
Os benef�cios das atividades f�sicas para a sa�de s�o de conhecimento de todos. Al�m de prevenir uma s�rie de doen�as, t�m impacto na autoestima e, al�m do corpo, ajudam na melhora emocional e ps�quica daqueles que se encontram em combate a uma patologia. Para quem est� em enfrentamento do c�ncer, os exerc�cios s�o fundamentais para amenizar os efeitos colaterais do tratamento, al�m de abrir uma perspectiva de bem-estar para indiv�duos que experimentam processos dif�ceis de terapia e desejam ter uma vida mais sadia no tempo em que o transtorno persiste.
Mesmo diante de uma rotina exaustiva de tratamentos e o mal-estar que pode surgir nesse per�odo, ao contr�rio do que muitos pensam, a pr�tica desportiva, ainda que treinos mais intensos, tem espa�o no tratamento, com vantagens para a sa�de f�sica e mental. A imagem de um enfermo acamado, em repouso absoluto, n�o � mais aplic�vel – a dificuldade ou os poss�veis problemas de exercitar o corpo entre pacientes oncol�gicos n�o passa de um mito.
“O senso comum acredita que o paciente oncol�gico precisa ficar na cama, em repouso absoluto. Pelo contr�rio, ele precisa se movimentar e estudos cient�ficos atestam isso. Exerc�cios aer�bicos, muscula��o e at� exerc�cios isom�tricos, como o pilates, respeitando a condi��o de cada paciente, o tipo de tumor e seu est�gio, ajudam na manuten��o do peso, na redu��o da fadiga, das n�useas, dos v�mitos e dos n�veis de inflama��o do organismo, bem como elevam a for�a muscular, a fun��o do sistema imune e a motilidade do trato gastrointestinal.” � o que esclarece a oncologista cl�nica do Grupo Oncocl�nicas Fl�via Paes. A profissional explica que a atividade f�sica aumenta os batimentos card�acos, estimula a circula��o do sangue, o que ajuda na elimina��o das toxinas dos quimioter�picos e reduz seu efeito t�xico, diminuindo a dor. “A atividade f�sica eleva a endorfina no organismo, aumentando a sensa��o de bem-estar e, mais do que isso, contribui para a qualidade de vida e autoestima”, afirma.
A recomenda��o durante o tratamento � fazer algum exerc�cio moderado, no tempo do paciente, ou seja, o tempo que ele conseguir fazer, sem for�ar. E, para a preven��o do c�ncer, s�o indicados 150 minutos de atividades moderadas por semana. Importante � procurar orienta��o e acompanhamento com um m�dico oncologista, cardiologista, e de um educador f�sico ou fisioterapeuta para o entendimento do quadro cl�nico, que varia de pessoa para pessoa, a fim de avaliar quais os exerc�cios adequados em cada caso. Caminhada, corrida, nata��o recreativa, t�nis na modalidade de duplas, dan�a, muscula��o combinada a exerc�cios aer�bicos, ioga – apenas alguns exemplos entre in�meras possibilidades “Basta escolher aquela atividade que lhe agrade, seja leve, moderada ou intensa. O importante � se mexer. Outro ponto � respeitar seus limites e n�o se exercitar nos dias de n�usea ou dor e nos dias da sess�o de quimioterapia, caso n�o esteja se sentindo bem. Nos outros, as atividades f�sicas s�o muito bem-vindas e extremamente salutares”, orienta Fl�via.
CORRIDA
Recentemente, duas mulheres que participaram da �ltima edi��o da Volta Internacional da Pampulha, realizada em Belo Horizonte em 8 de dezembro, mostraram que vivenciar o c�ncer n�o � igual a ficar com o astral para baixo ou em grave indisposi��o. Ap�s superar o c�ncer, elas se uniram a outros milhares de atletas profissionais e amadores para fazer o percurso de 18 quil�metros.
Educadora f�sica, Sandra Drago � baiana e tem 41 anos. H� oito, � praticante de corrida e sempre colocou o corpo � prova em maratonas, mas, claro, com responsabilidade e seguran�a. Sandra j� participou da Corrida Internacional de S�o Silvestre, em S�o Paulo, da Corrida das Luzes, em Vit�ria, da Corrida Internacional na Patag�nia e diversas outras pelo Brasil e no exterior. Em outubro de 2018, teve detectado um c�ncer de mama, quando acabara de concluir a terceira edi��o da Corrida Rosa, que ajuda a organizar em Teixeira de Freitas, na Bahia, sua cidade natal. Dez dias depois da corrida, estava em um centro cir�rgico para retirada do n�dulo, da ar�ola e do mamilo. “Decidi n�o me calar diante da doen�a. Ao contr�rio, farei dela uma miss�o de vida: impactar as pessoas mostrando o meu exemplo”, diz. Sandra decidiu n�o abandonar a corrida e acabou se tornando uma refer�ncia para a conscientiza��o acerca da import�ncia da preven��o e do esporte durante o tratamento do c�ncer.
Recentemente, duas mulheres que participaram da �ltima edi��o da Volta Internacional da Pampulha, realizada em Belo Horizonte em 8 de dezembro, mostraram que vivenciar o c�ncer n�o � igual a ficar com o astral para baixo ou em grave indisposi��o. Ap�s superar o c�ncer, elas se uniram a outros milhares de atletas profissionais e amadores para fazer o percurso de 18 quil�metros.
Educadora f�sica, Sandra Drago � baiana e tem 41 anos. H� oito, � praticante de corrida e sempre colocou o corpo � prova em maratonas, mas, claro, com responsabilidade e seguran�a. Sandra j� participou da Corrida Internacional de S�o Silvestre, em S�o Paulo, da Corrida das Luzes, em Vit�ria, da Corrida Internacional na Patag�nia e diversas outras pelo Brasil e no exterior. Em outubro de 2018, teve detectado um c�ncer de mama, quando acabara de concluir a terceira edi��o da Corrida Rosa, que ajuda a organizar em Teixeira de Freitas, na Bahia, sua cidade natal. Dez dias depois da corrida, estava em um centro cir�rgico para retirada do n�dulo, da ar�ola e do mamilo. “Decidi n�o me calar diante da doen�a. Ao contr�rio, farei dela uma miss�o de vida: impactar as pessoas mostrando o meu exemplo”, diz. Sandra decidiu n�o abandonar a corrida e acabou se tornando uma refer�ncia para a conscientiza��o acerca da import�ncia da preven��o e do esporte durante o tratamento do c�ncer.

VONTADE DE VIVER
No in�cio de 2018, aos 36 anos, a empreendedora, gerente de projetos, palestrante e maratonista Emiliana Fonseca Braga teve o diagn�stico de c�ncer no intestino. Por�m, isso n�o fez com que abandonasse uma de suas paix�es: correr. Agora, aos 38, conta a participa��o nas �ltimas cinco edi��es da Volta Internacional da Pampulha, al�m de 12 meias maratonas. Ap�s um exame de colonoscopia, foi descoberto um adenocarcinoma de 8 cent�metros no intestino de Emiliana. “� como uma senten�a de morte, mas hoje vejo que � poss�vel ter uma vida depois do c�ncer. A minha f� e a minha vontade de viver foram meus guias no come�o dessa jornada. Uma coisa eu aprendi. Nada na vida acontece por acaso e, se para me tornar uma pessoa melhor foi necess�rio acontecer dessa forma, vou aproveitar ao m�ximo para fazer tudo diferente.”
No in�cio de 2018, aos 36 anos, a empreendedora, gerente de projetos, palestrante e maratonista Emiliana Fonseca Braga teve o diagn�stico de c�ncer no intestino. Por�m, isso n�o fez com que abandonasse uma de suas paix�es: correr. Agora, aos 38, conta a participa��o nas �ltimas cinco edi��es da Volta Internacional da Pampulha, al�m de 12 meias maratonas. Ap�s um exame de colonoscopia, foi descoberto um adenocarcinoma de 8 cent�metros no intestino de Emiliana. “� como uma senten�a de morte, mas hoje vejo que � poss�vel ter uma vida depois do c�ncer. A minha f� e a minha vontade de viver foram meus guias no come�o dessa jornada. Uma coisa eu aprendi. Nada na vida acontece por acaso e, se para me tornar uma pessoa melhor foi necess�rio acontecer dessa forma, vou aproveitar ao m�ximo para fazer tudo diferente.”
Ela passou por um procedimento cir�rgico que retirou todo o tumor e n�o precisou fazer a quimioterapia. Com a experi�ncia, a maratonista acabou idealizando o projeto De Volta na Volta, agrupando amigos para fazer o percurso na Pampulha, marcando seu retorno em sua nova vida. “Renasci aquele dia e tive certeza de que podia fazer qualquer coisa, porque eu achava que nunca mais fosse correr. A corrida me salvou em todos os sentidos”, relata. Emiliana se tornou uma porta-voz para a promo��o da sa�de, do bem-estar e amor � vida. “� uma forma de inspirar as pessoas e tamb�m de me motivar, me dar for�as para recome�ar”, conclui.