Coca Zero: o que diz a empresa sobre o aspartame usado no refrigerante
Refrigerante diet � composto de ado�ante artificial definido pela OMS como "potencialmente cancer�gena', se usado em ingest�o di�ria aceit�vel por humanos
Subst�ncia da Coca Zero pode ser classificada como cancer�gena pela OMS
Chenyu Guan/Unsplash
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) definiu que a subst�ncia aspartame - utilizada para ado�ar a Coca Zero - � "possivelmente cancer�gena", em comunicado oficial feito na noite desta quinta-feira (13/7). No entanto, o par�metro de consumo considerado seguro para seres humanos foi mantido. Segundo estudos da Ag�ncia Internacional de Pesquisa sobre C�ncer (Iarc), para n�o ter risco de desenvolver tumores, � seguro manter uma ingest�o di�ria aceit�vel (veja mais abaixo).
A Iarc afirmou que vai continuar monitorando novas evid�ncias e incentivando grupos de pesquisa independentes a desenvolverem estudos adicionais sobre os efeitos da subst�ncia. "As evid�ncias limitadas de carcinogenicidade em seres humanos e animais e as evid�ncias limitadas de mecanismos de como a carcinogenicidade pode ocorrer destacam a necessidade de mais pesquisas para aprimorar nossa compreens�o sobre se o consumo de aspartame representa um risco carcinog�nico", pontuou Mary Schubauer-Berigan, da Iarc.
A sugest�o da Iarc, �rg�o da OMS, � que sejam ingeridos de 0 a 40 miligramas por quilo de peso corporal - levando em considera��o que cada lata de refrigerante diet tem entre 200 a 300 miligramas de aspartame. Assim, se uma pessoa tem 70 quilos, ela deve beber at� 2,8 mil miligramas de aspartame, o que, segundo a OMS, corresponde a nove a 14 latas de refrigerante diet por dia para se manter livre de c�ncer - isso se ela n�o comer mais nenhum tipo de ado�ante na dieta alimentar do dia.
A quantidade pode parecer grande, mas, no Brasil, tamb�m � difundindo a venda desses refrigerantes "zero" em garrafas de dois litros. A Coca afirma que h� 12 miligramas de aspartame em cada 100 mililitros do refrigerante.
Usado desde a d�cada de 1980, o aspartame foi avaliado em 1951 pelo Comit� Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da OMS/FAO (JECFA), que analisa os riscos para produtos qu�micos e aditivos em alimentos. Contudo, ele nunca tinha sido avaliado pelas monografias da IARC - um programa que identifica risco de c�ncer em componentes e alimentos.
Denise Franco, endocrinologista e diretora da ADJ Diabetes Brasil, defende que � essencial um parecer oficial da OMS sobre outros ado�antes artificiais. "� necess�rio porque esse � um produto consumido por um grande n�mero de pessoas. Quando se libera o consumo, � importante ter certeza da seguran�a dessa subst�ncia. Por isso, n�o s� o aspartame, mas tamb�m todos os outros ado�antes devem passar pela mesma avalia��o", justificou.
No site da Coca-Cola, a empresa tamb�m aponta que o aspartame � um dos ingredientes alimentares mais exaustivamente pesquisados no mundo e que � permitido em mais de 100 pa�ses, incluindo os EUA, M�xico, Uni�o Europeia, Turquia e Jap�o.
"Especialistas em sa�de continuam a confirmar que o aspartame � seguro. Sua seguran�a foi validada mais uma vez", destacou a empresa ao responder a d�vida "O aspartame da Coca-Cola sem a��car faz mal".
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