
Comemorado neste s�bado (14), o Dia Mundial do diabetes refor�a a import�ncia de que a preven��o da doen�a seja feita com exames de rotina e pr�ticas de vida saud�vel. Al�m disso, a data faz um alerta para as poss�veis complica��es de um diab�tico sem o controle de sua glicemia – taxa de glicose no sangue.
Atualmente, segundo dados do Atlas do Diabetes da Federa��o Internacional do Diabetes (IDF), cerca de 16,8 milh�es de adultos t�m a doen�a no Brasil. A proje��o � que at� 2030 esse n�mero chegue a 21,5 milh�es.
Atualmente, segundo dados do Atlas do Diabetes da Federa��o Internacional do Diabetes (IDF), cerca de 16,8 milh�es de adultos t�m a doen�a no Brasil. A proje��o � que at� 2030 esse n�mero chegue a 21,5 milh�es.
“O diabetes � uma doen�a cr�nica, caracterizada pelo aumento da glicose (a��car) no sangue, devido a uma baixa na produ��o ou a��o da insulina, que � um horm�nio produzido pelo p�ncreas. E, por isso, para haver o controle da doen�a � importante que h�bitos saud�veis sejam adotados pelo diab�tico, como alimenta��o equilibrada, pr�tica de atividades f�sicas e, de acordo com o tipo de diabetes, acompanhamento medicamentoso”, explica a endocrinologista da Santa Casa BH Ang�lica Tib�rcio.
Neste cen�rio, a especialista pontua ser de suma import�ncia o conhecimento acerca do tema, uma vez que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, aproximadamente 50% das pessoas que t�m o diabetes desconhecem a sua condi��o.
“� fundamental que as pessoas se conscientizem sobre os fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, que tem origem multifatorial, porque, assim, a preven��o pode ser melhor difundida”, afirma.
“� fundamental que as pessoas se conscientizem sobre os fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, que tem origem multifatorial, porque, assim, a preven��o pode ser melhor difundida”, afirma.
Por exemplo, pacientes diagnosticados com obesidade, sedentarismo e hipertens�o precisam estar atentos e se condicionarem a fazer os exames para a detec��o da doen�a regularmente, pois esses aspectos conferem risco aumentado, explica a endocrinologista.
"Al�m disso, mulheres com s�ndrome do ov�rio polic�stico e/ou que tiveram diabetes gestacional precisam estar em alerta, assim como pessoas com hist�rico familiar da doen�a ou com aumento consider�vel do colesterol”, completa.
"Al�m disso, mulheres com s�ndrome do ov�rio polic�stico e/ou que tiveram diabetes gestacional precisam estar em alerta, assim como pessoas com hist�rico familiar da doen�a ou com aumento consider�vel do colesterol”, completa.
"O p� no portador de diabetes dever� receber um cuidado especial para evitar maiores complica��es. Muitas pessoas t�m altera��o circulat�ria perif�rica, que reduz o fluxo de sangue para os p�s, causando redu��o de sensibilidade e favorecendo pequenas feridas e infec��es. Alguns cuidados podem evitar esses quadros, como inspe��o di�ria dos p�s para verificar se h� feridas ou calosidades e usar creme hidratante ap�s o banho, evitando pass�-lo entre os dedos. Vale ressaltar, tamb�m, o cuidado com os calos nos p�s"
Josualdo Euz�bio da Silva, cirurgi�o vascular e endovascular do Biocor
Na aus�ncia de fator de risco, Ang�lica Tib�rcio recomenda que, a partir dos 45 anos, o paciente se submeta a exames preventivos de diabetes.
A periodicidade varia de acordo com cada caso, uma vez que, sem a presen�a de sinais considerados como apontamentos do aumento de glicemia no sangue – poli�ria (urina em excesso), sede intensa, perda de peso e cansa�o –, a indica��o � trienal, ou seja, a cada tr�s anos. Em caso de sintomas, esse per�odo pode ser reduzido.
A periodicidade varia de acordo com cada caso, uma vez que, sem a presen�a de sinais considerados como apontamentos do aumento de glicemia no sangue – poli�ria (urina em excesso), sede intensa, perda de peso e cansa�o –, a indica��o � trienal, ou seja, a cada tr�s anos. Em caso de sintomas, esse per�odo pode ser reduzido.
“Por�m, muitas vezes, os pacientes s�o assintom�ticos. E essa aus�ncia de sinais, associada � falta de preven��o ou mesmo informa��o pode aumentar o desconhecimento da doen�a. N�o � toa, metade das pessoas s�o diab�ticas e nem sabe”, destaca a endocrinologista, que ressalta, ainda, a exist�ncia do tipo 1 da doen�a, mais comum em crian�as e adolescentes por ser de caracter�stica gen�tica. Neste caso, n�o h� fatores de risco para o desenvolvimento da doen�a.
Vida saud�vel
Para al�m dos exames laboratoriais e do diagn�stico precoce, o h�bito de vida saud�vel pode ser considerado um bom aliado do diab�tico, bem como de quem deseja prevenir o aparecimento da doen�a.
“Pode-se prevenir o diabetes com a alimenta��o equilibrada e a pr�tica de atividades f�sicas, visando sempre manter o peso adequado, j� que a obesidade � um fator de risco importante para o diabetes”, pontua Ang�lica Tib�rcio.
“Pode-se prevenir o diabetes com a alimenta��o equilibrada e a pr�tica de atividades f�sicas, visando sempre manter o peso adequado, j� que a obesidade � um fator de risco importante para o diabetes”, pontua Ang�lica Tib�rcio.
A inser��o de uma rotina saud�vel pode ser fundamental, tamb�m, para evitar o agravamento de quadros de pr�-diabetes. Isso porque, segundo a endocrinologista, ao constatar a condi��o de um paciente como pr�-diab�tico – altera��es na glicemia sem crit�rios de diabetes, como aumento repentino ao longo do dia e altas constantes em jejum –, ele, ent�o, tem a possibilidade de melhorar sua qualidade de vida, retardando ou impedindo a evolu��o para um quadro cl�nico de diabetes.
Complica��es

Em rela��o �s complica��es classificadas como microvasculares, a endocrinologista cita a retinopatia diab�tica, que pode, inclusive, levar � cegueira; as altera��es renais, podendo evoluir para casos de insufici�ncia renal e risco de di�lise no futuro, e altera��o nos nervos, a chamada neuropatia, que, muitas vezes, pode levar � amputa��o de membros inferiores, em raz�o do acometimento de feridas (p� diab�tico).
“O p� no portador de diabetes dever� receber um cuidado especial para evitar maiores complica��es. Muitas pessoas t�m altera��o circulat�ria perif�rica, que reduz o fluxo de sangue para os p�s, causando redu��o de sensibilidade e favorecendo pequenas feridas e infec��es. Alguns cuidados podem evitar esses quadros, como inspe��o di�ria dos p�s para verificar se h� feridas ou calosidades e usar creme hidratante ap�s o banho, evitando pass�-lo entre os dedos. Vale ressaltar, tamb�m, o cuidado com os calos nos p�s”, afirma o cirurgi�o vascular e endovascular do Biocor, Josualdo Euz�bio da Silva.
Para melhorar a circula��o dos p�s do diab�tico, existem op��es de tratamento, dependendo do comprometimento circulat�rio, que pode variar entre o uso de medicamentos, cirurgia para reconstru��o do fluxo arterial com pontes ou angioplastia. Assim como ressaltado por Ang�lica Tib�rcio, Josualdo Euz�bio pontua que focar na preven��o com cuidados b�sicos pode, e muito, evitar complica��es e amputa��es.
*Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram