sintoma gripal, n�o sair de casa e, se isso for imprescind�vel, usar a m�scara. Temos que fazer o que for poss�vel para evitar a infec��o. O foco deve ser nos sinais do trato respirat�rio e a limpeza das m�os", refor�a. Torna-se essencial, continua o infectologista, proteger as pessoas do grupo de risco, que s�o os casos de sa�de mais graves quando a infec��o ocorre.
Dados sobre o tempo de sobreviv�ncia do v�rus, fora e dentro de casa, ainda n�o s�o precisos. "S�o informa��es duvidosas. � consenso at� o momento que, em ambientes normais, seja dentro ou fora de casa, o v�rus pode circular ao longo de nove dias. Mas, se submetido � limpeza com �lcool 70% ou hipoclorito, resiste menos de um minuto", ensina o infectologista Carlos Starling.
Entre as recomenda��es que est�o circulando, seja pela m�dia oficial ou por redes sociais, as opini�es de profissionais podem at� ser um tanto quanto desencontradas. H� quem acredite que algumas medidas s�o um pouco exageradas, mas, ainda assim, � bom pontu�-las.
O que fazer? Confira as dicas de especialistas para manter a casa protegida
- Ao voltar para casa, n�o toque em nada antes de se higienizar
- Tire os cal�ados antes de entrar
- Desinfete as patas do seu pet ap�s passear com ele
- Tire a roupa e coloque-a em uma sacola pl�stica no cesto de roupas
- Deixe bolsa, carteira, chaves e outros objetos em uma caixa na entrada
- Tome banho! Se n�o puder, lave bem todas as �reas expostas
- Limpe seu celular e os �culos com sab�o e �gua ou �lcool
- Limpe as embalagens que trouxe de fora antes de guardar usando luvas
- Tire as luvas com cuidado, jogue-as fora e lave as m�os
- Limpe e desinfete objetos e superf�cies tocados com frequ�ncia
- �lcool em gel e �lcool l�quido precisam estar dispon�veis logo na entrada