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Estado de Minas COMPORTAMENTO

Sonhos: ato de passear por outras dimens�es e de cura

Sonhar traz benef�cios diretos � sa�de mental e f�sica. � por meio dos sonhos que traumas podem ser tratados, fobias amenizadas e mem�rias consolidadas


15/11/2020 04:00 - atualizado 13/11/2020 10:26

(foto: Comfreak/Pixabay )
(foto: Comfreak/Pixabay )


Voc� pode n�o se lembrar, mas todos sonham e diariamente. E, ao contr�rio do que muitos imaginam, especialistas n�o classificam os sonhos como bons ou ruins, mas sim como um sinal ben�fico para a sa�de mental e f�sica. Uma forma de cada um digerir as experi�ncias da vida. Isso porque at� o pesadelo tem um lado positivo, ao aliviar press�es mais fortes.

Estudo publicado pela revista da Associa��o Americana de Psicologia j� mostrou que o sonho ruim serve para aliviar o c�rebro de emo��es negativas acumuladas, como ang�stias e problemas do dia a dia. A pesquisa apontou que os pesadelos s� devem ser encarados como ruins se interferirem na vida das pessoas, mas eles s�o um meio de trabalhar emo��es dif�ceis.
  
Outro estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, revelou que o sono na fase REM (sigla em ingl�s para movimento r�pido dos olhos) estimula diretamente o processamento criativo no c�rebro, mais at� do que o per�odo em que se est� acordado. Portanto, sonhar � sempre bom, mesmo em situa��es terr�veis como a pandemia que o mundo enfrenta, que pode ou n�o influenciar o sonho. Seja de forma premonit�ria, desejos, avisos, m�ticos, defesa, indecifr�veis, enfim, com in�meros significados e simbolismo e pass�veis de interpreta��o por especialistas, como neurocientistas, psicanalistas e psic�logos.

Fernanda Rocha, neurocientista, psic�loga e professora da Faculdade Pit�goras, chama a aten��o para as consequ�ncias da pandemia do novo coronav�rus nos sonhos. Ela explica que, para al�m dos benef�cios que todos t�m ao sonhar, � preciso se atentar para a qualidade do sono. “Ele � considerado um dos quatro pilares da sa�de f�sica e mental. Com a pandemia e todo o arsenal de estrat�gias de enfrentamento e adapta��o que ela nos exigiu, muitas pessoas t�m relatado sofrer com ins�nia. Ou o contr�rio, dormindo mais tempo que o comum e sem regularidade. Alguns �rg�os de sa�de p�blica, nacionais e internacionais, t�m registrado e divulgado dados sobre um aumento no adoecimento ps�quico das pessoas ao redor do mundo. Consequ�ncias individuais e coletivas, de curto, m�dio e longo prazos, agravando quadros psicopatol�gicos j� existentes e desencadeando novos s�o algumas das previs�es da chamada “Quarta onda da pandemia”.

A neurocientista avisa que o sono � um indicador sens�vel para problemas cotidianos. “Al�m de sofrer os efeitos de estresses vividos pelo indiv�duo, a baixa qualidade de sono contribui, e muito, para agravar a sa�de f�sica e mental. Portanto, se podemos recomendar algo relevante �: durmam bem e sonhem bastante.”


OR�CULO 


O curioso e estimulante � que o sonho n�o tem um �nico significado universal, mas est� conectado com as experi�ncias e mem�rias do sonhador, com suas a��es e escolhas no mundo. Assim, ele pode surgir carregado de uma energia capaz de transformar e modificar o curso da vida de uma pessoa. Portanto, � importante prestar aten��o nele. O neurocientista Sidarta Ribeiro, vice-diretor do Instituto do C�rebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), lan�ou em 2019 o livro O or�culo da noite: A hist�ria e a ci�ncia do sonho (Companhia das Letras, 2019).

A partir de informa��es hist�ricas, antropol�gicas, psicanal�ticas e liter�rias, al�m das refer�ncias atualizadas da biologia molecular, da neurofisiologia e da medicina, o neurocientista comp�e uma narrativa instigante sobre a ci�ncia e a hist�ria do sonho. E lan�a quest�es como: “O que �, afinal, o sonho? Para que ele serve? Como extrair sentido de seus tantos s�mbolos, repletos de detalhes e significados?”.

Refer�ncia no estudo da rela��o entre sono, sonho e mem�ria, Sidarta Ribeiro sugere que cada um tenha ao lado da cama, � m�o, um caderno de anota��es para registrar o que foi vivenciado durante o sono, como se fosse um di�rio, que ele chama de “sonh�rio”, j� que ele assegura que todo mundo sonha quando dorme, de dia ou de noite. E os sonhos podem durar de 40 a 50 minutos.



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