
O c�ncer de mama leva muito sofrimento � vida de uma mulher e, mesmo ap�s a retirada dos tumores com a mastectomia – procedimento cir�rgico para a remo��o das mamas, parcial ou totalmente –, os efeitos ainda podem ser sentidos.
Isso porque, apesar de as mamas serem reconstru�das ap�s o processo, a ar�ola mam�ria n�o �. Por isso, pode se ter, ent�o, a sensa��o de falta.
Isso porque, apesar de as mamas serem reconstru�das ap�s o processo, a ar�ola mam�ria n�o �. Por isso, pode se ter, ent�o, a sensa��o de falta.
Deste modo, a baixa autoestima e falta de aceita��o do corpo podem ser alguns dos sintomas psicol�gicos apresentados ap�s a perda dos seios. No entanto, a micropigmenta��o pode resolver essa quest�o, recobrando a autoestima das mulheres e devolvendo � elas a sensa��o de uma mama em perfeito estado.
“Com essa t�cnica � poss�vel reproduzir todos os detalhes de cor e caracter�sticas pr�prias de cada uma das mamas, a fim de delinear um efeito mais realista. Para isso, os pigmentos utilizados levam em considera��o as nuances e os tons presentes na regi�o das mamas de cada paciente. Um c�lculo da dist�ncia entre os seios e o emprego do efeito 3D tamb�m � imprescind�vel para que o trabalho fique extremamente natural”, explica a micropigmentadora, cosmet�loga e visagista Raquel Normandia.
Segundo Raquel, que h� cerca de um ano integra um projeto na �rea oncol�gica do hospital Santa Casa, em Belo Horizonte, o procedimento � totalmente indolor e seguro, n�o oferecendo nenhum tipo de risco � sa�de da mulher que realiza o procedimento.
Por�m, h� contraindica��es: gestantes e pacientes com baixa imunidade n�o devem se submeter ao procedimento, devido � dificuldade de cicatriza��o da pele, haja vista que o procedimento se trata de uma esp�cie de tatuagem, com tintas e dermocosm�ticos espec�ficos.
Por�m, h� contraindica��es: gestantes e pacientes com baixa imunidade n�o devem se submeter ao procedimento, devido � dificuldade de cicatriza��o da pele, haja vista que o procedimento se trata de uma esp�cie de tatuagem, com tintas e dermocosm�ticos espec�ficos.
“Al�m disso, o procedimento pode ser realizado, no m�nimo, entre seis meses e um ano, ap�s a �ltima cirurgia. Mas cada caso deve ser analisado individualmente, pois cada organismo reage de forma individual � cirurgia. Para a realiza��o da micropigmenta��o n�o se faz necess�rio assist�ncia m�dica. Diferentemente disso, o processo de cicatriza��o deve ser acompanhado”, diz.
A autoestima de volta
A m�dica psiquiatra e membro da Comiss�o de Estudos e Pesquisa da Sa�de Mental da Mulher da Associa��o Brasileira de Psiquiatria (ABP) Christiane Carvalho Ribeiro destaca que, em alguns casos, ainda no diagn�stico do c�ncer de mama, a mulher j� se torna mais vulner�vel a apresentar transtornos depressivos e/ou ansiosos.
“Quando h� a necessidade de a mulher retirar a mama ou parte dela, sentimentos de ang�stia e dor passam a se tornar sempre presentes.”
“Quando h� a necessidade de a mulher retirar a mama ou parte dela, sentimentos de ang�stia e dor passam a se tornar sempre presentes.”
"A micropigmenta��o, por exemplo, serve para camuflar cicatrizes, tornar a reconstru��o mais harmoniosa esteticamente e permitir melhora da autoestima, tornando o impacto emocional associado ao processo de perda da mama menor"
Christiane Carvalho Ribeiro, m�dica psiquiatra e membro da Comiss�o de Estudos e Pesquisa da Sa�de Mental da Mulher da Associa��o Brasileira de Psiquiatria (ABP)
“E a mastectomia � um processo em que n�o h� aceita��o da mulher, sendo considerado como mutila��o. Alguns estudos, inclusive, associam a remo��o da mama com um processo de dor similar � perda de um ente querido, e com resposta emocional parecida com a de um luto, envolvendo processos semelhantes como nega��o, raiva, barganha, depress�o e aceita��o”, completa.
Isso porque, segundo a psiquiatra, as mudan�as na imagem corporal envolvem autoestima e, principalmente no caso das mamas, identidade e feminilidade. “Na adolesc�ncia, por exemplo, a forma��o das mamas marca o in�cio de uma fase importante na vida da mulher. Longe de ser um elemento apenas est�tico, ela comp�e a identidade � mulher.”
Justamente por isso, a reconstru��o da mama, com todas as suas caracter�sticas, pode ser crucial para a melhora da autoestima. De acordo com Christiane, estudos apontam que, ap�s a reconstru��o completa – mama e ar�ola –, a satisfa��o da mulher com todo o procedimento indica uma melhora significativa da autoimagem, do senso de feminilidade e, tamb�m, do relacionamento sexual.
“H� in�meros benef�cios e melhorias importantes na qualidade de vida das pacientes, na autoestima e na autoaceita��o. A micropigmenta��o, por exemplo, serve para camuflar cicatrizes, tornar a reconstru��o mais harmoniosa esteticamente e permitir melhora da autoestima, tornando o impacto emocional associado ao processo de perda da mama menor”, diz.
*Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram