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Estado de Minas

Receber prestadores de servi�o em casa requer alguns cuidados essenciais para evitar o coronav�rus

Neste momento de isolamento social, � fundamental ter aten��o aos atendimentos de bombeiros, eletricistas, encanadores e outros profissionais do ramo


postado em 01/04/2020 11:00 / atualizado em 02/04/2020 20:58

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

Existem atividades que n�o podem parar, mesmo diante da propaga��o do coronav�rus. Uma delas s�o os atendimentos domiciliares realizados por prestadores de servi�o. Reparos quanto a problemas hidr�ulicos e el�tricos, por exemplo, muitas vezes n�o podem esperar. Tanto para o profissional quanto para o cliente que solicita o trabalho, em situa��es indispens�veis, h� cuidados espec�ficos para afastar o risco de infec��o, ainda mais quanto a receber pessoas em casa neste momento de cautela e aten��o.

Carline Chineli, de 63, trabalha com consertos dom�sticos h� 14 anos. Em situa��es normais, a demanda n�o para. Ele conta que, s� agora, come�a a perceber os efeitos do coronav�rus. "Mas muita gente precisa desse tipo de servi�o. Se for urg�ncia, vai solicitar do mesmo jeito", diz. E h�, de fato, casos urgentes. Quando um sistema de descarga n�o funciona, ou quando a pia entope, o cano danifica, ocorre um curto-circuito, por exemplo. � um trabalho quase sempre necess�rio e inevit�vel.

Como meios de precau��o, Carline diz que leva sempre consigo uma solu��o de �gua sanit�ria com �gua normal. Antes de entrar na resid�ncia, aplica no cal�ado, nas m�os, tem ao alcance uma estopa embebida com a mistura para usar ao tocar ma�anetas, ferramentas, limpa as superf�cies em que encosta antes e depois do servi�o, como torneiras, e conta que n�o usa m�scara. Tamb�m carrega uma garrafa t�rmica com �gua quente com lim�o - prefere a bebida ao caf�. "Algumas pessoas que tenho atendido pedem para tomar cuidado, dizem para eu n�o tocar nas coisas. Mas, na maioria, percebo uma postura normal", compara.

DEMANDA MENOR

Marcelo Batista tem 44 anos e trabalha com servi�os gerais h� 20. Intitula-se cl�nico do lar - faz de tudo e mais um pouco. Al�m dos trabalhos com redes hidr�ulica e el�trica, presta assist�ncia com dedetiza��o, pintura, rede de esgoto, jardinagem, vidra�aria, limpeza de caixa d'�gua, serralheria, instala��o e manuten��o de arm�rios, coloca��o de gesso, entre outros. Ele conta que a demanda caiu, assim como nos outros setores da economia. Costumava ficar ocupado todos os dias, e agora percebeu diminui��o de 75% na procura normal por sua m�o de obra. "Isso ocorre desde quando teve in�cio a quarentena."

Mas, mesmo assim, o servi�o continua. Em �poca de pandemia, Marcelo tem o cuidado de usar m�scara, luva, pl�stico para envolver os p�s, usa �gua, sab�o ou �lcool gel, que aplica ao chegar e ao sair da resid�ncia do cliente - e higieniza as m�os o tempo todo. Outra medida �, ao entrar em um ambiente, fecha a porta e pede para que os moradores n�o entrem enquanto faz o trabalho. E costuma trocar de roupa antes de realizar o reparo. "Vou muito em casas onde vivem idosos. O cuidado � maior, para prevenir a doen�a para eles, e para mim tamb�m. S�o pessoas que podem ter outras doen�as que se agravam com o coronav�rus. Posso acabar levando o v�rus sem querer. � perigoso", diz.

Marcelo � casado, pai de oito filhos, e mora, al�m da esposa, com duas filhas, uma de 12 anos e outra de 8 meses. � cuidadoso quanto � seguran�a da fam�lia. "Quando chego em casa, tiro a roupa, deixo o chinelo na entrada e tomo banho antes de ter contato com qualquer pessoa. Nunca se sabe o que levamos da rua para dentro de casa."

IMPACTO

Para Carlos Alberto de Oliveira, de 48, a situa��o quanto ao volume de trabalho � mais preocupante. H� 25 anos, ele atua com servi�os dom�sticos, como jardinagem, troca de l�mpadas e fechaduras de porta, pintura, consertos hidr�ulicos e el�tricos, faxina, e at� como motorista, eventualmente. Ele lembra que costumava ficar ocupado a semana inteira, o que mudou completamente depois dos problemas com a COVID-19.

"Desde o primeiro dia da decis�o pelo isolamento, o trabalho parou totalmente. Ningu�m quer uma pessoa diferente dentro de casa", lamenta. Carlos Alberto havia decidido sair de um emprego formal como zelador para se dedicar �s atividades de reparos dom�sticos e motorista de aplicativo, trabalhando por conta pr�pria. Diz que agora se arrepende da mudan�a. "N�o imaginava que isso tudo iria acontecer. Estou sem nada agora, perdi tudo." 

 

 


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