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Estado de Minas Dia Internacional da Biodiversidade

Coronav�rus: destrui��o ambiental gera exposi��o a novas epidemias

Ecologistas alertam para a necessidade de preservar o ecossistema, a fim de reduzir as chances de contato entre pessoas, animais e v�rus desconhecidos


22/05/2020 15:04 - atualizado 22/05/2020 16:20

Destruição do meio ambiente pode provocar o surgimento de epidemias e pandemias(foto: Pixabay)
Destrui��o do meio ambiente pode provocar o surgimento de epidemias e pandemias (foto: Pixabay)
 

“Pode-se considerar que existe uma rela��o entre a pandemia de COVID-19 e o desequil�brio ambiental. A origem do v�rus ainda � incerta, mas a principal teoria leva em considera��o o contato de animais silvestres, possivelmente contaminados, com seres humanos.” A afirma��o � do gestor ambiental Hiuri Metaxas.

Isso porque, segundo ele, com a contamina��o e, consequente, perda do habitat natural de diversas esp�cies, h� a tend�ncia de migra��o de animais silvestres para as �reas urbanas, aumentando o contato e poss�vel circula��o de vetores de doen�as.

Conforme o gestor ambiental, o desmatamento e a polui��o, por exemplo, podem levar animais silvestres a procurarem abrigo e comida em �reas habitadas, o que propicia a aproxima��o entre poss�veis portadores de pat�genos com seres humanos.

No entanto, Metaxas pontua que n�o s� os animais podem ser considerados portadores e, consequentes, transmissores de patologias, mas sim a popula��o em geral. “� importante destacar que os humanos tamb�m podem ser vetores de doen�as, pois diversos organismos presentes no corpo humano podem n�o causar patologias em seus portadores, os condicionando a contaminar outras esp�cies.” 

E existem agravantes. Nos �ltimos anos, in�meros desastres ambientais atingiram o Brasil e o mundo, provocando impactos consider�veis no ecossistema. Entre eles, o acidente ocorrido em uma usina de processamento de Ur�nio, em 1999, na cidade de Tokaimura, no Jap�o, e o navio petroleiro naufragado, em 2000, na Costa da Espanha. 

Em territ�rio brasileiro, o vazamento de �leo na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, em 2011, foi respons�vel por despejar cerca de tr�s mil barris de petr�leo nas �guas do mar carioca. E o inc�ndio no terminal portu�rio Alemoa, em Santos, litoral Sul de S�o Paulo, respons�vel por emitir efluentes gasosos na atmosfera, em 2015.  

Al�m disso, s� em Minas Gerais, nos �ltimos cinco anos, dois acidentes, um em Mariana, em 2015, e um em Brumadinho, em 2019, provocaram a libera��o de uma grande quantidade de lama nas cidades em decorr�ncia do rompimento de duas barragens. 

Hiuri Metaxas, gestor Ambiental e mestre em sustentabilidade e tecnologia ambiental(foto: Divulgação)
Hiuri Metaxas, gestor Ambiental e mestre em sustentabilidade e tecnologia ambiental (foto: Divulga��o)
Neste contexto, segundo especialistas, danos ambientais, bem como outros, tamb�m causados por humanos, como desmatamentos e queimadas, podem contribuir para o surgimento de um cen�rio prop�cio � prolifera��o de doen�as, entre elas, as causadas por v�rus. E, sendo assim, o globo pode estar sujeito ao aparecimento e agravamento de epidemias e/ou pandemias, como a que, atualmente, afeta o mundo.  

“As destrui��es dos ecossistemas naturais causam desarmonia ambiental e, por isso, existe a possibilidade de intera��es incomuns entre diversos organismos. Tais impactos podem ocasionar situa��es que promovem contato entre poss�veis vetores de doen�as e seres humanos", afirma Metaxas.

Preocupa��o ambiental 


Por isso, Paulo Bellonia, fundador e presidente da ONG SaveCerrado, que atua exclusivamente na preserva��o do Cerrado, destaca a import�ncia de uma maior conscientiza��o ambiental, n�o s� pelos danos em si, mas, tamb�m, pelo impacto destes na vida de todas as esp�cies. 

“Com o enorme impacto econ�mico em todo o planeta, em meio � pandemia, � essencial que os discursos de preocupa��o com o aquecimento global, com o desmatamento e com a perda dos recursos naturais feitos por empresas fa�am com que a sociedade, como um todo, se conecte com a��es pr�ticas e projetos que contribuam para reverter esse cen�rio, enquanto ainda h� tempo.” 

Paulo Bellonia, fundador e presidente da ONG SaveCerrado(foto: Divulgação)
Paulo Bellonia, fundador e presidente da ONG SaveCerrado (foto: Divulga��o)
Al�m disso, Bellonia afirma que os desastres ambientais e os danos causados por eles s�o facilmente percebidos, mas que, contr�rio a isso, a conscientiza��o em torno do tema ocorre de forma lenta

O planeta est� ‘gritando’ e ‘pedindo’ socorro. No in�cio do ano, a crise clim�tica foi apontada como quatro das cinco amea�as � economia mundial. "Hoje, em meio � epidemia, com a economia amea�ada, � que as empresas come�aram a se organizar para elaborar a��es pr�ticas e construir uma economia mais sustent�vel, o que naturalmente passa pela preserva��o e recupera��o das poucas florestas que ainda existem no planeta, e nesse caso, o Brasil � determinante.” 

Para que o ecossistema seja restaurado, Metaxas considera que a ci�ncia e a evid�ncia cient�fica devem ser usadas como aliadas e, a partir disso, reconhecidas e fortalecidas. Al�m disso, diz ele, devemos adotar modelos de consumo sustent�veis que realmente consideram a preserva��o ambiental como fator fundamental.

"Ser� necess�rio aprendermos a conviver de forma harmoniosa com o meio ambiente para que possamos seguir sem muitos impactos na sa�de e na qualidade de vida.” 

Projeto 


A SaveCerrado, presidida por Paulo Bellonia, desenvolve diversas a��es relacionadas com �reas espec�ficas e de relev�ncia na preserva��o ambiental, no �mbito nacional e mundial.

E, durante a pandemia, o programa de conscientiza��o sustent�vel tem direcionado parte dos recursos captados �s entidades e demais projetos que estejam atuando nos impactos sociais causados pelo novo coronav�rus. Empresas e pessoas f�sicas podem fazer doa��es por meio do site da SaveCerrado. 

* Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 


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