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Estado de Minas SA�DE

Atividade f�sica garante tr�s anos a mais de vida

A pr�tica regular de exerc�cio tem impacto direto tanto na preven��o quanto no tratamento de doen�as cardiovasculares. Especialista alerta para o sedentarismo


27/12/2020 04:00 - atualizado 27/12/2020 08:59

Especialistas há muito enfatizam os benefícios de uma vida fisicamente ativa
Especialistas h� muito enfatizam os benef�cios de uma vida fisicamente ativa (foto: Pixabay)


As doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis (DCNT), representadas principalmente pelas doen�as cardiovasculares, neoplasias, doen�as respirat�rias cr�nicas e diabetes mellitus, foram respons�veis, em 2016, por aproximadamente 75% do total de �bitos em Belo Horizonte. O alerta � do m�dico Marconi Gomes da Silva, especialista em cardiologia e em medicina do exerc�cio e do esporte, diretor cl�nico da SPORTIF – Cl�nica do Exerc�cio e do Esporte.
 
Outro alerta do m�dico vem de dados colhidos pela Vigil�ncia de Fatores de Risco e Prote��o para Doen�as Cr�nicas por Inqu�rito Telef�nico (Vigitel), que analisam a preval�ncia dos fatores de risco na popula��o.
 
Inqu�rito feito anualmente em adultos maiores de 18 anos, no per�odo de 2006 a 2018, em Belo Horizonte, revelou que houve aumento de 41% no excesso de peso (de 37,7% para 53,3%) e de 75% ne obesidade (de 9,8% para 17,2%). E houve, como ocorre no pa�s, redu��o de 31% no percentual de fumantes (de 15,7% para 10,8%).
 
Ainda dentro do levantamento da Vigitel de 2018, a mais recente, no conjunto das 27 cidades, a frequ�ncia da pr�tica de atividade f�sica no tempo livre equivalente a 150 minutos de atividade moderada por semana foi de 38,1%, sendo maior entre homens (45,4%) do que entre mulheres (31,8%).

 “Belo Horizonte est� um pouco acima da m�dia nacional, com 41,2% de sua popula��o referindo ser fisicamente ativa. Nota-se, portanto, que a maioria da popula��o brasileira e de BH est� sob o risco da inatividade f�sica. Devemos salientar que tanto em n�vel nacional como na capital mineira, a maior preval�ncia de pessoas inativas ocorre no g�nero feminino. Surpreende tamb�m o fato de que, em BH, 13,7% dos entrevistados se dizem totalmente inativos, ou seja, n�o fazem absolutamente nenhum tipo de exerc�cio f�sico no tempo livre”, destaca o cardiologista.

Recomenda-se que a modalidade escolhida envolva grandes grupos musculares e atividades que chamamos de aer�bica ou de resist�ncia, assim como aquelas denominadas de anaer�bicas e que demandam o uso de for�a

M�dico Marconi Gomes, especialista em cardiologia e em medicina do exerc�cio e do esporte

 
Marconi Gomes alerta que h� muitos anos, literalmente h� s�culos, m�dicos recomendam exerc�cios f�sicos. Mas, objetivamente, faz 60 anos que a medicina e outras �reas relacionadas � sa�de v�m demonstrando cientificamente os benef�cios de uma vida fisicamente ativa. “O papel do exerc�cio f�sico tanto na preven��o de doen�as assim como no tratamento, tem sido amplamente demonstrado por meio de estudos na �rea. A pr�tica regular de exerc�cios f�sicos impacta justamente na redu��o da incid�ncia de alguns tipos de c�ncer (mama, pr�stata, intestino etc.), de doen�as cardiovasculares e metab�licas (infarto, hipertens�o, diabetes, acidente vascular cerebral etc.), como atua reduzindo o risco de morte por doen�as cardiovasculares e por c�ncer.”
Cardiologista Marconi Gomes diz que pesquisa aponta que em BH 13,7% dos entrevistados se dizem totalmente inativos
Cardiologista Marconi Gomes diz que pesquisa aponta que em BH 13,7% dos entrevistados se dizem totalmente inativos (foto: Arquivo Pessoal)

 
Nos �ltimos anos, estudos demonstram que a inatividade f�sica � importante preditor de doen�as cardiovasculares, diabetes do tipo 2, obesidade, alguns tipos de c�ncer (c�ncer de intestino e de mama), fraqueza musculoesquel�tica, depress�o, menor qualidade de vida e maior mortalidade por causas cardiovasculares. “Quando comparamos uma popula��o sedent�ria com outra um pouco mais ativa, que se exercita mesmo em n�veis menores que os recomendados (cerca de 90 minutos por semana), os mais ativos chegam a viver tr�s anos a mais.”

ESCOLHA DA MODALIDADE


Para come�ar a se exercitar, Marconi Gomes avisa que � importante determinar algum tipo de limita��o de ordem m�dica, principalmente de origem cardiovascular e ortop�dica. Marconi Gomes afirma que n�o existe um esporte superior aos demais.
 
“Recomenda-se que a modalidade escolhida envolva grandes grupos musculares e atividades que chamamos de aer�bica ou de resist�ncia, assim como aquelas denominadas de anaer�bicas e que demandam o uso de for�a. Exerc�cios de sobrecarga s�o recomendados para preservar a sa�de �ssea e o vigor muscular. Exerc�cios aer�bicos s�o respons�veis pelo maior gasto de calorias e ganhos mais evidentes nos par�metros cardiovasculares, como maior capacidade de fazer exerc�cios e maior ganho nos par�metros cardiovasculares e metab�licos.”
 
Especialmente para os idosos, Marconi Gomes recomenda, al�m dos exerc�cios aer�bicos, exerc�cios que aprimoram a aptid�o neuromuscular, como o equil�brio e a agilidade. “Deve-se privilegiar exerc�cios de for�a, evidentemente respeitando os limites individuais inerentes ao envelhecimento, mas que permitam um aumento da capacidade na execu��o de exerc�cios comuns na vida di�ria, como carregar sacolas de compras, trabalhos dom�sticos e atividades laborativas.”
 
Por fim, o cardiologista avisa que, na chamada rela��o dose-resposta ao exerc�cio f�sico, o risco relativo de morte se reduz em pessoas fisicamente ativas, mas pode reduzir ainda mais em pessoas com �timo condicionamento f�sico. Se pretende ou n�o participar de provas de corrida de 10km, 25km ou maratonas ou outros esportes competitivos, para ter o melhor f�lego e resist�ncia poss�veis, o certo �: “Seja qual for o objetivo a ser tra�ado, a inatividade f�sica sempre � a pior escolha”, alerta Marconi Gomes.


DEPOIMENTO


Mudan�a de h�bito

(foto: Arquivo Pessoal)


Aroldo Ramos de Carvalho, de 50 anos, gestor t�cnico comercial

“Estava trabalhando, quando por volta das 15h senti uma dor forte no bra�o esquerdo, n�o dei muita import�ncia, pois a mesma passou. Quando estava retornando para minha casa no fim do expediente, a dor voltou mais intensa. Cheguei em casa e minha esposa me levou para o hospital, onde foi detectado que estava tendo um infarto. Fui internado no CTI coronariano do Hospital das Cl�nicas, e depois de quatro dias internado fiz um cateterismo. No exame, foi identificada obstru��o de 95% na minha art�ria. Foram colocados dois stents. Depois de dois dias recebi alta. No per�odo de interna��o, perdi 10 quilos, passando a pesar 80 quilos e uma indica��o para fazer reabilita��o cardiopulmonar no pr�prio HC, onde encontrei o cardiologista Marconi Gomes, que me acompanha clinicamente at� hoje. Diante do susto, mudei meus h�bitos alimentares e pratico exerc�cios. Caminho e corro regularmente e fa�o meus retornos anualmente. Gra�as a Deus, est� tudo bem.”




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